Como Sacar?

Saque por baixo. Desenho: Beto.

A História é nossa aliada  

Relembro o artigo Lições do Mundial, Saque Tático. Naquela oportunidade falávamos dos rapazes aproveitando ou não o saque no campeonato mundial. Agora a oportunidade se nos oferece para discorrer sobre a sua aplicação também com as moças. Estaremos aproveitando alguns textos de reportagens, já que as transmissões pela TV atingem o Brasil em plena madrugada, o que torna dificílimo assistir ao vivo as transmissões dos jogos das brasileiras. Mas isto não impede que conversemos a respeito, pois as coisas não mudam da noite para o dia. Este é um longo processo que deve ter origem lá atrás, na iniciação do indivíduo. Chamo de despertar tático (Bené dizia, dou inteligência a ele). Se o professor conhecer um pouco de pedagogia tenho certeza de que saberá ensinar ao seu aluno. Este, por sua vez, com criatividade, saberá desenvolver-se com autonomia neste mister e nos demais. Em outras palavras, Ensinar a Pensar.

Alguns conceitos ditados pela prática: 1) O saque é a primeira manifestação de ataque; 2) Não importa a época  e a circunstância (o tempo), o que é diferente atrapalha, pois não é treinado, funciona na prática como surpresa; 3) A criatividade do atleta se manifesta através da alegria, irreverência e espontaneidade; 4) O tipo de saque a empregar e em que circunstância.

Logan Tom, dos Estados Unidos, em mais um de seus saques. Foto: Fivb/Divulgação.
Marina Katic, da Croácia, é mais uma das musas do Mundial de Vôlei. Foto: Fivb/Divulgação.

 

 

 

   

 

 

 

 

 

Por que o Brasil venceu a Itália? 

Eis alguns comentários colhidos na Internet (Terra e Uol)

Disse o técnico italiano em entrevista a jornalistas: “Temos que mudar totalmente a nossa maneira de jogar e a nossa atitude em quadra. Será difícil vencer todas as nossas partidas na próxima fase para tentar nos classificarmos, mas podemos fazer isto. Não podemos mais perder”. Obviamente, o comandante italiano não deixou de elogiar o adversário desta quarta-feira no Mundial do Japão: “O Brasil jogou muito forte esta noite. Elas nos pressionaram muito com o saque, o bloqueio, a defesa, com tudo… jogamos contra o Brasil duas vezes recentemente e perdemos ambas, então é preciso dizer que elas são melhores que nós”. Enquanto isso, na imprensa italiana colhemos: “Itália demolida pelo Brasil”, estampa o Gazzetta dello Sport em sua página na internet, ressaltando na sequência que a conquista da medalha de ouro ficou muito difícil para a Itália. O periódico classificou o resultado do jogo com um “pesadíssimo 3 a 0”. O Corriere dela Sera, por sua vez, ressaltou que a seleção de Massimo Barbolini foi “pesadamente nocauteada” pelo Brasil, o que significa praticamente o fim das chances de medalha. Se quiser avançar à semifinal, a Itália não pode mais perder e ainda precisa torcer contra Brasil e Estados Unidos.

Jogo contra as cubanas

O Brasil começou a partida muito bem abrindo 3 a 0 no placar através dos bons saques de Thaisa, que complicou a recepção de Cuba. No saque de Natália, a seleção viveu outro bom momento. Com um ace da camisa 12, o time verde e amarelo abriu 6 a 2. Com a larga vantagem imposta pelo Brasil, Cuba acordou na partida e depois de um erro de recepção da líbero Fabi e de um contra-ataque de Sanchez, mais perigosa jogadora caribenha no início da partida, as rivais diminuíram a diferença para 6 a 5. Mesmo assim, o time comandado por Zé Roberto chegou na primeira parada técnica na frente: 8 a 7. A seleção sofria com o saque cubano e viu as caribenhas virarem a partida no saque de Sanchez. Primeiro com um ace, depois em um lance de muito azar, no qual Thaisa atacou com força, a defesa cubana defendeu e acabou voltando para o fundo da quadra das brasileiras, pegando Fabi desprevenida. Depois de mais um ace, desta vez de Silie, as cubanas abriram 12 a 9, o que fez o técnico Zé Roberto parar o jogo para consertar o que estava errado. Mas foram Jaqueline e Fabíola, que já estavam em quadra, que começaram a fazer a diferença. Com os ataques da ponteira e o saque da levantadora, a equipe diminui a desvantagem que chegou a ser de oito pontos para dois: 23 a 21, o que fez o técnico cubano Juan Gala parar o jogo. A bela reação brasileira, porém, não foi suficiente e em um ataque de Palacios, as cubanas fecharam em 25 a 23. Com o bloqueio funcionando bem e em um jogo muito bom da meio de rede Fabiana, a seleção só ia abrindo distância. No saque de Natália, mais uma bela sequência de pontos seguidos levaram a equipe a abrir 22 a 11. Sem conseguir vencer na parte técnica, as cubanas passaram a tentar tirar o controle das brasileiras com provocações.

