Estamos próximo de atingir nossa meta de 1 mil artigos para deleite dos internautas interessados em Metodologias de Ensino – Escolar e Desportiva. O que não desmerece qualquer ensino de habilidade humana.
Categoria: Arbitragem
Curiosidades e detalhes dos primórdios da arbitragem no Rio e em Nictheroy. Nomes e fatos.
Promoção de Protótipos em praias com 300 a 400 crianças durante anos, divulgando em 6 estados. Inclusive apoio da Sec. de Esportes da Presidência da República (1991), CBV; e Prefeituras do Rio e Niterói. Diversos cursos em Faculdades – Niterói, Rio de Janeiro, Florianópolis. Programa nacional do SESI-DN. Participação internacional em Buenos Aires (1984) e Ronneby, Suécia (1975), 1º Simpósio Internacional de Mini Voleibol, incluso palestrante.
NOTA – O Linkedin em março/2024 tomou medidas contra talvez uma invasão que poderia estar prejudicando sua clientela, e refez medidas de ingresso, mas não conseguimos entrar, apesar de esforços e consultas. Resultado… “evadimo-nos e a pouco e pouco replicando neste blog. Desculpem-nos, é provisório. (em 28/03/2024, 14:58 h)
A nova Psicologia e Neurociência cognitivas ensinam como uma dificuldade ou obstáculo que impede seu caminho pode e deve ser contornado. Recomendo a leitura de mais uma excelente obra de Malcolm Gladwell, “Davi e Golias, a arte de enfrentar gigantes”.
O autor desafia nossas crenças sobre obstáculos e desvantagens, oferecendo uma interpretação nova do que significa ser discriminado, enfrentar uma deficiência, frequentar uma faculdade medíocre ou sofrer uma série de outros aparentes reveses. Na tradição de sucessos anteriores de Gladwell, “Davi e Golias” lança mão da história, da psicologia e de uma narrativa poderosa para abalar e reformular nosso pensamento sobre o mundo à nossa volta.
Tanto apreciei, que fiz um artigo incentivando que as pessoas se encontrem nesse conceito, transformando derrotas em alicerces de seus futuros desempenhos vitoriosos. Atrevo-me a dizer que, muito antes de ler o livro, já o fazia, graças às dificuldades a superar quando ainda jovem, ao buscar minha autorregulação no esporte e na vida. De pura intuição!
Percebam a incrível necessidade de COMPARTILHAR conhecimentos, pois reduz os obstáculos e nos impulsiona na caminhada da vida. Todos podemos derrotar “gigantes”, com boa dose de perseverança.
Comentem! Se mais quiserem: 57 artigos, e +15; e muitos outros por vir!
BOAS LEITURAS: assegure-se de estar bem orientado em estudos modernos!
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Ary Graça e o autorGiba e o autorRafael Pascual, El Toro, em Saquarema
Com Arlindo, maior incentivador
Obra Enciclopédica, Memorialista, Inédita, Referência em Sociologia do Esporte
Nota… original composto antes da COVID, em 16 de março de 2019, às 18:10
Sendo que muitos outros serão apresentados tendo em vista meus esforços em servi-los da melhor maneira possível. Perdoem-me, mas faz parte da minha história como fiel narrador das cenas de que participei em vida.
Aspectos Sociológicos e Livro de Cabeceira
(recapitulando)
Acabo de ser agraciado com um grande elogio pela obra que compus recentemente. Trata-se da História do Voleibol no Brasil (1939-2000), já amplamente noticiada neste Procrie. E a referência elogiosa provém de insigne mandatário internacional – Ary da Silva Graça Filho -, que em uma de suas estadas no escritório da FIVB no Rio de Janeiro, dispensou-me 55 minutos de atenção em raro bate-papo em que dediquei um exemplar devidamente autografado. Homem de poucas palavras, consegui arrancar um breve suspiro quando exclamou: “É o meu livro de cabeceira”! Já em duas ou mais oportunidades em que discorríamos sobre a obra, ressaltou sua preocupação em trabalhar pela construção de um Museu do Voleibol, tal como italianos e talvez outros países. Deve ter-se impressionado também pelo quantitativo de acervos de fotos de familiares que acabei sendo depositário.
