Mini Vôlei em Portugal (II)

Fonte: FPV/Acção de Formação de Gira-Volei em Lisboa, 30/10/2012.

No intuito de dar ciência do que ocorre além-mar, retransmito noticiário da Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) a respeito da Formação para crianças.

A Federação Portuguesa de Voleibol (FPV), em colaboração com a Associação de Voleibol de Lisboa e com o apoio da Universidade Lusófona, realiza, na próxima segunda-feira (5 de Novembro), uma Acção de Formação subordinada ao tema «Monitor Gira-Volei: Nível I».

Dirigida a monitores de Gira-Volei, professores de Educação Física e alunos de Educação Física e Desporto, a acção de formação está agendada para as 21h15 e terá por palco o auditório da Universidade Lusófona.

A formação é gratuita e integrada no Plano nacional de Formação da FPV mas com obrigatoriedade de inscrição, cuja data limite é o dia 2 de Novembro de 2012. 

Acção de Formação será ministrada pelo técnico federativo Leonel Salgueiro, Coordenador Nacional do projecto Gira-Volei.

O Gira-Volei, iniciado em 1998, desenvolve-se por mais de 1800 centros em todo o País, envolvendo autarquias, clubes e associações e movimenta actualmente mais de 100 mil jovens praticantes.

Mini Vôlei em Portugal

Roberto Pimentel na Póvoa de Varzim, 2007.

A Federação Portuguesa de Voleibol promove há algum tempo a difusão do voleibol entre crianças com programas intitulados Gira Volei e Mini Volei. Recebi recentemente no facebook um noticiário da FPV a respeito de sua atuação na Póvoa de Varzim, região metropolitana do Porto, um pouco ao Norte e litorânea.

Poderão ver neste Procrie comentários a respeito da linda cidade, visitada por mim e minha esposa em férias.  Escrevi para o “Instituto Maria da Paz” oferecendo nossa colaboração e empenho para que seja um sucesso sua obra. Esperamos que a contribuição pedagógica sirva de alento e instrução para os seus professores e agentes educacionais.  

 

 

Eis o noticiário:

O Gira-Volei Comunitário nasceu e desenvolveu-se, com grande rapidez, na Póvoa de Varzim, quando os responsáveis do Instituto Maria da Paz – autor e dinamizador do Projecto Arrisca –, que começaram por abraçar, em 2011, o Gira-Volei, integraram o projecto federativo na sua própria iniciativa, criando o Gira-Volei Comunitário, na tentativa de promover a reinserção social de crianças e jovens através da prática desportiva e da vivência em equipa.

Os frutos deste trabalho abnegado começaram a tornar-se mais visíveis recentemente, quando alguns jovens provenientes do Gira-Volei Comunitário conquistaram o seu lugar ao sol ao serem integrados em equipas de clubes, caso do CD Póvoa, sediado na Póvoa de Varzim.

Segundo o Instituto Maria da Paz, “o Projecto Arrisca surge como a oportunidade de organizar e potenciar a intervenção com crianças, jovens e famílias em situação de risco da Póvoa de Varzim, local onde não existiu, até ao momento, nenhum projecto do Programa Escolhas”.

O Programa Escolhas é um programa de âmbito nacional, criado em 2001 e tutelado pela Presidência do Conselho de Ministros, e fundido no Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, IP, que visa promover a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis, particularmente dos descendentes de imigrantes e minorias étnicas, tendo em vista a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social.

Como se torna evidente, projectos com o cariz do Arrisca vão ao encontro dos objectivos do Voleibol e, no caso concreto dos mais jovens, do Gira-Volei, ao difundirem a prática desportiva salutar, o espírito de equipa e o convívio social, formando futuros atletas e cidadãos.

Mais informações: http://pt-pt.facebook.com/institutomaria.pazvarzim

Coisas Portuguesas

Foto: Wikipédia.

Dois dias de estágio nos Carvalhos (título de artigo publicado no sovolei)

Resolvi publicar neste Procrie algumas observações exaradas no sítio português do sovolei. Creio ser interessante para muitos como um português se situa em relação ao voleibol em sua própria terra. É verdade que se trata de uma visão pequena, mas este é o meu aprendizado à distância. Espero não molestar pessoa alguma, mesmo porque se trata de diálogo em tom respeitoso. O meu interlocutor (não identificado) não é professor ou treinador de voleibol, mas tem uma filha (menor de idade) como atleta. O título nos reporta aos dois treinos que a seleção feminina realizou nos Carvalhos, “uma freguesia portuguesa do concelho da Covilhã, a norte da sede do concelho, com 17,10 km² de área e 1741 habitantes (2011) (Wikipédia).

Roberto Pimentel … A sensação é de inutilidade! O tempo passa, assuntos são discutidos, uns atacam, outros defendem e o espectador – o meu caso – cada vez mais se desilude com a estagnação. Seria próprio da cultura portuguesa? Justifico a indagação, pois já me disseram que não conheço as suas coisas. E continuo a não entender nada. Tive alguma esperança (e até acreditei) que o evento da ANTV fosse para valer, inclusive remeti projeto de formação, e parece que todos estão na praia. Até assemelham-se aos cariocas, que frequentam as suas praias o ano inteiro. Creio que terão que descobrir algo bastante inventivo e criativo para superar a crise e não desmancharem todo o ouro que estão a derramar. Inclusive pagando a treinadores estrangeiros em detrimento dos nativos.

 Joshuacmcl … Não, não se trata de atacar, o nosso grande problema não está na contratação ou não de treinadores estrangeiros. Não está nas reuniões que não servem para nada, eles FPV assistem e depois estão-se borrifando para tudo o que foi dito. Quando contratam um treinador é necessário que os deixem trabalhar, e ser eles a decidir quem sai ou quem entra. Quando os representantes da FPV não acreditam no trabalho que se faz nos clubes, o trabalho que se faz nos grupos de trabalho das seleções, e são eles que têm o poder de decidir quem fica ou quem sai, como podemos continuar a atacar os treinadores sejam eles estrangeiros ou não? Fez um ano que a selecionadora propôs uma lista de convocadas para a seleção de juniores, dessa lista os diretores da FPV retiraram metade das atletas e propuseram outras. Quem decidiu a saída do Carlos Teixeira? Como deve saber e não só em Portugal isso acontece vivemos num mundo de tachos. Eu sei que estamos a falar em Portugal, mas a vossa crítica e os vossos adeptos também não estão muito contentes com o voleibol brasileiro. Não adianta e outros o disseram anteriormente tentar dialogar com a FPV eles têm o poder para decidir e decidem conforme acordam de manhã. Não adianta apelar para um presidente que vê aquilo que lhe interessa ver. Penso que não perde o seu tempo ao escrever para todos aqueles que gostam de voleibol, penso que perde tempo sim em tentar mostrar a estes que o voleibol não se joga com o telemóvel nem sentados nas salas da FPV.