Comparando com as tailandesas

As características das seleções de Cuba e da Tailândia são completamente diferentes. A média de altura das cubanas sobe em 8cm com relação às tailandesas (1,85 m contra 1,77 m). Respeitando sua tradicional escola, as cubanas prezam mais pelo jogo na base da pancada, sem tanta velocidade, principal arma das asiáticas, e focando seus ataques principalmente na oposto Carcaces e na ponteira/oposto Palacios. “Mudam totalmente as características. O time de Cuba joga mais em um estilo de jogo que estamos acostumados. É um jogo mais no estilo cortadas fortes, porque elas são fortes e exploram isso”, disse o técnico José Roberto Guimarães.

Procrie no Azerbaijão

Conhecimento sem Fronteiras   A Internet permite a qualquer indivíduo comunicar-se com o mundo de forma satisfatória. Com o auxílio de alguns sites, unifica e torna possível o entendimento numa mesma linguagem. Guardadas as devidas distâncias, um novo Pentecostes: fala-se num idioma e ouvidos atentos ouvem na própria língua.    

Contudo, ainda me resta pequena dúvida colocada por um douto sobrinho: “É claro que existem brasileiros dispersos por todo o mundo e, certamente, são eles que acessam o Procrie no exterior”. Como sempre se disse em minha cidade natal, Niterói, quando visitamos outros países é certo encontrarmos alguém de Niterói. Parece uma alegre e invejável tradição. Por exemplo, estive no Porto, em Portugal, e ali encontrei um pequeno estabelecimento chamado Icarahy, que vem a ser o bairro e a praia onde resido. Fiz a maior festa! Aliás, encantei-me com a simpatia e generosidade dos dobradinhas.    

Hoje percebi com imensa alegria e gratidão que acabo de receber a visita de um internauta da longínqua Baku, no Azerbaijão. Confesso que tive de recorrer à Wikipédia (mais um milagre da web) e ilustrar-me. Seria mais um brasileiro interessado em Aprender a Ensinar? De qualquer forma, deixo o registro para que cada vez mais e mais interessados apareçam para dialogarmos e discutirmos sobre o ensino do Movimento e, especificamente, do voleibol para crianças e até mesmo adultos, pois nunca é tarde para aprender e se divertir. Já tive, inclusive, algumas experiências nesse sentido.   

A seguir, breve comentário colhido na Wikipédia:    

BAKU, a capital do Azerbaijão. Foto: Wikipédia.

Baku ou Bacu (em azeri: Bakı) é a capital, maior cidade, e maior porto do Azerbaijão. Localizada nas margens do Mar Cáspio, na margem sul da península de Absheron, a cidade consiste em duas partes principais: a baixa e a cidade velha, abrangendo 21,5 hectares. A 1 de janeiro de 2005 a população era de 2 036 000 habitantes, dos quais 153 400 eram Deslocados Internos (DIs) e 93 400 refugiados. Baku pertence à Organização das Cidades Patrimônio Mundial e à Sister Cities International.  A cidade também concorreu aos Jogos Olímpicos de 2016, mas foi eliminada em 4 de junho de 2008. Em 2007 os Ministros da Cultura dos estados membros da Organização da Conferência Islâmica declararam Baku como Capital da Cultura Islâmica de 2009.   