Em clima de inteira cordialidade, ouviu-me pacientemente contar sobre meu projeto de desenvolvimento do voleibol no Brasil, tendo me aconselhado a procurar a CBV com um resumo bem elaborado. Relatei que já enviara correspondência eletrônica à entidade solicitando audiência com o atual Supervisor Geral, Marcos Pina, também meu companheiro no time do Botafogo, quando da campanha do eneacampeonato carioca de voleibol em 1973. Estou ao aguardo de ser convocado com bastante ansiedade e entusiasmo. Devo esclarecer aos leitores que privo da amizade do Ary há muitos anos – éramos jovens atletas do Botafogo em 1963 – e anos depois, quando ingressou com Nuzman na CBV, sondou-me para ser Supervisor Técnico da entidade. Naquele ano de 1975, fizemos parte de uma equipe de masters para um torneio incentivado pela CBV que, por tamanha excelência técnica, teve como consequência o término da competição no ano seguinte. Posteriormente, quando tomou posse na presidência da entidade no final da década de 90, mais uma vez lembrou-se de meus trabalhos com o Minivoleibol e não pude recusar o convite para Coordenador Técnico do Viva Vôlei. Infelizmente, por motivos alheios à minha vontade, não pude dar sequência aos nossos trabalhos.
Entretanto, eis que surge outra oportunidade para a concretização de um velho sonho, o de construir um grande avanço no ensino esportivo, especialmente quanto à Metodologia a empregar em todo o Brasil. Trata-se do Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol.
Boas leituras, Senhor Presidente. E a tantos que me honraram com a aquisição da obra, meu muito obrigado.
Campeonato Mundial de Vôlei Masculino
Trentino vs. Lokomotiv
Basicamente, interessei-me pela fala do comentarista do que propriamente pelo jogo em si. Explico. Vez por outra, provocado pelo narrador, algumas falas extrapolam a partida, e inevitavelmente, Memória e História são evocadas para explicar determinado assunto presente. E neste ponto cada vez mais percebo o valor da obra que compus.
Não estou a culpar qualquer pessoa, pelo contrário, quero somar informações e ilustrar conhecimentos de épocas um pouco mais remotas, certamente anteriores ao nascimento de muitos. Como em matéria de Voleibol pouco ou nada se divulgou anteriormente a 1982, fica aqui registrado meu anseio para que todos tomem conhecimento de forma até didática de como era o contexto social-desportivo do ambiente voleibolístico no Brasil e, particularmente, na “minha praia”, i.e., no Rio de Janeiro e em Niterói.
Parte da obra está consignada neste Procrie e, acreditem, é responsável por 50% do interesse de internautas, especialmente jovens estudantes, posto que contribui para suas pesquisas escolares em Educação Física. Apelidei-os Geração Nota 10!
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Ao que parece, pelo menos nas competições geridas pela CBV, não haverá mais aquela dúvida se a bola foi dentro ou fora das quatro linhas em voleibol, pois a entidade realizará testes com a aparelhagem importada da Polônia nas partidas finais das Superligas masculina e feminina. Acaba, assim, o recurso à marca que a bola molhada pelo suor dos atletas imprime no solo. E com ela, a frase que já ficou famosa: “veja a marca”! Na praia a variante seria “mexeu a linha”, que até hoje divide seus adeptos em longas discussões, uma vez que mesmo fora, e muito perto da linha, a bola respinga areia na marcação. E as discussões só cessam no chopinho após a praia.
A tecnologia vem sendo usada na Polônia e foi empregada no Mundial de Clubes do ano passado (Doha) pela Fivb. Pelo que se propala, as equipes só poderão solicitar ajuda para verificar se a bola foi dentro ou fora; se um adversário invadiu a quadra contrária; se o bloqueio tocou na rede; e se a bola ou algum atleta tocou na antena. Escapa, então, se a bola tocou no bloqueio e foi para fora; sendo assim, permanecerá com a decisão do 1º árbitro auxiliado por um de seus fiscais de linha. E, finalmente, não estão definidas ainda quantas solicitações o capitão da equipe poderá realizar por set.
