Estamos próximo de atingir nossa meta de 1 mil artigos para deleite dos internautas interessados em Metodologias de Ensino – Escolar e Desportiva. O que não desmerece qualquer ensino de habilidade humana.
Categoria: Formação Continuada: Iniciação Esportiva, Métodos, Pedagogia
Curso presencial para docentes e treinadores esportivos. Temas inovadores, interdisciplinar e profundos. Inclui Neurociência, Heurística, Design thinking, Música, Matemática e Português.
Uma agradável surpresa que não podemos deixar de registrar refere-se à descoberta e súbito interesse de internautas em algumas cidades em destaque no mapa, o que para nós revela o interesse por um Aprender a Ensinar. Lamentavelmente o Google Analytics não insere o título do artigo pelo qual o consulente realizou a abordagem. Ou pelo menos ainda não aprendemos a identificá-lo. Mas mesmo assim estamos satisfeitos por prender a atenção de pessoas que demonstram curiosidade e, certamente, nos dão crédito.
Os destaques são recentes, até mesmo pelo respectivo tempo de permanência de internauta(s) na(s) página(s). Para melhor visualização, clique na figura.
Outra grata surpresa está constituída pelo interesse crescente em cidades paraenses. É fato recente a interiorização de “buscadores” da informação por melhores aulas de voleibol e, possivelmente, outros desportos, graças à alentada disponibilidade de conhecimento e informações a respeito de Metodologia e Psicologia Pedagógica. Assim, destacaram-se:
Prezi, um sítio educacional, http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ – Primitivamente surgiu-me a oportunidade criada pelo filho mais velho – Beto – de enveredar-me pelo site PREZI, uma ferramenta voltada exclusivamente a desenvolver aspectos educacionais. Com a sua visita teremos a oportunidade de discutir e buscar soluções práticas que nos direcionem em uma Educação Física eficiente, além da promoção do que já se chamou há algum tempo Desporto para Todos, isto é, democratizar e incluir o universo escolar nas práticas desportivas em geral. Conciliar e chegar a um termo de consenso eis as nossas discussões, com a diferença muito sutil de “emprestarmos soluções a serem conferidas na prática”.
Entendemos que repetir que há que se fazer algo não resolve; que se apresentem tentativas para inovar e contribuir para a melhoria do ensino. Chega de blá, bla, blá! Quem não pensar assim, por favor, abstraia-se. Pode, e deve sim, permanecer lendo o que se passa e aculturar-se silenciosamente. É cômodo, mas muito necessário para o próprio indivíduo. Amanhã ou depois tenho certeza de que vai filiar-se aos seus companheiros que arriscam combater o incêndio dessa floresta que é a Educação Esportiva. Em suma, o Prezi é uma visão de um planejamento global que discute e apresenta sugestões para crescimento. Mas a figura principal é o PROFESSOR na escola. Pretende-se dar a ele uma Formação Continuada sem nada impor, pelo contrário, levando a pensar e repensar sua própria formação acadêmica, seus problemas na escola, nas comunidades e até mesmo regionais. Nessa missão, só nos falta a programação de Aulas Presenciais, dificultada pelo patrocínio indispensável, o que nos colocamos em campo para solucionar. Quando, não sei! Quem sabe as Prefeituras tenham o interesse despertado?
Sumário no Procrie, www.procrie.com.br/novosumario/ – Realizamos nesses últimos três anos um trabalho paciente de acompanhamento do pensamento dos diversos agentes educacionais, inclusive políticos com as indefinições de atribuições do governo. Tudo isto, na ferramenta do blogue em epígrafe. Desenvolvemos um plano de ação através de artigos variados com a finalidade precípua de alavancar audiência. Atualmente, são 470. Como marinheiro de primeira viagem, cometemos muitos erros e temos certeza de que outros também acontecerão; contam os com a benevolência dos internautas para nos corrigirem e sugerir temas para discussão.