Que sejam bem vindos todos os amigos dessa cidade Patrimônio Mundial. Aumenta minha expectativa em contribuir para o pleno desenvolvimento de suas crianças através do contacto com seus professores e agentes educacionais. Aguardo-os também através de seus comentários, onde poderão esclarecer dúvidas e colocar suas experiências de ensino. Sou grato por terem encontrado o Procrie.

XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino, Beleza das Atletas

Não poderíamos deixar de contemplar nossos leitores com algumas fotos que a FIVB disponibiliza para a divulgação do próprio esporte. Pedimos desculpas por não ter flagrantes de todas as atletas dos países participantes, pois valemo-nos do que foi divulgado.  Em outra oportunidade estaremos divulgando mais flagrantes do Mundial.                    

Além de ser uma das melhores em quadra Sheilla também é apontada como uma das musas do Mundial. Foto: Fivb/Divulgação.
O Brasil não fica atrás e está bem representado por Jaqueline na seleção das musas do Mundial. Foto: Fivb/Divulgação.

  

Ligada desde o início da partida Natália não teve dificuldades em ultrapassar o alto bloqueio das holandesas. Foto: Fivb/Divulgação.

  

A atleta queniana Brackcides Khadambi se prepara para sacar em partida da primeira fase do Mundial. Foto: Fivb/Divulgação.

  

 
 

       

Seleção da Alemanha, que perdeu para a Itália no início da segunda fase, perfila para o hino do país. Foto: Fivb/Divulgação.

        

Seleção italiana comemora vitória frente os EUA. Foto: Fivb/Divulgação.

  

 
 
 
 

               

 

            

 

        

 
 
 
 

             

XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Grupo D

Grupo D                             Cidades com visitantes ao Procrie    

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 China                                       Wuhan   

Rússia                                     Moscou    

Coreia                                     Uijongbu                         

República Dominicana          (não)    

Turquia                                  Istambul    

 Canadá                                   Richmond Hill, Thornhill, Weston, Otawa, Montreal.   

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Destaques da equipe russa também pela beleza. Foto: Fivb/Divulgação
As russas Merkulova e Sokolova fazem com que a equipe seja uma das favoritas. Foto: Fivb/Divulgação.

   

Atleta turca Behar com as unhas pintadas mostra todo seu charme. Foto: Fivb/Divulgação.
Atletas da República Dominicana exibem todo o seu charme. Foto: Fivb/Divulgação.

XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Grupo B

Chaves do Mundial e as Cidades em que o PROCRIE está presente       

Grupo B              Cidades com visitantes ao Procrie          

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Brasil                             170 cidades       

Itália                              Milão, Roma, Padova, Caltanisseta.       

Holanda                        (não)       

Quênia                           Nairobi (?)       

Porto Rico                    (não)       

República Checa       Praga       

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Menção Honrosa. Estão de parabéns os dirigentes responsáveis pelo voleibol no Quênia e, principalmente, suas atletas com um exemplo invejável para o mundo tão mercantilizado. O Procrie deixa consignada esta Menção a um povo que com tantas dificuldades ainda se lembra de suas mulheres e crianças. Não assisti a qualquer jogo delas, mas a lágrima que deixei escorrer foi inevitável. Sob forte emoção agradeço a Deus tomar conhecimento de tanta simplicidade e vontade de participar na vida.      

Bafejadas pelo sorteio, a equipe do Quênia contou com a presença de um grupo bastante seleto do voleibol mundial feminino. Na presença da Itália, Holanda, Porto Rico, Rep. Cehca e        

Deu no TerraLyali chamou a atenção de todos no Mundial de Vôlei Feminino
Foto: Celso Paiva/Terra – Celso Paiva, Direto de Hamamatsu        

A queniana Lyali chamou a atenção de todos no mundial. Foto: Celso Paiva para o Terra.

Em um Mundial, onde a alta estatura e a força do ataque tem contado como ponto chave para algumas partidas, uma seleção e uma jogadora chamaram atenção exatamente por fugir dos estereótipos. Formada apenas por atletas amadoras, a equipe do Quênia foi uma das grandes atrações na cidade de Hamamatsu, mesmo sem sair com uma vitória sequer da competição. Dentro deste time, a levantadora Rodah Lyali foi uma das que mais conquistou a simpatia do público japonês. Mais velha e mais baixa do selecionado africano, ela mostrou muito esforço em quadra no duelo contra a seleção holandesa, única partida em que jogou no Mundial Feminino de Vôlei. “Tive um filho há um ano e ainda estou sofrendo para entrar em forma. Consegui emagrecer 10 kg correndo, mas ainda sinto dores no joelho por estar meio gordinha”, afirmou Lyali, que após as partidas é chamada com frequência para tirar fotos com torcedores nas arquibancadas.      