Ensinar é contar histórias
É-me impossível não rememorar fatos diante de novos tempos, pois como afirmou Domenico de Masi citando Heráclito, “O tempo é um jovem a brincar. Às vezes, nos seus jogos, gosta de se divertir, sobretudo com a esfera emotiva, criando poesia, música e arte. (…) O importante é que cada homem saiba brincar com o tempo que brinca de modo criativo, sem se esquivar aos seus dons”.
A memória vem então se juntar à história e ambas tecem o fio de um novelo que não parece ter fim. As maiores dificuldades encontradas pelos pioneiros do vôlei eram exatamente as arbitragens. Poderão constatar nas extensas leituras que ofereço na obra História do Voleibol no Brasil, provavelmente a primeira vez que um pesquisador se aventurou a publicar em livro um capítulo específico. Entre elas, especialmente quando uma equipe que atuava na quadra do adversário, em caso de dúvida e pressionado pela torcida da casa. A bola fora (ou dentro), o toque no bloqueio, a invasão por cima, os dois toques, tudo era considerado tarefa de um só indivíduo que, muitas vezes era espezinhado em sua difícil e árdua tarefa. Dessa forma, in dubio pro reo.
“O tempo passou na janela, só Carolina não viu”, diz o lamento de Chico Buarque na sua doce canção.
Seja bem-vinda a nova tecnologia!
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Raquel Portela, de 29 anos, foi a representante da arbitragem portuguesa presente no primeiro curso de árbitros internacional participado exclusivamente por mulheres.
O curso, que transcorreu em Ancara, capital da Turquia, contou com a presença de 14 árbitras oriundas de diversos países, e foi ministrado pelo diretor do curso, o húngaro Gyula Radi, pelo instrutor Jean-Claude Baccus, da Bélgica, sob a supervisão de Selahattin Sahin, vice-presidente da Federação Turca de Voleibol, e o árbitro internacional turco Aziz Yener.
Durante o curso foi disputado um torneio entre seis equipes da 1ª Divisão turca.
Último Capítulo da Série de Artigos do Professor Paulo Azeredo – Outras Notas
Fonte: Acervo Paulo Azeredo, ANO 1951 – Pág. 50, Publicado no Jornal… (?)
Palavras-Chave (Tags): Mudanças nas Regras, Expulsão de Campo, Súmula, Sinais Manuais do Juiz.
Prosseguindo na série de publicações de artigos do prof. Paulo Azeredo sobe as interpretações das modificações feitas nas regras de volleyball, por ocasião do Congresso Internacional de Praga, realizado entre 13 e 15 de setembro de 1949, daremos hoje à publicidade, os seguintes assuntos: Expulsão de Campo, Súmula e os Sinais Manuais para uso durante o jogo feito pelo juiz. Ressalte-se que com esse artigo encerraremos esta parte referente às modificações introduzidas no volleyball, as quais devem ter tido grande aceitação por parte dos aficionados do esporte da rede, de vez que, o mesmo veio tirar e aclarar algumas dúvidas que pairavam acerca da prática do volleyball.
Expulsão de Campo – Por falta grave o juiz pode desqualificar o jogador para o ‘set’ ou todo o jogo. O jogador retirado pelo juiz poderá ser substituído, mas em nenhum caso voltará ao jogo durante o ‘set’.
Súmula – Antes de começar o jogo todos os jogadores (efetivos e reservas), capitães, treinadores (autorizados a fazer substituições) devem assinar a súmula. Depois de começado, nenhum jogador poderá assiná-la. Caso um jogador tenha assinado a súmula em uma partida da segunda divisão (normalmente preliminar da primeira divisão) e não tenha tomado parte no jogo, poderá assinar a súmula da primeira divisão e tomar parte no mesmo.
Comentário do Procrie – A foto abaixo a seguir ilustra como eram disputadas as partidas de voleibol na década de 40 e, muitas vezes, até os anos 1960, já que eram poucos os ginásios no Rio de Janeiro e em Niterói. A imagem é do Campeonato Brasileiro de 1948 disputado em sua fase classificatória na quadra (aberta) do C. R. Icaraí, Niterói, entre as equipes do Estado do Rio de Janeiro e a representação do então Distrito Federal (Rio). Vê-se o time carioca (parte baixa) com Irani preparando um levantamento para o ataque de Helena (ao centro). As moças cariocas não tiveram dificuldades em vencer suas oponentes.