Roberto Pimentel … Podemos criticar de pelo menos duas maneiras. Uma, tentando derrubar o que está a se desenrolar e não agrada. A outra, mantendo a mesma estrutura e esclarecendo as ideias, isto é, propor soluções. Outro aspecto é pouco percebido, trata-se de fazer comparações pouco ou nada condizentes. Cheira à falta de argumentos para dialogar e até mesmo, explicar o que se está a dizer. Ademais, não estou a perder o meu tempo em pensar que posso de alguma forma contribuir e ajudar despertando as pessoas do marasmo a que se condenam. E, ainda que o fizesse, ele – o tempo – é todo meu e considero que está a meu favor pela experiência de vida que me proporcionou até então. Por último, nada tem haver com a situação do voleibol brasileiro, e não creio que alguém no Brasil esteja insatisfeito, até porque é ainda o mais destacado no mundo conforme o ranking da Fivb.

Ensino crítico – Comentários e críticas podem e devem ser produzidos por todos, mesmo os que ignoram, isto é, ainda não percebem as nuances e circunstâncias que envolvem um assunto ou acontecimento (no caso, jogos de voleibol). Caso encontrem um interlocutor capaz e que se disponha a ensiná-los está caracterizado o início de um aprendizado. Finalmente, o filósofo tcheco Vilém Flusser diz que “duvidar é um estado de espírito que pode significar o fim de uma fé ou o começo de outra. Em dose moderada, estimula o pensamento. Em dose excessiva, paralisa toda atividade mental”.

Exemplo a Ser Seguido

Atletas japonesas comemoram a terceira colocação nas Olimpíadas. Foto: Fivb/Divulgação.

 Como muitos sabem, sou um dos colaboradores há algum tempo do sítio português sovolei, algo de que me enche de orgulho. E através dele estou em permanente estado de despertar no que tange a medidas metodológicas e pedagógicas a serem empregadas pelos treinadores no sentido de um salto para o futuro. É certo que têm muitos problemas atualmente – economia, político, administrativo, cultural -, mas quem não os tem ou já teve, em menor ou maior escala e conseguiram sobrepor-se. O Brasil foi um deles.

Frequento também a comunidade de Educação Física Virtual – CEV– a maior do País, em que se discutem assuntos pertinentes à área. Recentemente, uma postagem do Professor Edison Yamazaki, um brasileiro que reside no Japão, despertou-me a atenção, inclusive voltada para os treinadores portugueses, tanto de futebol, quanto de voleibol. Vejam e ilustrem-se com alguns depoimentos interessantes para discussões futuras. 

O Ser Humano Acima do Atleta (por Edison Yamazaki, em 10.9.2012) 

Estive num seminário na Universidade de Esportes de Osaka onde participaram um representante da Federação Japonesa de Futebol, o treinador de Futsal da seleção japonesa e o auxiliar técnico da seleção feminina, campeãs mundiais e prata em Londres, um profissional do corpo técnico do Barcelona e eu. O tema principal era: “como utilizar o futebol para inserir os jovens japoneses no cenário global”. Cada um falou um pouquinho para um público bastante heterogêneo formado por treinadores masculinos e femininos de clubes e escolinhas, dirigentes esportivos, professores que não tinham nada com esportes, curiosos e muitas crianças. Vejam bem, crianças!

O que mais marcou foi o depoimento do Sr. Satoru Mochizuki, assistente técnico na seleção feminina e professor da Universidade de Esportes de Shiga. Indagado sobre esquemas e métodos de treinos, ele disse que na seleção, muito mais do que isso, era levado em considerado o fator humano. Primeiro eles selecionaram as meninas pelo seu caráter, otimismo, perseverança etc., e em seguida pela qualidade técnica. Disse que existiam atletas tecnicamente melhores, mas que não se encaixariam na proposta da Comissão Técnica. Disse ainda que os treinos são bem parecidos em todo o mundo, ressalvando particularidades culturais, mas as pessoas são muito diferentes e, se reunirem um grupo com “pessoas de boa índole, altruístas, dedicadas e perseverantes” a probabilidade de sucesso é muito maior do que um monte de craques egoístas e desinteressados. Em suma: “Convocamos primeiro o homem e somente depois o atleta”. Os aspectos físicos, técnicos e demais qualidades vêm a seguir. Seguindo essa mesma linha de pensamento é que foi convocada a seleção sub-20 que ficou em terceiro lugar na Copa do Mundo que terminou na semana passada. Será que ele está certo? Será que a nossa seleção principal não está falhando nesse aspecto?

Atletas japonesas vibram com a vitória sobre o Brasil nas Olimpíadas. Foto: AP.

Roberto Pimentel, em 10.9.2012. – Olá Edison, como mudaram os japoneses neste novo século. E para melhor!

Temos no Procrie dois artigos que tratam do assunto com intensidade e depoimentos de algumas personalidades validando os novos conceitos e metodologias do treinamento. Concordam que é mais importante aprofundar-se nos estudos da Psicologia Pedagógica do que simplesmente um cursinho de alguns dias com ex-jogadores. Destaco as postagens “Alegria no Futebol e no Voleibol”? e “Ensinar Vôlei e Futebol, que Diferença”? Neles há depoimentos de Guardiola e José Mourinho, dois dos melhores treinadores da atualidade. Quando se referem à Formação de atletas, dão ênfase em como devem ser consideradas as condições psicológicas para o desenvolvimento do indivíduo.