Geração nota 10– Fomos levados a concluir que o Procrie está ganhando força entre os mais jovens, isto é, alunos de 1º grau que já frequentam a internet e realizam seus trabalhos de Educação Física buscando temas específicos, orientados por seus professores. Dessa forma, temos recebido agradecimentos desses jovens sobre o resultado dessas pesquisas como “tirei nota 10” no meu trabalho e assim por diante. Isto inspira um problema invejável, isto é, permanecermos atendendo suas necessidades de conhecimento e fidelizando-os ao Procrie sem jamais decepcioná-los.
Blogue na escola – Fizemos um artigo com este título para indicar e discutir com o professorado a medida. Descobrimos que a ferramenta é um excelente propulsor da comunicação e, como tal, do conhecimento, das relações humanas, do ensino. Em Niterói estamos dando os primeiros passos para entendimentos com uma das escolas para conhecer as dificuldades e avaliarmos em conjunto a conveniência da medida. A ideia é que os alunos construam e todos participem com artigos, comentários etc. Certamente, envolverá a escola como um todo – a interdisciplinaridade. (ver Nota)
Selva amazônica – Desde o primeiro momento volvemos nosso olhar e pensamentos para atenuar e contribuir para que professores e mesmo indivíduos simples, sem qualquer preparo específico, pudessem despertar sua verve pedagógica. Mesmo nas piores condições, em meio à maior floresta do mundo, conseguimos cooptar pessoas que tentam se instruir para a educação de seus filhos e alunos. Poderão aquilatar os resultados nas estatísticas que vez por outra publicamos e em artigos mais remotos como “Professor e Missionário”. No Prezi (Estatísticas) há uma resenha sobre o assunto.
Por último, nada sabemos sobre Ensino a Distancia nos moldes convencionais, acadêmicos. Nossa motivação está explicitada acima e como perceberão nos textos, movida por um amor intenso em servir aos irmãos mais necessitados. Não relegamos aqueles que vivem nas cidades grandes e estudaram em famosas universidades e que contribuem com seus conhecimentos e títulos para o aprimoramento da Educação, mas sentimo-nos verdadeiramente qual um missionário, pequeno e corajoso, que crê no que faz. Para tanto, pedimos suas orações para que não nos deixem faltar aos que precisam dessas informações. Que Deus os abençoe!
Nota: Foi publicado neste CEV informações interessantes sobre o tema. Não sabemos qual Comunidade, então vejam o Blog do Jorge Knijnik, Notas do outro lado do mundo – Prêmios para ensinagem universitária – uma tradição da Universidade Australiana: Uma das coisas que mais me impressionou quando eu cheguei na Austrália e comecei a trabalhar na University of Western Sydney (UWS) foi a valorização dada a ensinagem na graduação. Alguns fatores contribuíram para esta boa impressão.[…]
Comentários
Por Roberto Affonso Pimentel, em 16-05-2013.
Agora nos deparamos com a notícia da pesquisa promovida pelo IBGE relativa ao acesso à internet de alunos da rede pública. Segundo ela mais do que dobrou esse acesso: dos 37,5 milhões de estudantes identificados pela Pbad em 2011, 72,6% acessaram a web naquele ano. Isso não significa que aumentou o acesso de alunos pelas escolas públicas, mas não deixa de ser um indício. A pesquisa não mediu de onde as pessoas se conectaram à internet. Leia mais em http://noticias.terra.com.br/educacao/ibge-acesso-a-internet-de-alunos-da-rede-publica-mais-do-que-dobra/ Vejam o que dissemos no primeiro texto (acima) a respeito de Geração nota 10 e Blogue na escola.
E retorno ao desafio que professor e técnico renomado me fez: “Não é possível ensinar voleibol à distância”. Será mesmo? Não acham que é fatalismo exagerado?
Por Darwin Ianuskiewtz, em 21-05-2013.
Parabéns professor pela dedicação e empenho nesta exploração do mundo cibernética. Na verdade todos nós somos missionários e num mundo tão grande a ser explorado, incorporamos um pouco de Bandeirante ao desbravarmos os bits e bytes educacionais.