Foto: José Santos; acervo Paulo Azeredo.
Alguns detalhes ficam a descoberto e podem provocar a imaginação dos árbitros atuais e mesmo dos antigos juízes. Um deles, com o qual convivi algum tempo no clube, a cadeira do juiz, confeccionada de madeira e de forma precária, que devido ao poste estar fincado muito próximo à cerca que delimita a quadra, impedia ser colocada exatamente no meio, alinhada com a linha central; dessa forma tinha que estar de um dos lados, o que certamente provocava um contorcionismo no seu ocupante para apreciar primordialmente as possíveis e inevitáveis invasões de bloqueio. A sua sorte é que os jogos, especialmente femininos, eram bastante lentos, quase sempre contemplando cada equipe três levantadoras e três cortadoras.
Sinais Manuais Feitos Pelo Juiz
Bola conduzida na cortada – O juiz fará um movimento lento com a mão, de cima para baixo, indicando depois o jogador faltoso.Bola fora das marcas laterais da rede – O juiz pousará a mão sobre a faixa que delimita na rede a largura do campo.
Bola presa – O juiz fará com as mãos o movimento de que está segurando a bola.
Bola conduzida ou levantada – O juiz levantará lentamente as duas mãos, com as palmas viradas para cima.
Concessão de tempo – O juiz fará um “T” com as mãos abertas e dedos unidos para o capitão da equipe adversária da que solicitou o tempo.
Contato com a rede – O juiz ou fiscal pousará a mão sobre a rede.
Dois toques – O juiz mostrará a mão direita, com a palma virada para si e dois dedos levantados.
Erro de posição ao ser dado o saque – O juiz ou o fiscal indicará o jogador que se encontra em situação irregular.
Falta dupla – O juiz baterá com as mãos abertas, com as palmas voltadas para o solo.
Invasão por baixo da rede – O fiscal movimentará a rede segurando-a pela parte inferior.
Invasão por cima – O juiz fará com a mão direita ou esquerda, conforme a equipe infratora, movimento por sobre a rede indicativo do avanço; mão aberta, dedos unidos, palma para o solo.
Jogador da defesa no bloqueio, ataque por jogador de defesa – O juiz fará um rápido movimento com a mão, de cima para baixo, indicando o jogador faltoso.
Jogador de defesa no bloqueio – O juiz levantará as duas mãos com as costas para si, os dedos abertos indicando depois o jogador faltoso.
Mudança de saque – O juiz apontará a equipe que deverá sacar, fazendo com a mão direita um movimento rotativo.
Pedido de tempo – o capitão ou técnico mostrará ao juiz os dois indicadores cruzados no ar.
Quatro toques – O juiz mostrará a mão direita com quatro dedos levantados verticalmente.
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E assim finalizamos este documentário deixado pelo Professor Paulo Azeredo de extraordinário valor para os amantes da história, na esperança de que tenham tirado muitos proveitos dos relatos. Lembrando uma vez mais que a história de cada um soma-se e se alinha a dos demais e, dessa forma, construímos todos nós a História do Voleibol no Brasil, independentemente de glórias, medalhas ou dinheiro.
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Palavras-Chave (Tags): Falta Dupla – Quatro Toques – Invasão da Linha Central – Zona de Ataque – Bola Tocada Simultaneamente Sobre a Rede.
Prosseguindo na série de publicações de artigos do prof. Paulo Azeredo sobre as interpretações das modificações feitas nas regras de volleyball, por ocasião do Congresso Internacional de Praga, realizado entre 13 e 15 de setembro de 1949, daremos hoje à publicidade, os seguintes assuntos:Falta Dupla – Quatro Toques – Invasão da Linha Central – Zona de Ataque – Bola Tocada Simultaneamente Sobre a Rede.
Falta Dupla
Estas são na maioria das vezes executadas sobre a rede, havendo às vezes, interpretações diferentes para um mesmo caso, como por exemplo: a) Um jogador do quadro adversário no momento do corte é bloqueado. Como resultado do lance, observamos que o que cortou o fez fora do campo ao que o bloqueio precedeu o corte, logo, foi invasão. Outros optam pela bola fora não considerando a invasão. Nós adotamos um ponto de vista diferente, que nos parece mais acertado. Optamos pela falta dupla, pois foi decorrente da mesma jogada, apesar de uma preceder à outra. Citamos o exemplo acima por não se achar claro na regra este caso, suscitando assim dupla interpretação, sempre na dependência do juiz. Porém, devemos firmar doutrina pela interpretação da falta dupla, pois quando assim interpretada, notamos que é bem recebida pelos quadros disputantes.