Vejam, p.ex. o breve relato do Mourinho: “(…) a teoria do treinamento desportivo positivista não se alinhava a minha forma de pensar. Foi aí que o Prof. Manuel Sérgio me ensinou que para ser aquilo que eu queria ser, teria de ser um especialista na área das ciências humanas. Foi assim que aprendi que um treinador de futebol que só perceba de futebol, de futebol nada sabe. Se sou um treinador singular é porque não me esqueço das lições sobre emancipação e libertação. É preciso ser livre para fazer o novo… até no futebol”. (Motrisofia – Homenagem a Manuel Sérgio, de José Mourinho).

E ainda, de Daniel Coyle, em o “Código do Talento”: (…) Qualquer discussão sobre o processo de aquisição de habilidades deve levar em conta um misto de descrença, admiração e inveja intensas que sentimos quando vemos um talento aparentemente saído do nada. É um sentimento que nos leva a perguntar: “De onde veio aquilo“? Como esses indivíduos, que parecem ser iguais a nós, de repente se tornam tão talentosos? E encerro meu diálogo com o Professor Edison: “Parabéns pelo relato do seminário e parabéns aos treinadores japoneses, especialmente de futebol e de voleibol, cuja equipe feminina está voltando a se destacar no cenário mundial”.

Vôlei Brasileiro Fazendo História

 

Vagas abertas para a seleção brasileira

Seleções brasileiras em 2000 e 2008. Foto: Terra

O site português sovolei publicou em 22 p.p. o Ranking FIVB, o Top 10 depois dos JO. Foram registrados alguns comentários, inclusive de minha autoria e, a partir deles, construí este texto para melhor fixação dos leitores sobre o tema à epígrafe, especialmente sobre a equipe masculina, em face da decepção nacional por não ter conquistado a medalha de ouro. Afinal, o Brasil deveria ser campeão olímpico pela 3ª vez? Mas o retrospecto recente de suas atuações na Liga Mundial não o apontava como favorito, mas sim Polônia (campeã da Liga Mundial), Rússia, Itália e EUA. Bem, vejamos o top publicado em relação ao masculino e algumas intervenções e observações de internautas portugueses no sovolei. 

1º Brasil 300.00 – 2º Rússia 276.50 – 3º Itália 235.50 – 4º Polônia 230.75 – 5º USA 203.00 – 6º Cuba 190.50 – 7º Séria 155.00 – 8º Bulgária 152.50 – 9º Argentina 144.00 – 10º Alemanha 115.75 – 38º Portugal 12.75.

Roberto Pimentel … Percebam o relativismo de uma vitória ou derrota mesmo quando se trata da maior competição mundial, os Jogos Olímpicos. As atletas brasileiras foram recebidas em solo pátrio com direito a desfile em carro aberto pelas avenidas de São Paulo. Enquanto isto, os rapazes, que conquistaram SOMENTE a medalha de prata, pouco ou nada foi comentado em seu desembarque. Sem falar no vôlei de praia, também medalhistas de prata no masculino. No entanto, a partir de 1984, quando foram vice-campeões olímpicos, a imprensa criou o mito de “geração de prata”, feito marcante na história do voleibol no Brasil. Por que a mesma medalha não produziu os mesmos efeitos atualmente? Parece que o tupiniquim acostumou-se a ganhar e um segundo lugar é considerado inviável e deprimente, até pelas circunstâncias da partida final. Vejam que se focarmos o ranking mundial continuamos já há algum tempo no topo e os demais é que se revezam vez por outra nas colocações a seguir. Este é um feito que a imprensa não consegue entender e manifestar-se. Provavelmente carece de profissionais mais qualificados em suas observações. Aliás, dado que os jogos foram transmitidos por diversos canais de TV, atrevo-me a dizer que locutores e comentaristas é que realmente fazem a cabeça do público leigo. Inicialmente, deveriam dar (transmitir) a notícia, agora interpretam e comentam com a ajuda de ex-medalhistas. Enquanto isto, outros colegas seus – jornalistas – lutam pelo direito de somente eles serem qualificados para atuarem no setor.

Internauta… Entendo o que diz Roberto, mas julgo que o mau trabalho do Bernardinho nesta final (muitas substituições desacertadas, quer no tempo quer nas opções) pode ter desiludido muita gente aí no Brasil e daí esta indiferença.  

Roberto Pimentel … É bem possível que tenha razão em um ponto, meu caro. Mas existem outros, que somente quem acompanha ou frequenta a sacristia pode melhor dizer. Não me atreveria a tanto de sacrificar a competência do técnico brasileiro tantas vezes alardeada, mas de fato cometeu um erro capital ainda na fase de preparação da equipe. Aliás, em parte um risco calculado e, em outro, uma emoção irrefreável pelo reconhecimento ao maior atleta nacional – Giba – de se despedir em uma Olimpíada. Assim, as substituições improváveis, os tempos, tudo isto parece ter sido fruto do desespero (emoção) de que foi tomado, uma vez que estava com a medalha no peito e deixou-a mudar de lado. Deve ter-se perguntado todo o tempo dos três sets derradeiros, “o que posso fazer”? Até mandar o fisioterapeuta passar algo milagroso no joelho do Dante ele fez, mas diante do ajuste da equipe russa e do desempenho de seu gigante Muserskiy, qualquer paliativo seria ineficaz àquela altura, com os atletas que tinha em condição de jogo. Digo isto, porque Vissoto, Giba e Dante já estavam fora de combate. Quanto ao Ricardo, nem seria o caso, pois além de levantador não tem o mesmo entrosamento com os atacantes e Bruno nunca esteve tão bem numa partida. Assim, sobravam-lhe Rodrigão, Wallace e Thiago, este demasiadamente inexperiente. Nessa altura, a única solução seria o ace nos saques, ou os bloqueios ao gigante, o que não aconteceu. Ou tentar de tudo para parar o jogo com as substituições, tendo inclusive sacrificado Rodrigão para atuar exclusivamente no bloqueio na posição IV. Parecia que no 3º set, que poderia ser decisivo para nossas pretensões, a água milagrosa devolvesse a segurança necessária ao joelho de Dante, o que não ocorreu.