Por Patrick Ramon Stafin Coquerel, em 04-06-2013.
Prezados. Saúdo todos com uma provocação: É possível ensinar Voleibol à distância! Porém, quando se trata do saber fazer e, em parte dos outros saberes (conhecer, relacionar e ser) em relação ao Voleibol, isso não é alcançado no todo por meio das TIC’s. Convido todos os interessados para desenvolver um raciocínio sobre isso neste espaço virtual de aprendizagem, o CEV.
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Tecnologias Educacionais
Discussão da tecnologia dentro do esporte, seja na prática esportiva, melhora da performance, equipamentos, ou no uso de softwares para Gestão de Clubes, Arenas, Federações
Por Cláudia Bergoem 03-06-2013.
Comentários
Por Roberto Affonso Pimentel, em 04-06-2013.
Valeu Cláudia. Muito oportuna a sua colocação sobre a Pil Network. Imediatamente, enviei correspondência para colocar-me à disposição e contribuir com o que for possível em sua missão. Em resumo, pedi que avaliassem meu trabalho e propostas desenvolvidas em www.procrie.com.br/ e http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/, um site exclusivamente educacional, onde vinculo um programa nacional: “Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol.” Em particular, estou dando início ao desenvolvimento de uma nova experiência de ensino no Procrie. Trata-se do que denominei volley thinking. Assim, para começar e buscar a participação de interessados elegi o tema “Defesa em Voleibol”, onde serão analisados diferentes vieses.
Novas Formas de Pensar o Treinamento
Design thinking como fonte do saber – “Em Stanford, design é uma disciplina ensinada para gestores, médicos, filósofos… e até para designers.” (Rique Nitzsche, autor do livro Afinal, o que é design thinking?). (Stanford, Califórnia, universidade especializada em pesquisas, localizada próxima ao Vale do Silício.)
Conceito. Busca perspectivas para solução de problemas. Não há ideia burra!
Processo. Dividido nas fases de imersão, análise, ideação e execução de protótipos.
Design thinking – Pensamento de design – Como funciona – Identificando e resolvendo problemas – Liberdade de ter ideias maravilhosas – Heurística de Pólya – Conceito de priming, memória associativa – Volley design.
Particularmente, face ao foco de seu interesse, imagino que será frequentadora assídua e comentarista dos artigos. Inclusive, já pode começar exprimindo suas impressões pela ideia que disponho à comunidade no Procrie.
Por Patrick Ramon Stafin Coquerel, em 04-06-2013.
Docente do DEF da UFRN: motriz@ufrnet.br
Prezada Cláudia. Sua iniciativa foi muito profícua no sentido de compartilhar as informações sobre essa plataforma. Agradeço ao Roberto Pimentel pela mesma atitude em relação ao Procrie e o trabalho com Voleibol. Acredito que os Profissionais de Educação Física deveriam entregar-se mais às experiências educativas com os recursos das Tecnologias da Informação e da Comunicação – TIC’s. Penso que apesar dos inegáveis avanços instrumentais, ainda estamos dando os primeiros passos frente às inúmeras possibilidades educacionais que essas ferramentas informacionais podem propiciar. As técnicas são diversas, porém estamos carentes de uma compreensão mais amplificada de uma metodologia de ensino mediada por essas tecnologias (o grifo é meu), visando um aprendizado interativo e construtivo que atenda às demandas específicas dos estudantes e Profissionais de Educação Física.
Provoco todos para debatermos mais os temas das tecnologias e da EaD nesse espaço virtual. Talvez, um ponto de partida no CEV seja a integração e socialização mais efetiva dos membros das comunidades afins. Depois poderíamos traçar um cronograma de estudos sistemáticos sobre os temas. Ou quem sabe um grupo de estudos formal. Já topei!!!