Quatro Toques
Com relação a dois jogadores na bola. Também quanto a esta parte tem havido interpretações (diversas) por parte dos juízes. Alguns juízes erradamente contam como dois toques quando vão dois na bola, o que não deve ser, pois podem ir até três, quatro ou mesmo cinco, mas desde que um atinja primeiro e ela seja nitidamente batida não podem ser contados dois ou mais toques. Entretanto, se o juiz vir dois na bola simultaneamente e tiver dúvidas sobre quem a bateu, neste caso, sim, poderemos contar dois toques.
Invasão na Linha Central
Antes só era invasão por baixo quando a linha era ultrapassada. Porém, atualmente basta tocá-la com qualquer parte do corpo.
Zona de Ataque
Esta zona é formada pela linha de ataque, traçada a três metros e paralela à linha central. A nenhum jogador da defesa é permitido enviar a bola para o campo oposto dentro desta zona, a não ser que a batida se efetue quando a bola estiver em altura inferior a do bordo superior da rede. Além da linha que limita esta zona, qualquer um pode fazê-lo, não importando a altura em que se encontre a bola quando golpeada ou batida.
Comentário do Procrie – É notório que não se enviava a bola para o campo adversário somente com a batida, pois poderia ser de qualquer outra forma, sendo a mais empregada o toque com ambas as mãos. Atualmente, por exemplo, quase sempre é realizada de manchete. Outro aspecto se refere à mudança futura que se processaria na Regra, sendo permitido ao atleta saltar de trás da linha de ataque e realizar a batida já dentro da zona. E, igualmente, no saque.
Bola Tocada na Rede
a) Quando fora das marcas laterais: neste caso não é válido.
b) Dentro do campo: se a bola for enviada à rede com tal força que a mesma venha a tocar o adversário no campo oposto, tal contato não constituirá uma falta por parte deste. Antes, porém, na regra antiga, se a bola fosse enviada à rede e tocasse no adversário seria falta deste, desde que não fosse na terceira batida.
Bola Tocada Simultaneamente Sobre a Rede
Após o toque simultâneo sobre a rede, a equipe em cujo campo veio ter a bola tem direito a três batidas. Quando dois jogadores tocarem simultaneamente a bola sobre a rede e a mesma cair fora de campo, considera-se como tendo tocado por último o jogador do campo oposto ao da projeção da bola, pois subtende-se que o mesmo tenha interceptado a jogada.
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Os assuntos a serem vinculados hoje sobre as modificações introduzidas nas regras de volleyball por ocasião do Congresso Internacional de Praga, transcritos dos artigos do Prof. Paulo Azeredo em número de dois são os seguintes: Bloqueio (com o gráfico demonstrando a troca e o deslocamento) e Instrução Durante os Pedidos de Tempo.
Bloqueio – Instruções Durante os Pedidos e Tempo
Bloqueio – Apesar de não ter havido modificações na regra, havia dúvida e má interpretação quanto à execução do mesmo. Em primeiro lugar havia dúvida quanto à permissão para a troca o que causou grandes divergências por ocasião do Congresso do Campeonato Brasileiro de Volleyball. Os mineiros como só possuíam levantadores baixos, exigiam a troca, a ponto de a mesma ser permitida no campeonato brasileiro realizado em Minas, em 1946. Já em 1948, quando o campeonato brasileiro foi realizado em São Paulo, a pretensão dos mesmos encontrou obstáculos, pois cariocas e paulistas eram contra a troca. Depois de muito discutir achou-se uma fórmula intermediária, a qual chamamos “deslocamento”, sem propriamente ter havido troca de jogadores. Deslocamento esse que só era iniciado quando o levantador do quadro pegava a bola. O que aqui narramos está lavrado na ata do Congresso Brasileiro de Volleyball, no qual tomamos parte como representante do Distrito Federal. A troca era feita de acordo com a origem do ataque adversário. No deslocamento o cortador (ataque direito) recuava tomando o lugar do defesa centro e o defesa centro fechava o claro deixado pelo ataque direito.