Como disse, perdeu em apostar que alguns atletas teriam tempo de se recuperar fisicamente e, assim, seu trabalho ficou comprometido profissionalmente. Contudo, sobra-lhe crédito por ter arriscado. Fê-lo e conquistaram a medalha de prata, quando aqui no Brasil achávamos que não chegaria a tanto pelo retrospecto do prelúdio olímpico, a Liga Mundial. Sob este ponto de vista, foi mais vitorioso do que todos, pois superou todas as expectativas, inclusive dos concorrentes mundiais, como EUA, Polônia, Itália e a própria Rússia, completamente assustada até metade do 3º set. Imagino que a saída por contusão do Dante foi determinante. Assim, todos contribuíram em muito para a posição honrosa de 1º no ranking mundial, o que a meu ver, muitos perseguem e não conseguem.

Por fim um detalhe não menos importante. Já presenciei por duas vezes parte dos treinos do Brasil e, continuo afirmando que ainda não sabemos treinar a defesa. Certa feita conversei com o Bernardo após um dos treinos sobre o treinamento de um canhoto (atacante) e ele confessou-me que não tinha tempo para treinar. Mas deu para perceber como atuavam os jogadores em fase de defesa. E pasmem, mesmo o melhor do mundo, o Sérgio, ainda comete pequenos erros (para mim) primários. Mas, vida que segue e não me arvoro salvador do mundo e tão pouco dono da verdade, todavia as minhas convicções eu tenho condições de argumentar e mostrar na prática.

Internauta … Roberto será que o Brasil não está a viver à sombra da bananeira com os resultados anteriores. Esses jornalistas brasileiros que criticam não estarão eles a antever um futuro sem vitórias? Mesmo sendo um ignorante neste campo, parece-me que os rankings são como as estatísticas. Senão vejamos o que fez este ano o Brasil masculino para se manter em 1º; na liga Mundial se não me engano ficou em 6º e agora fica em segundo. A mim parece-me que o atacante que fazia todos os pontos de uma equipa deixou de ser o melhor, porque o distribuidor deixou de lhe colocar a bola como ele tanto gostava. Não estará na altura de começar a renovar? E o melhor será não falar de Portugal, estamos cada vez melhor, pelo menos temos algum sangue novo, e sem menosprezar alguns dos velhos…

Roberto Pimentel … Não disse que os jornalistas criticam, mas que a imprensa não alardeou o feito da medalha de prata. As bananeiras, o pau-brasil e o ouro, que agora está sendo derretido para sustento de muitos, já quase não existem na antiga colônia portuguesa. Viver à sombra da bananeira é uma expressão demasiadamente pejorativa, que pode até ser interpretada como xenofóbica, o que peço evitar. Prefiro que imagine que estamos na praia, à sombra do coqueiral, jogando voleibol e saboreando um chopinho, aliás, como devem estar os patrícios neste momento no Algarve. É preferível nos atermos ao tema exprimindo conceitos e pensamentos respeitosamente. O voleibol no Brasil está sempre evoluindo, isto é, passa por um processo de renovação de valores e, portanto, não se pode esperar que repentinamente ofereça as mesmas performances de quatro ou oito anos atrás. É assim em todos os países e, certamente, em todos os desportos coletivos. É como alguns dizem “uma boa safra de atletas”, cujo significado está na eclosão de muitos talentos numa mesma geração. Olhando para a história, o fato se reproduziu na antiga URSS e Tchecoslováquia (até início da década de 60), notabilizaram-se posteriormente com o Japão, na década de 80 os norte-americanos, a Itália nos anos 1990, apesar de nunca ser campeã olímpica, e só daí em diante o Brasil entra para essa elite de campeões. Sem falarmos no voleibol de praia, amplamente dominado por longos anos por americanos e brasileiros.

A CBV, com uma gestão eficiente, promoveu pela segunda vez a vinda dos melhores jogadores que atuavam no exterior através de uma competente administração de seus eventos e parcerias comerciais, o que alavancou o nível da competição – Super Liga. Os resultados desse trabalho se revelaram na espetacular atuação na decisão olímpica feminina contra os EUA. Considere-se que duas das melhores jogadoras americanas (e do mundo) atuaram no Brasil. No masculino já não acontece o mesmo, mas o nível da competição está garantido pela difusão dos melhores jogadores por diversas equipes, o que torna o campeonato altamente competitivo. A continuar, e considerando ainda o foco nos atletas da base, cujas seleções nacionais estão entre as primeiras no ranking mundial há muito, creio que melhor não pode estar. Agora é continuar a pelejar para que coincida também uma “boa safra”. Enfim, temos uma entidade respeitada por sua qualificação (ISO), competente e patrocinada pelo Banco do Brasil, o país produz técnicos disputados no exterior – Itália, Turquia – e um Centro de Treinamento de dar inveja a muitos. O que nos falta? Seriam resultados aparentes, ou constantes? Como acham que o Japão sagrou-se campeão olímpico, tanto no masculino como no feminino? Ou qualquer outro país? Ou então, por que a Itália, no seu apogeu – eneacampeã na Liga Mundial – jamais alcançou a medalha de ouro olímpica? Como este país, com o maior campeonato do planeta e o mais rico não tem uma representação à altura de suas tradições? Seus técnicos são disputados por outros países (Polônia, Portugal, Turquia), o que lhes confere saber e credibilidade, e mesmo assim, seus atletas tornaram-se apáticos nos vários enfrentamentos, inclusive com o Brasil.  

Como já informei, “jogo é jogo, treino é treino”. A Liga Mundial é uma competição milionária colocada pela FIVB para divulgar o esporte e prover que as seleções nacionais possam manter seus atletas em atividade, constituindo-se assim, em oportunidades de ganho (dinheiro), mas também de ganho de experiência para o surgimento de novos atletas de ponta. É anual e nos anos em que se realizam os Mundiais ou Olimpíadas, constituem-se no que se chama prelúdio dessas competições. Para os países que estão nas primeiras posições do ranking é uma ótima oportunidade para promover a renovação por todos almejada, muito embora o regulamento da competição preveja a presença de determinado número de expoentes de seleções imediatamente anteriores aos jogos.

Enfim, estão de parabéns todos uma vez mais pelo empenho, dedicação e resultados alcançados, dignos de um país que está no topo do voleibol mundial.

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Sutilezas da mente humana – Vejam como a nossa mente muitas vezes nos prega peça. Diante de um mesmo fato, cada indivíduo interpreta a realidade (o que ele vê) a seu modo. O que teria se passado na cabeça do técnico russo Vladimir Alekno quando fez a troca de posição do central Dmitry Muserskiy (o gigante) para a posição de oposto, o que resultou na vitória de sua equipe e a medalha olímpica.