A queniana, que tem como trabalho principal a função de recepcionista em uma petroleira no país africano, disse que só começaram a treinar para o torneio há três meses. “Mas treinar forte somente há um mês. No nosso país, o vôlei não tem muito espaço. Eles dão mais atenção para o futebol e o atletismo”. Lyali disse que a experiência vivida de enfrentar equipes como a Seleção Brasileira e a Itália ficarão para sempre na memória das jogadoras. “Queríamos pelo menos uma vitória, mas o mais importante é que conquistamos experiência para melhorar nosso jogo. Enfrentar equipes como o Brasil foi muito importante para a gente crescer. Voltaremos para o país com uma grande melhora no nosso jogo”.       

Procrie no Quênia. Quem sabe professores e treinadores venham a descobrir este Procrie e, com ele, iniciarem um trabalho esportivo/educacional com as suas crianças, especialmente as meninas? Reparem que não é muita pretensão nossa, uma vez que no Brasil, são milhares de indivíduos a visitarem o site. Atualmente, em torno de 3.500 criaturas. Peço aos dirigentes da Federação que divulguem e comentem sobre essa iniciativa. Estarei sempre atento às suas necessitudes. No continente africano temos visitantes em Angola, Moçambique, Tanzânia, Argélia.

      

Aproveitem, Descubram, Mudem: o Conhecimento é irresistível.    

      

XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Grupo C

  
Chaves do Mundial e as Cidades em que o PROCRIE está presente. 

Grupo C              Cidades com visitantes ao Procrie           

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 Estados Unidos            Atlanta, Chatham County, New York, Richmond Hill, Reno, Spring Hill, Ponitano Beach, El Segundo, Sunny Vale, North Miami Beach.       

Cuba                                  (não)           

Alemanha                       Munique           

Cazaquistão                   (não)           

Tailândia                         Khon Kaen          

Croácia                            Zagreb          

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Atleta americana Logan Tom sacando. Foto: Fivb/Divulgação.
A renovada equipe cubana ainda não convenceu. Foto: Fivb/Divulgação.

   

As atletas da Alemanha Maren Brinker e Corina Ssuschke. Foto: Fivb/Divulgação.
 
 
Atletas da Croácia em formação para os hinos nacionais. Foto: Fivb/Divulgação.
 

A croata Senna Jogunica mostra toda a sua elasticidade no aquecimento. Foto: Fivb/Divulgação.  

   

  

XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Grupo A

Chaves do Mundial e as Cidades em que o PROCRIE está presente.

Grupo A              Cidades com visitantes ao Procrie

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Japão                       Shibuya, Osaka, Tóquio, Utsunomiya

Sérvia         Novi Sad
Polônia        Varsóvia, Katowice
Peru           Cuzco, La Victoria
Argélia        Argel
Costa Rica     São José

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Atletas da Sérvia comemoram mais um ponto. Foto: Fivb/Divulgação.
A jogadora polonesa Anna Baranska em ação. Foto: Fivb/Divulgação.
Atleta Yuka Sano, do Japão, observa após uma defesa. Foto: Fivb/Divulgação.
Jogadoras da Costa Rica fizeram a festa. Foto: Fivb/Divulgação.

Intercâmbio Brasil-Portugal

Intercâmbio Cultural

Como dissera anteriormente em “Comunidade Lusófona” ganhei um presentão vindo de Portugal em 27 de outubro. Vejam os primeiros resultados em apenas alguns dias dessa parceria. 

Este final de mês ficou marcado pela comunhão de propósitos com o Sovolei. O número de visitas alcançou a marca recorde de 350 consultas proveniente de 47 cidades, de norte a sul, inclusive as atlânticas Ponta Delgada e Funchal. A satisfação ainda é maior por poder levar e ter aceitação a cidades (imagino eu)sem tradição em voleibol, como as do sul do país – Portimão, Boliqueime, Faro, Vila Nova de Gaia e Vila Do Conde. E mais, pelo interior, através de Évora, Castelo Branco, Covilha e Guarda.