Outra dúvida existente era quanto ao bloqueio duplo. Alguns juízes achavam que como iam dois na bola dever-se-ia considerar dois toques a ponto de muitos jogos realizados no campeonato carioca sofrem esta interpretação. Atualmente é ponto pacífico a questão do bloqueio, assim a troca é permitida e, no bloqueio duplo ou triplo, é considerado um só toque (porém nenhum dos jogadores que o efetuaram pode tocar na bola em seguida, sob pena de ser considerado dois toques). Quando a bola não é tocada por nenhum dos jogadores que efetuaram o bloqueio, como por exemplo, no caso da clássica largada, qualquer um dos mesmos pode pegá-la sem que isto constitua falta.
Atualmente é permitido aos técnicos dar instruções durante qualquer interrupção (tempo para descanso, para substituição ou entre os ‘sets’), mas estes não podem entrar em campo. É vedado ao jogador sair de campo ou conversar com terceiros.
Comentário do Procrie – Observem as marcações no solo da quadra – linhas de ataque e de centro -, facilitando a observância da Regra pertinente à colocação inicial (de rodízio) dos atletas.
Bloqueio duplo – Além disso, foi destaque na imprensa carioca a “descoberta” da nova CHAVE – uma atitude tática – de bloqueio no campeonato da cidade de 1946, quando Paulo Azeredo era o técnico do Fluminense. Vejam o noticiário.
Foto: acervo José Gil Carneiro de Mendonça
Chave inédita – “Como noticiado pela imprensa, fazendo jus à foto, os atletas do Fluminense empregaram uma nova “chave” de bloqueio: o bloqueio duplo. A chave parece ter dado certo ao longo de todos esses anos. Lembrando que já a partir de 1938 os tchecos introduziram os bloqueios nas regras baseados no conceito de “bloquear por um ou dois jogadores adjacentes”. Por quase 20 anos o bloqueio foi uma parte do jogo NÃO incluído nas Regras. Foram imediatamente seguidos pelos russos, uma vez que o novo invento facilitava sobremaneira a tarefa dos defensores.”
Assim, conclui-se que Paulo Azeredo já vinha empregando a nova chave desde 1946. Sua divulgação no Brasil, ao que parece, demorou algum tempo e serviu a alguns interesses como vimos em relação aos mineiros em campeonatos brasileiros, onde as Regras eram discutidas.
Poderão ilustrar-se ainda mais sobre o tema visitando “Evolução Tática no Voleibol (II)”:
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Dando continuidade à reprodução da série de artigos do Prof. Paulo Azeredo sobre as interpretações das modificações feitas nas Regras de Volleyball por ocasião do Congresso internacional de Praga ( set./1949), abrangeremos hoje os seguintes assuntos: Pedidos de tempo; Substituições e Colocação dos Reservas e Técnicos. Boas leituras!
Fonte: Acervo Paulo Azeredo, ANO 1951 – Pág. 50, Publicado no Jornal… (?)
Palavras-Chave (Tags): Mudanças nas Regras, Pedidos de Tempo, Substituições, Colocação dos Reservas e Técnicos.
Pedidos de Tempo– Os pedidos de tempo podem ser: a) para substituição; b) para descanso; c) para o juiz (pedido por ele próprio). Só os capitães e os técnicos podem pedir tempo. Para substituição cada quadro poderá pedir quantos tempos achar necessário, dentro do limite dos reservas inscritos e do número de substituições a que cada um tenha direito segundo a regra. Estes terão duração máxima de um minuto. Para descanso, cada equipe tem direito a dois tempos de um minuto por set , sendo que em caso de acidente, poderá ser de três minutos, desde que o jogador volte ao jogo (antes, era de cinco minutos). Para o juiz, o tempo é pedido por ele quando achar que o jogo deve ser interrompido por qualquer circunstância. Durante os pedidos de tempo nenhum dos dois quadros pode bater bola, o que era antes permitido.