Deu no site Terra: A derrota para a Rússia na final do torneio masculino de vôlei dos Jogos Olímpicos ainda não foi bem digerida pela Seleção Brasileira. A mudança feita pelo técnico Vladimir Alekno, que resultou na ida do central Dmitry Muserskiy para a posição de oposto, foi classificada como “desesperada” pelo assistente técnico de Bernardinho, Rubinho, na entrevista concedida na manhã desta quinta-feira. “Foi uma situação que não havia acontecido nenhuma vez nessa temporada (a troca de posição de Muserskiy). Na Liga Mundial, ele havia jogado apenas dois sets dessa forma, e na Olimpíada nenhuma vez. Na verdade, isso foi uma última tentativa. Acho que foi uma atitude desesperada do técnico russo, não foi uma atitude de mestre”, disse Rubinho.

E você, o que acha?

 

 

Pré-Olímpico Feminino CSV

Terminados os jogos a equipe brasileira confirmou seu favoritismo e está classificada para Londres. Ofereço especialmente à comunidade sul-americana algumas imagens clicadas pelo fotógrafo Bruno Santos. Peço desculpas por não consignar fotos de todas as delegações, pois hão de convir que o espaço não me permite. Assim, sugiro que as pessoas interessadas visitem o site do Terra. E a todas as belas e simpáticas atletas, o carinho e simpatia dos brasileiros. Adoramos tê-las acolhidas em solo brasileiro.

Aproveitando a oportunidade, renovo o oferecimento desse Procrie no intuito de fornecer subsídios e informações a respeito do trabalho na área da Formação que vem sendo levado a efeito na maioria dos países participantes do torneio. Especialmente nos momentos em que nos aproximamos das eleições da Fivb, sabendo todos que o presidente da CBV – Ary Graça – é um dos candidatos, e com grandes possibilidades de eleição. Além da CBV, ele acumula a presidência da Confederación Sudamericana de Voleibol.

  • Clique na foto para vê-la ampliada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esporte Escolar vs. Esporte Competitivo

Educação Física e Esporte Escolar

Dando prosseguimento às nossas discussões pela web sobre o tema, apresento alguns comentários realizados no CEV a partir de 2010, quando um professor maranhense levantou questão, inicialmente focada no seu estado e posteriormente ampliada em nível nacional. Quero lembrar aos internautas que já postamos neste Procrie dois artigos sobre o assunto: “Desporto Escolar, Existe?” e “Desporto Escolar, Base do Desporto Nacional?” Passemos, então, ao Fórum de debates do CEV. 

 

O Desporto Escolar Deve Ser a Base do Desporto Nacional, por Sandow de Jesus Goiabeira Feques, em 24-11-2010.

Na ultima reunião promovida pelo Ministério do Esporte e COB que estive presente para discutirmos Jogos Escolares, foi apresentado um projeto que daria mais uma responsabilidade à escola brasileira. Ou seja, a escola ficaria responsável pela preparação dos futuros atletas brasileiros.

Comentários

Por Mauro Roberto Guterres Santiago, em 24-11-2010.

É lamentável, escola não tem esse fim e nem deve assumir essa responsabilidade, o esporte rendimento deve ser gerenciado, organizado por outros órgãos já existentes: Ligas, Federações, Confederações, COB, etc. Com as competições escolares acaba que surgem talentos esportivos que devem receber tratamento, ou melhor, treinamento especial, não na escola, mas sim nos locais que promovam especificamente o desenvolvimento do atleta de alto rendimento. A função da escola é complexa e não cabe mais essa missão. O que deve acontecer é maior investimento na formação de atletas com planejamento responsável.

Por Roberto Affonso Pimentel, em 25-11-2010.

Os paraquedistas do incipiente ministério e do comitê brasileiro não têm compromisso ou qualquer responsabilidade com a Educação neste país. Todos ali são movidos por uma única cabeça pensante que ora se inclina para um lado e, em seguida, tomba para outro. Os demais, meros penduricalhos apegados aos seus empregos e mordomias. “Frequentei a sacristia” durante algum tempo, tentei desenvolver projetos e percebia os interesses e as falsas razões para alavancar qualquer “negócio”. Insisti em desenvolver os estudos com a Academia Olímpica, e quedei-me, pois se trata de uma farsa, algo para constar que existe institucionalmente. Basta ver quem se abriga por lá. Na época do Collor presidente foi criada uma Secretaria específica para tratar dos Esportes. Inicialmente usando a imagem do Zico, que não suportou, e em seguida, a do ex-atleta Bernard. Mais à frente, o Pelé no ministério e os problemas gerados na administração do Indesp, só contornados pelo Tubino anos mais tarde. Atualmente o ministro aconselha-se com os seus pares no Rio antes de tomar qualquer decisão. E o ministério da educação, passivo sem qualquer atitude, vai tocando coisa nenhuma, deixando a “banda passar”, debruçado na janela da vida. Quanto à atividade esportiva no Maranhão, reporto-me tão somente a São Luis, pois andei me inteirando a respeito do voleibol escolar e meti-me numa conversa provocada pelo Leopoldo sobre um consenso de ideias e lideranças para tratarem do seu desenvolvimento. Percebi, mesmo à distância, que fazem exatamente o que se faz no país: alguns poucos são selecionados e participam dos jogos estudantis, encarados estes como base esportiva. Isto é, repetem-se, confundindo o ponto de chegada com o ponto de partida. Imagino que não estarei vivo para ver mudanças estruturais de pensamento e atitudes. Mas deixo singelas mensagens no Procrie (www.procrie.com.br) que, se lidas com atenção, poderão influenciar mentes jovens, ainda não corrompidas pela politicagem, ignorância e sede de poder.        

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, em 26-11-2010.

Reproduzo aqui – no post das boas vindas do Sandow, matéria publicada em jornal local – Jornal Pequeno – pelo jornalista José de Oliveira Ramos, semana passada. Recebi cópia antes de a matéria ir para o jornal; e após a publicação, ontem, pois encontrava-me em Atibaia, participando do ENAREL 2010.