Se aceitas as propostas de ensino em pouco tempo terão agradáveis surpresas. Espero que perseverem e criem condições favoráveis de desenvolvimento de suas crianças para a vida. Lembrem-se sempre que as propostas que apregôo são, em primeira instância, relativas ao desenvolvimento educacional de cada indivíduo. O desporto é um meio e não um fim. Certamente por estarem distantes dos centros competidores, terão melhores condições de Educação da sua gente miúda. Agradeço aos leitores do Procrie e peço que façam uma campanha entre os seus amigos e vizinhos que se interessem pelos escritos e que incrementem as atividades, inclusive fomentando pequenos jogos entre escolas ou clubes. O essencial é que se oportunizem possibilidades a TODOS.

Nos centros mais em evidência, a capital Lisboa detém 25% do total das visitas, tendo ultrapassado o Porto (23%). Seguem-se-lhes Felgueiras (5,1%), Coimbra (4,9%), Seixal (3,1%) e Santo Tirso e Múrcia, ambas com 2,9%.  Vejam abaixo o desenvolvimento das consultas ao Procrie nos últimos 4 meses:

Junho       109 visitas de 31 cidades
Julho       129 visitas de 31 cidades
Agosto       69 visitas de 20 cidades
Setembro    100 visitas de 28 cidades
Outubro     350 visitas de 47 cidades

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Ensino crítico.  Por achar oportuno aos meus amigos, reproduzo um pensamento sobre a atitude dos educadores frente ao desconhecido:

“Os judeus são ensinados a reverenciar a rebeldia intelectual – rebeldia sintetizada em Abraão, ao destruir os deuses e inaugurar o monoteísmo. Nada mais é do que os educadores chamam de ensino crítico; contestar sempre as verdades estabelecidas, princípio básico da pedagogia moderna. É um treinamento decisivo para quem deseja mais do que reproduzir, mas inventar. O bom educador deve ensinar a seus alunos a olhar sempre com uma ponta de desconfiança aquilo em que todos acreditam e dar uma ponta de crédito a ideias ou projetos que todos desmerecem. Ninguém inventa nada se for servil ao conhecimento passado”.

O Conhecimento é algo irresistível. Sendo assim, QUESTIONE, DESCUBRA e MUDE!

Paixões Nacionais: Futebol vs. Voleibol – I

Marketing exacerbado. Foto: Agência Brasil (20/out/2010)

Quanto Vale um Título?                

A história dos homens se repete inexoravelmente. Relembro aos leitores frase do ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique ainda durante o seu governo: “A ordem do dia é o nacionalismo barato”. Mas afinal, deve pensar o presidente, o que um povo tão caipira pode almejar de melhor do que o pão e o circo? Nas expressões de hoje (foto), só faltou fazer a bola girar na ponta do nariz.       

    

    

Treinos, Jogos, Calendário… A saúde dos atletas, alguém se importa?                

 

Copa do Mundo, 1958: Didi (á esquerda) e Gilmar consolam Pelé.

Quem corre é a bola. Não é preciso dizer sobre o calendário futebolístico nacional, ditado também pelo internacional (FIFA), especialmente no ano em que se dá a competição máxima, o Campeonato Mundial. A cada rodada do campeonato os departamentos médicos dos clubes não dão vazão ao número de jogadores com lesões principalmente musculares. As causas parecem convergir para o excesso de jogos – normalmente dois a cada semana – e a obsessão extremada na preparação física ocasionada pela nova forma de jogar: “a correria”. Um dos melhores craques que o Brasil já teve, o saudoso Valdir Pereira – Mestre Didi – diria ainda hoje: “Mas por que tanta pressa? Por que tanta correria? Quem corre é a bola!” Lembro-me de uma de suas entrevistas a um jornalista logo após a desclassificação da equipe brasileira em 1954, na Copa da Suíça. Perguntado por que jogava tão parado, pouco se movimentando no meio de campo, disse: “Que culpa tenho eu se recebo a bola na minha intermediária, lanço-a ao Humberto (atacante) deixando-o à frente do goleiro adversário e ele chuta para fora”?      