Substituições– Pela nova Regra a substituição deverá ser feita em um minuto. Se levar mais tempo o juiz marcará para a equipe que a estiver procedendo a um “tempo para descanso” e, se essa equipe já tiver feito uso dos dois tempos a que tem direito por set, perderá o ponto ou o saque. O reserva que tenha entrado em jogo e volte à condição de reserva não poderá voltar ao campo nesse set. O que deu lugar ao reserva poderá voltar ainda uma vez, porém para o mesmo lugar de origem. Em caso de acidente com um jogador e desde que tenham sido esgotadas todas as substituições normais, um reserva qualquer poderá entrar no lugar do acidentado, não importando em que posição tenha atuado anteriormente.
Colocação dos Reservas e Técnicos – Os reservas e técnicos durante o jogo devem estar colocados no lado oposto àquele em que se encontra o juiz e, alternativamente, na lateral ocupada em jogo pela equipe adversária. Exemplo no desenho que transcrevemos abaixo. Aliás, esta colocação já existia na regra antiga, porém nunca foi observada, só sendo agora talvez devido às grandes modificações sofridas (pela atual), e à exigência dos atuais juízes da Federação de cumpri-la na íntegra. Esta é a razão pela qual tratamos desse assunto no presente artigo.
Comentário do Procrie: observe-se o detalhe da inversão dos bancos dos reservas e técnicos, justificado pela proibição de se falar aos jogadores em quadra durante a partida. Voltaremos apresentando as modificações no Bloqueio e as Instruções Durante os Pedidos de Tempo. Aguardem.
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Prosseguindo na série de publicações de artigos do prof. Paulo Azeredo sobre as interpretações das modificações feitas nas regras de volleyball, por ocasião do Congresso Internacional de Praga, realizado entre 13 e 15 de setembro de 1949, daremos hoje à publicidade os seguintes assuntos: Saque – Troca de Campo no Terceiro ‘Set’ – Colocação dos Reservas e Técnicos.
Fonte: Acervo Paulo Azeredo, ANO 1951 – Pág. 50, Publicado no Jornal… (?)
Foto: álbum de família. Publicação: cidade@jb.com.br
Palavras-Chave (Tags): Mudanças nas Regras: Campo e Ordem de Saque – Interpretação e Arbitragem – Mundial de Praga, 1949 (Tcheco-Eslováquia, atual Rep. Tcheca).
Saque – O saque só deve ser executado depois do apito do juiz. O mesmo pode ser efetuado em salto ou corrida, mas após haver sacado o jogador deve cair ou se encontrar fora do campo, ou seja, sobre a área de saque. O saque não pode ser executado com a bola segura por uma das mãos. Se após houver soltado a bola esta atingir o solo sem ter sido tocada o saque deve ser repetido. Ainda quanto aos saques no início dos ‘sets’, houve pequena modificação. Enquanto que na regra antiga o quadro tinha direito ao saque do segundo ‘set’, atualmente tal não acontece, pois perdendo ou ganhando o primeiro ‘set’, dará saque no início do segundo o quadro que não tiver dado no início do primeiro. Caso haja terceiro ‘set’, o saque será do quadro que não o deu no início do segundo: logo, conclui-se que será feito o revezamento das equipes na execução do saque inicial.
Na regra antiga era facultativa a troca de campo e só de direito ao quadro que estivesse perdendo quando o adversário completasse o oitavo ponto: atualmente, ganhando ou perdendo, esta troca se tornou obrigatória (a colocação dos jogadores continua a mesma e o saque com o quadro que o possua no momento da troca).
Colocação dos Reservas e Técnicos – Os reservas e técnicos durante o jogo devem estar colocados no lado do campo oposto àquele em que se encontra o juiz e, alternativamente, na lateral ocupada em jogo pela equipe adversária.
Comentário do Procrie – Saliente-se uma curiosidade da Regra antiga, em que facultava a troca de campo, só dando direito a fazê-lo à equipe em desvantagem no placar. É bem possível que este detalhe curioso tivesse origem em jogos em quadras abertas, sob condições muitas vezes adversas, como incidência da luz e a direção do vento, como estão previstas na atual Regra do Voleibol de Praia.
Em prosseguimento, apresentaremos a 3ª parte dos comentários tratando dos seguintes assuntos: Pedidos de Tempo, Substituições e Colocação dos Reservas e Técnicos. Aguardem.
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