Um secretário técnico para o Esporte

Depois que perdemos o bonde da história – mesmo tendo em casa um dos vices-Presidentes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e, conforme afirmam alguns puxa-sacos, o homem de maior influência no Brasil – sequer fomos incluídos entre os estados que concorreram ao sorteio para escolha das sedes da Copa do Mundo de 2014. Duvidamos que sejamos lembrados, ainda que seja para entrar como sub-sede. Também não adiantou – e talvez nem tenham sidos lidos ou ouvidos – comentar que somos da terra de Fausto, Canhoteiro, Carneiro, Tião, Iziane.. Parece que sempre disseram mesmo que somos da terra de Alberto Ferreira. E aí, influência não ajuda. Só atrapalha.
Por outro lado, durante o mandato tampão que está acabando de cumprir, a Senhora Governadora teve a infelicidade (ou a falta de experiência ou ainda de conhecimento e assessoramento) de nomear dois jovens neófitos para comandar a então Secretaria de Esporte e Juventude. Esse foi o caso em que a emenda saiu pior que o soneto. E os dois, como se estivessem ensaiando uma cantiga de grilo, ficaram repetindo: “vamos levar maranhenses para os Jogos Olímpicos!” Como, se o Estado nunca teve para si um “Projeto de Estado”? Sempre teve, é verdade, projetos de Governo. Aqueles em que, paternalisticamente, os resultados não criam limo e estão voltados sempre para as próximas eleições. Vide o que aconteceu. Ora para alcançar os Jogos Olímpicos, alguns estados brasileiros estão “investindo” no Esporte há pelo menos dez anos. Nenhum nadador que certamente vai representar o Brasil nos próximos Jogos Olímpicos da Inglaterra em 2012 ou no Brasil, em 2016, tem menos de 10 anos de treinamentos. Nenhum nadador do mundo consegue baixar dez segundos do seu tempo com dois ou até dez meses de treinos. Não é diferente no Atletismo, tampouco no Basquete ou no Voleibol. Assim, o primeiro sinal de completa ignorância no Esporte, é assumir num dia e no outro garantir que “vamos botar alguém nos Jogos Olímpicos”. É perder uma oportunidade de ficar calado.
Dito isso, daqui deste espaço que provavelmente não chegue à leitura da Senhora Governadora – mas resolvemos incluir algumas citações azedas por ter certeza que alguns puxa-sacos levarão até ela, e isso nos dá a esperança dessa leitura – somos pretensiosos a ponto de querer contribuir: desenvolva para o Estado do Maranhão um “Projeto de Estado” e entregue o comando da pasta para um técnico. Melhor ainda, não lhe cobre resultados imediatos, nem cometa a bobagem infantilizada de querer atletas maranhenses nos Jogos Olímpicos, já. Veja o que pode ser feito de imediato – e sem o tão prejudicial paternalismo – com Frederico Veloso de Castro, com Felipe Costa da Cunha, com Eduardo Spotti Gonçalves, com Vinícius Macedo e com Lorena Marques Pinheiro, todos os atletas da Natação que estão brigando, treinando e subindo ao pódio com a bandeira maranhense há mais de dez anos. Esses sim estão a caminho dos Jogos Olímpicos. Se não da Inglaterra, mas com certeza do Brasil. Infelizmente, o Governo do Maranhão nunca fez nada por eles, a não ser incluí-los num Projeto cujo respaldo não compra uma semana de Gatorade. Militando no Esporte maranhense há mais de 20 anos ao lado do incansável Alfredo Meneses, seria ridículo não conhecer nomes de técnicos que podem ajudar a levar à frente um Projeto de Estado para o Esporte: (omito os nomes indicados pelo ilustre jornalista, por questão de ética)

Por Danielle Nava Alves da Silva Rocha, em 28-11-2010.

Caro amigo Sandow e demais profissionais de educação física, é muito triste vermos o órgão “maior” do nosso país, responsável legal pelo esporte brasileiro, delegar às escolas mais uma função. Escola é local de formação e educação de crianças e jovens; o esporte é um dos conteúdos aplicados nas aulas de educação física, isto quando a mesma tem estrutura física. O professor de Ed. Física consegue detectar quando um aluno tem mais habilidade que a média da turma, no entanto, não é objetivo do referido componente curricular formar atleta de rendimento. A escola já assumiu uma função social que tempos atrás era da família, o que é muito amplo e de muita responsabilidade. O esporte rendimento no Brasil, através dos órgãos competentes, tem que investir muito, e, tem orçamento para isso. Para a partir desse ponto realizar um verdadeiro planejamento esportivo, para formar e preparar atletas a médio e  longo prazo. Outro absurdo, aí concordo com prof. Leopoldo, como é que querem descobrir ou formar atletas para 2016! Isso não existe! Isso deveria ter começado há pelo menos dez anos.  

Por Roberto Affonso Pimentel, em 29-11-2010.

No dizer do Professor Sandow quando estabeleceu este debate, não está contida a afirmação de que o Ministério e o seu conselheiro favorito, o COB, “decidiram” alguma coisa, mas que apresentaram um projeto a ser discutido. Aliás, como o Professor Sandow lá esteve, gostaríamos todos de ler e analisar as propostas, além de conhecer os comentários a respeito. No Procrie – www.procrie.com.br – estou colocando textos e comentários a respeito das oportunidades sobre os próximos eventos internacionais no Brasil, o Mundial de futebol e as Olimpíadas. O primeiro deles, “Fator Olímpico”. A seguir, talvez dois ou três sobre a rubrica “Desporto Escola. Existe?”, muito interessante e oportuno que o colega Sandow aqui colocou. Terão a oportunidade de avaliar o valor da História e como certos dirigentes “pensam curto”, apesar de muitos acertos em suas participações gerenciais. É o caso do C. A. Nuzman e de outros que estudaram no Mallet Soares, em Copacabana, Rio. Por sinal, o educandário está a comemorar seus 85 anos de bons serviços à comunidade da Zona Sul.

Por Sandow de Jesus Goiabeira Feques, em 05-04-2012.