Bola voadora. No voleibol existem poucas diferenças. A Federação Internacional divulga antecipadamente o calendário das competições do ano vindouro e as Federações nacionais que estão aptas a participar – mérito ou convite – ajustam-se peremptoriamente. Entretanto, ocorre no voleibol uma intensidade talvez bem mais significativa que consiste em atividades internacionais bastante intensas todos os anos, agravadas de dois em dois anos com os Mundiais e as Olimpíadas, ambas as competições defasadas em dois anos. Como agravante, a Fivb incluiu a Liga Mundial, sob o pretexto de manter as melhores seleções em atividade. Para ela um prelúdio ao mundial ou à olimpíada, para mim, um torneio caça-níquel milionário. E para manter o alto nível, regulamenta que as seleções participantes tenham pelo menos nove (9) atletas que tenham integrado a última competição internacional sob os seus auspícios.                 

Um Grande Negócio. Quando se trata de competição mundial o dinheiro em jogo justifica qualquer sacrifício. E, sabedora disso, a Fivb instituiu prêmios para os vários destaques das suas competições além do prêmio maior aos que sobem ao pódio. É um esquema profissional em que todos ganham e, certamente, os atletas são os que ficam com a menor parcela. Mas alguns poucos são glorificados, elevados à categoria de heróis, têm suas fotos enrolados na bandeira nacional divulgada pelo mundo inteiro etc. Querem mais? Em contrapartida, tornem a admirar a foto estampada acima e observem os três dirigentes/presidentes. Da esquerda para a direita, o presidente da CBV, o do meio, da República do Brasil e, finalmente, o último, o presidente do Banco do Brasil, patrocinador oficial das seleções brasileiras de voleibol. Só faltou o desfile em carro aberto do Corpo de Bombeiros e a decretação de ponto facultativo. Todavia, como estamos às vésperas de uma eleição e tal como fez o país na época da ditadura em 1970, faz muito bem ao povo que os nossos atletas se consagrem internacionalmente.  E melhor ainda aos candidatos do próprio governo: “O que um povo tão caipira pode almejar de melhor do que o pão e o circo”?          

Calendários. O extenso campeonato brasileiro de futebol tem como agravante vários aspectos que não entraremos em consideração nesse espaço. Apenas saliento o aspecto do grande número de jogos, sucessivas viagens, inclusive duas vezes na semana, as competições internacionais entre clubes – Copa Libertadores, Sul-Americana – e jogos amistosos ou campeonatos oficiais entre seleções, como Copa América, Sul-Americano, Pan-Americano. Especialmente para os eleitos é impossível achar um tempinho para recuperação ou treinamento com qualidade. A necessidade de fazer dinheiro ou caixa fala mais alto, inclusive por conta de contratos milionários com patrocinadores. Enquanto isso, o calendário de competições no voleibol é incomensuravelmente menos agressivo, pois, em termos nacionais, só prevê os jogos da Liga Nacional no fim de ano – novembro a março – e, mesmo assim, para um seleto número de equipes. O “problema” maior no Brasil ainda é o Banco do Brasil/CBV/Clube, o verdadeiro puxador de audiência. Por isso dizemos, “com dinheiro é mole”! Gostaria que essa verba fosse aplicada na Educação de crianças, o nosso verdadeiro futuro e não uma simples coleção de medalhas que logo estarão empoeiradas pelo tempo. Lembram-se de que o brasileiro não tem memória? 

(continua…)  

Investimentos: Esportes ou Educação?

Esporte ou Educação, de que precisamos? 

O caso sui generis em que se encontra a nossa ex-senadora, que foi candidata à presidência Marina Silva, nos dá uma dimensão do que o povo brasileiro terá pela frente nos próximos dias e até a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016. Teremos que votar no 2º turno em um dos dois candidatos, mas o peso dos votos que teve, quase 20%, provavelmente para o lado que se inclinar poderá determinar quem será o novo presidente. E numa de suas últimas declarações, solicita aos seus eleitores que manifestem suas inclinações. É o que se poderia dizer um plebiscito particular de seu Partido Verde.