Voltando ao debate sobre Jogos Escolares. Todas as vezes que estive representando o Estado do Maranhão nas reuniões do ME, questionei muito a maneira como esse ministério trata o Desporto Escolar. Na verdade o governo brasileiro não tem uma direção segura de suas ações nesse campo de conhecimento. Solicitei por diversas vezes que era necessário uma grande discussão sobre o assunto para esclarecer muita coisa. Para o ME e COB a escola é o local da iniciação desportiva que servirá de base para o desporto de rendimento, ou seja, a escola assumiria mais uma tarefa difícil. Hoje, as olimpíadas escolares garante às escolas campeãs dos jogos escolares estaduais a participação na etapa nacional. Penso eu que mais uma vez estamos tentando ser o que ainda não temos condições de ser: uma potência olímpica. A escola até poderia ser um componente importante no processo de desenvolvimento do desporto brasileiro, desde que realmente tenhamos uma política séria para o desporto brasileiro.

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 Por Roberto Affonso Pimentel, em 9.4.2012 – Somente neste Procrie.

Ocorreu-me hoje lembrar a influência da família Sarney no Maranhão. Podem os professores do estado pensar seriamente em Educação com um governo desses?

Procrie no Brasil – Primeiros Resultados

 
Voleibol Espetacular

Diante do estrondoso sucesso do voleibol no Brasil, graças especialmente à TV Globo, estamos vivendo momentos de graça. Embora a capacidade de nossos ginásios deixe muito a desejar, sabe-se que a audiência televisiva é avantajada quando comparada com o ano passado. As Ligas – feminina e masculina – atingiram o ápice de audiência jamais vista em toda a nossa história. Parabéns a todos que contribuíram para esse imenso sucesso.

Paralelamente à tanta vibração, alguns movimentos estão se realizando em prol do desporto no País, alguns com apoio outros silenciosamente. Vemos pelo noticiário que a cidade de Araçatuba (SP), p.ex., está tomada de projetos excelentes, comandados pela Prefeitura local e diversas instituições que mobilizaram toda a comunidade, especialmente crianças e jovens, na prática desportiva e não só no voleibol. 

O Procrie e seu trabalho missionário de formação continuada para milhares de professores. Clique na figura para melhor visualização.

Audiência incrível!

Enquanto isto, nós – o Procrie – continuamos em nossa cruzada missionária de levar conhecimento e informações aos professores dos mais distantes recantos do Brasil. Sentimo-nos honrados com tamanha audiência nesses primeiros dois anos de atividade. Contentamo-nos em perceber o incremento nas estatísticas que o Google Analytics disponibiliza (ver abaixo) o que nos faz acreditar estarmos sendo úteis a muitos que por circunstâncias não podem frequentar uma escola de Educação Física, ou que se sintam necessitados de uma Formação Continuada. Assim, queremos agradecer a todos que nos incentivam com o simples fato de clicarem em nossos artigos e aguardamos uma oportunidade para nos conhecermos melhor quando conseguirmos reunir condições para oferecer-lhes Aulas Presenciais em nossos Cursos. Considerem que estamos lutando para realizar este sonho!

MUITO OBRIGADO por suas visitas e desfrutem de BOAS LEITURAS!

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Frequência ao Procrie no período 12/3/2010 – 11/4/2012:

Páginas visitadas: 99.248 – Tempo/visita: 00:02:73 – Total de visitas: 60 mil – Brasil: 53 mil (89%) 

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A Mulher no Esporte – Uniforme na Praia

 
Afinal, o biquíni sai ou não?
Alguns países são rígidos com a maneira de as mulheres se vestirem. Foto: Getty Images

Há dois dias postamos artigo intitulado A Mulher no Esporte, tratando principalmente sobre decisões da Fivb relativas ao uniforme a ser utilizado no Vôlei de Praia. Reproduzimos parte do artigo e acrescentamos detalhes da reação da dupla norte-americana campeã olímpica em Atenas e Pequim gravado no Terra.

Arábia Saudita não impedirá mulheres de competir em Londres (Deu no Terra, em 5 de abril de 2012)

A Arábia Saudita não impedirá suas cidadãs de competirem nas Olimpíadas, mas não dará apoio oficial, disse o chefe da autoridade esportiva do país, segundo um jornal. A declaração pode indicar uma conciliação entre os religiosos linha-dura da Arábia Saudita e os reformistas em meio à pressão internacional para que o reino conservador apresente uma atleta mulher pela primeira vez na Olimpíada de Londres em 2012. “Não endossamos nenhuma participação feminina saudita na Olimpíada nem nos torneios internacionais”, disse o príncipe Nawaf bin Faisal, chefe da Presidência Geral do Bem-Estar da Juventude, segundo o jornal Al-Riyadh. “A participação feminina saudita será de acordo com o desejo das estudantes e demais vivendo no exterior. Estamos fazendo isso para garantir que a participação esteja dentro da estrutura apropriada e em conformidade com a sharia”, afirmou ele, de acordo com a publicação. Importantes clérigos sauditas com posições no governo e que sempre constituíram uma base de apoio importante para a família real Al-Saud, que governa o país, têm se manifestado contra a participação das mulheres nos esportes. Em 2009, um clérigo disse que as garotas arriscam perder sua virgindade rompendo o hímen caso participem de esportes energéticos. No mês passado, o Comitê Olímpico Internacional disse estar “confiante” de que o principal exportador de petróleo do mundo estivesse trabalhando para enviar uma atleta aos Jogos depois de uma campanha promovida pela entidade Human Rights Watch. A candidata com maior probabilidade de competir sob a bandeira saudita em Londres talvez seja a cavaleira Dalma Malhas. Ela representou o reino na Olimpíada júnior em Cingapura em 2010, mas sem apoio oficial nem reconhecimento.

FIVB – Volei de Praia, Alterações aos equipamentos femininos (Deu no Sovolei, abril de 2012)

A Fivb aprovou na última reunião do CA, uma alteração aos equipamentos femininos para o voleibol de praia, com o objectivo de respeitar os costumes e crenças religiosas das atletas e que entrem já em vigor, incluindo os Jogos Olímpicos. Até agora existiam duas opções, uma peça única ou um biquíni com uma altura máxima de lado de 7 cm. A partir de agora passam a existir mais duas alternativas, um calção até 3cm acima do joelho com camisola de manga ou sem manga.

Tops do vôlei de praia descartam trocar biquínis por trajes desconfortáveis (Deu no Terra, 9 de abril de 2012)

Grandes jogadoras do vôlei de praia se manifestaram, nesta segunda-feira, contra o novo traje a ser utilizado no lugar do biquíni, segundo à Agência AP. Entre elas está Kerri Walsh, que formando dupla com Misty May-Treanor, venceu o ouro nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008. Para a americana, o atual traje é mais confortável e permite maior mobilidade. Os biquínis sempre foram utilizados nas modalidades desde que essa foi considerada um esporte olímpico, nos Jogos de Atlanta 1996. De acordo com May, tudo se trata do esporte, e não sobre o que elas estão vestindo. As jogadoras afirmam que preferem o traje de praia, pois facilita nos movimentos e não tem o risco da areia machucar. Com a aprovação da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), as atletas poderão escolher em utilizar durante os Jogos Olímpicos de Londres pelo biquíni ou um short e os tops com mangas, parecido com o uniforme do vôlei de quadra. A medida foi tomada já que a cultura de alguns países é rígida com a maneira que as mulheres se vestem.

——————————– Deu no Terra, editado a posteriori, em 11.de abril de 2012.

 Medalhistas veem margem de lucro e democracia em polêmica dos biquínis
Por Gustavo Setti, 11 de abril de 2012. 

A Federação Internacional de vôlei (FIVB) confirmou, no final de março, que as jogadores de praia poderão escolher entre utilizar shorts e tops com mangas ou o tradicional biquíni durante os Jogos Olímpicos de Londres. A justificativa dada pela FIVB foi que as mulheres de países com tradições culturais mais rígidas pudessem participar da Olimpíada com essa mudança. De acordo com Adriana, medalha de prata em Sydney 2000 e Atenas 2004, o objetivo é proporcionar maior participação das mulheres na modalidade. “É o principal propósito: não ter restrição para que todos os países possam participar no mundo olímpico, criar situações favoráveis para a participação das mulheres em Jogos Olímpicos. Enfim, para que você tenha a igualdade dos gêneros principalmente no ramo dos esportes”, afirmou.

A decisão causou polêmica, e as ex-atletas Jackie Silva, Adriana e Shelda, todas medalhistas em Olimpíadas, opinaram sobre o novo traje, falando desde a democratização da modalidade à possibilidade de margem de lucro, com mais espaço para patrocínio.

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A Mulher no Esporte

E a luta continua…

1 – Arábia Saudita não impedirá mulheres de competir em Londres (Deu no Terra, em 5 de abril de 2012)

A Arábia Saudita não impedirá suas cidadãs de competirem nas Olimpíadas, mas não dará apoio oficial, disse o chefe da autoridade esportiva do país, segundo um jornal. A declaração pode indicar uma conciliação entre os religiosos linha-dura da Arábia Saudita e os reformistas em meio à pressão internacional para que o reino conservador apresente uma atleta mulher pela primeira vez na Olimpíada de Londres em 2012. “Não endossamos nenhuma participação feminina saudita na Olimpíada nem nos torneios internacionais”, disse o príncipe Nawaf bin Faisal, chefe da Presidência Geral do Bem-Estar da Juventude, segundo o jornal Al-Riyadh. “A participação feminina saudita será de acordo com o desejo das estudantes e demais vivendo no exterior. Estamos fazendo isso para garantir que a participação esteja dentro da estrutura apropriada e em conformidade com a sharia”, afirmou ele, de acordo com a publicação. Importantes clérigos sauditas com posições no governo e que sempre constituíram uma base de apoio importante para a família real Al-Saud, que governa o país, têm se manifestado contra a participação das mulheres nos esportes. Em 2009, um clérigo disse que as garotas arriscam perder sua virgindade rompendo o hímen caso participem de esportes energéticos. No mês passado, o Comitê Olímpico Internacional disse estar “confiante” de que o principal exportador de petróleo do mundo estivesse trabalhando para enviar uma atleta aos Jogos depois de uma campanha promovida pela entidade Human Rights Watch. A candidata com maior probabilidade de competir sob a bandeira saudita em Londres talvez seja a cavaleira Dalma Malhas. Ela representou o reino na Olimpíada júnior em Cingapura em 2010, mas sem apoio oficial nem reconhecimento.

2 – FIVB – Volei de Praia, Alterações aos equipamentos femininos (Deu no Sovolei, abril de 2012)

A Fivb aprovou na última reunião do CA, uma alteração aos equipamentos femininos para o voleibol de praia, com o objectivo de respeitar os costumes e crenças religiosas das atletas e que entrem já em vigor, incluindo os Jogos Olímpicos. Até agora existiam duas opções, uma peça única ou um biquíni com uma altura máxima de lado de 7cm. A partir de agora passam a existir mais duas alternativas, um calção até 3cm acima do joelho com camisola de manga ou sem manga.

3 – Maria Auxiliadora Varela Fernandes (Zombinha)

Acervo Iracy Cerejo (Siça).

Se Niterói era um celeiro de craques em voleibol, sem dúvida Zombinha foi um dos maiores destaques. Nesse início de ano, faleceu a extraordinária jogadora de voleibol Maria Auxiliadora Varela Fernandes, que defendeu as cores do Clube de Regatas Icaraí durante muitos anos na década de 40. Além de volista, termo da época, foi campeã de natação, competiu nos Jogos da Primavera em diversos esportes, inclusive remo. No livro a História do Voleibol no Brasil (vol. I), consta breve referência à sua atuação em Quem é Quem: “Maria Auxiliadora Varela Fernandes, Zombinha (1932 -2012) – Zombinha, nascida em Niterói em 1932. Em 1945 já estava no vôlei e chegou a ser pentacampeã niteroiense, tendo participado de torneios em Friburgo, Cambuquira, Belo Horizonte, São Paulo, Santos e Montevidéu. Foi convocada para a seleção de 51 com vistas ao 1° Sul-Americano: “minha maior aspiração…, ser campeã Sul-Americana de voleibol” (Jornal dos Sports, 17.9.50). Infelizmente, foi dispensada durante os treinos preparatórios.

Na foto da década de 40, a equipe do Clube de Regatas Icaraí em Cambuquira (MG), destacando-se Adayr (12, primeira em pé, seleção brasileira em 1951, ) e, agachada, Zombinha (2ª da esquerda para a direita).

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