E que tal sugerir ao atual governante ou aos seus comandados do Ministério dos Esportes, da Educação e outros, que também administrassem uma consulta popular para deliberar sobre o tema ESPORTE  ou EDUCAÇÃO. A importância de uma consulta se justificaria pelo montante a ser gasto e possíveis prejuízos principalmente à classe menos favorecida que não tem um sistema educacional à altura dos eventos próximos – Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas. Sem falar na SAÚDE e outras cositas mais.

O que querem para o Brasil“?:      Esporte (SIM)  (NÃO)  x  Educação (SIM)  (NÃO)

Imagino que pelo montante inicial da dinheirada que será gasta muitas razões serão apresentadas neste blogue em “Comentários”. Por favor, não se excedam, pois o espaço é restrito; sejam moderados!  

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Colhi na Internet notícias interessantes para a divulgação do Procrie em escolas, universidades e comunidades comprometidas com Educação & Esporte. Trata-se do XV Seminário de Comunicação do Banco do Brasil, realizado no Centro de Convenções ABIMAQ, na Av. Jabaquara – São Paulo, entre 15 e 17 de setembro de 2010. Eis uma síntese do que foi divulgado em http://bancodobrasilnoseventos.wordpress.com:

Investimentos em Esportes: Como Mensurar o Impacto nos Negócios. A palestra que encerrou o XV Seminário de Comunicação do Banco do Brasil, com o tema “Investimentos em Esportes: Como Mensurar o Impacto nos Negócios”, foi apresentada pelo publicitário e diretor presidente da J. Cocco Comunicação Integrada, José Estevão Cocco, pelo ex-técnico de vôlei e consultor em marketing esportivo, José Carlos Brunoro, e pelo diretor e proprietário da Agência Let’s Play e professor de marketing esportivo da ESPM, Marcelo Palaia. Várias pesquisas sobre o assunto foram apresentadas durante a palestra, provando que os investimentos em esporte são realizados com bastante frequência pelas mais diferentes empresas.

O professor de marketing esportivo, Marcelo Palaia, citou as principais ações de marketing que as empresas devem utilizar para perpetuar e globalizar a marca: recall, ativação e objetivos. A utilização de logos e emblemas em uniformes das equipes esportivas é outra ação de retorno imediato para lembrança de marcas e produtos. É por este motivo que as empresas brigam entre si para fecharem acordos de patrocínios, principalmente em períodos de copa do mundo, olimpíadas e outros eventos esportivos. “Os investimentos em esportes rendem para as empresas um retorno quatro vezes maior do que o valor inicial aplicado”, completou Marcelo.

De acordo com José Carlos Brunoro(*) os investimentos em esportes ajudam as empresas a viabilizarem seus projetos, resultando no crescimento dos produtos e das marcas produzidas por essas instituições. Outro ponto importante dos investimentos em esportes é a expansão de mercado pelos meios de comunicação, inclusive nas mídias sociais. Atualmente, as empresas realizam grandes investimentos em mídias sociais e utilizam as parcerias esportivas para estimularem a publicidade e o conhecimento de marca entre os internautas.

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(*) Consta do livro (no prelo) “História do Voleibol no Brasil, séc. XX“, de Roberto A. Pimentel, 1.200 págs.

José Carlos Brunoro. Professor de Educação Física, trabalhava no Serviço Social da Indústria (SESI) de Santo André (SP) quando realizei um Curso de Mini Voleibol de três dias (12/1974), destacando-se como o melhor aluno. Além de técnico de vôlei da Pirelli e da seleção brasileira, Brunoro ocupou o cargo de gerente de esportes do clube de Santo André e de diretor de esportes da Parmalat para a América do Sul. Foi ele quem viabilizou a implantação da vitoriosa parceria Palmeiras/Parmalat. Com o sócio José Estevão Cocco, formaram a Brunoro&Cocco Sport Business, empresa de marketing esportivo. Entre outras ações, dividem a assessoria de marketing da Confederação Brasileira de Basquete.

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Quem sabe, agora, profissional realizado, consultor de marketing esportivo, possa ele retribuir aquelas simplórias aulas por aconselhamentos marqueteiros para que o Procrie possa difundir a sua missão de Ensinar e Educar por todo o País. Vamos torcer e aguardar, mas trabalhando com muita persistência, sem acomodamentos.