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Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
Egressos da Faculdade de Educação Física, Universidade Federal do Mato Grosso
(Deu no CEV, por Evando)
Pessoal,
A Faculdade de Educação Física iniciou o processo contínuo de identificação do perfil dos egressos do curso de Educação Física da FEF/UFMT. Esta ação tem como objetivo identificar como e onde atuam os egressos do curso de Educação Física. Especificamente, objetiva saber como os conhecimentos oferecidos pelo curso contribuíram para o exercício profissional. Além disso, esta é uma ação importante de avaliação constante da FEF/UFMT, permitindo avaliar o processo formativo oferecido, melhorando a qualidade das atividades desenvolvidas. Se você é um egresso da FEF/UFMT participe da pesquisa. É rápido e muito importante! Acessem o link e respondam:
Evando, parabéns pela iniciativa da Fef/ufmt. Eis o meu contributo para avaliar e melhorar a qualidade das atividades…
Minha impressão, ditada por anos de convivência (externa) ao ambiente acadêmico, pode ser expressa na dificuldade em ensinar/aprender Pedagogia e Metodologia, ambas desprezadas por todos. E acrescento: o ensino é realizado por adestramento, i.e., para muitos, “o currículo está ali e deve ser cumprido”. Se estiver certo, cuidem-se para dois detalhes de suma importância: 1) a confecção e interpretação do formulário de consulta; 2) o inevitável ambiente hostil ocasionado por qualquer mudança. Tomara que a moda pegue e as demais façam o mesmo. Gostaria de acompanhá-los através das respostas que cheguem até vocês. Por meu turno, dedicarei uma página no Procrie – http://www.procrie.com.br/ – a respeito, divulgando e incentivando.
Pedagogia, Metodologia e Prática de Ensino
E mais ainda. Satisfeitos ou insatisfeitos, poderão acompanhar-nos no Curso de Formação Continuada que oferecemos a alunos e professores do País há exatos quatro anos. Faça uma visita e constate os resultados impressionantes. Além disso, os atuais acadêmicos e professores, especialmente na área do Voleibol – poderão se valer de textos que muitas vezes se contrapõem às questões curriculares jurássicas em geral. A partir dessas discussões todos sairão vencedores. Inclusive, os próprios docentes.
No projeto que desenvolvo, poderão ver todos que a Missão é clara e não prejudica ou ofende ninguém. É oferecido um espaço para boas leituras e, quando desejarem, comentários a favor ou contra. Trata-se de espaço comunitário e democrático. Cansado de tanto ouvir mazelas sobre a atuação de professores de educação física (o CEV é testemunha), o Procrie surge como refúgio de atualização e aprendizado de um indivíduo com alguma experiência no vôlei e que agora está Aprendendo a Ensinar.
Ideias Maravilhosas
Neste momento estou enviando graciosamente para a Biblioteca das universidades um exemplar do livro História do Voleibol no Brasil (2 vol., 1.047 pág.) uma obra enciclopédica, memorialista, didática e de referência para cadeiras como Sociologia, Jornalismo, História entre outras. Em escolas, referência para pesquisas dos alunos como matéria teórica, a ponto de gerar o que denominei Geração Nota 10, resultado de seus trabalhos em pesquisas ao Procrie/História do Voleibol,
Meritocracia
O livro vai acompanhado de um CONVITE aos docentes e acadêmicos para que se integrem ao esforço em MELHORIAS no ENSINO, missão do Procrie. Para facilitar as consultas aos artigos e o docente manter-se pautado pela grade curricular, confeccionei um Sumário de artigos em ordem cronológica de postagem. Assim, p.ex., poderá sugerir a seus alunos (ou grupos) tarefas diferenciadas sobre alguns artigos previamente selecionados e, em seguida, ouvir suas explanações em classe.
No sítio exclusivamente educacional PREZI, adotado em muitas universidades para dissertação de mestrandos e doutorandos, está grafado o meu Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol no Brasil. Sem modéstia, creio que vale a pena uma pequena visita: http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ ; ou uma 2ª via (linque) mais fácil: www.procrie.com.br/procrienoprezi/
Pedidos deverão ser encaminhados ao Procrie (ver artigo) ou pelo endereço eletrônico do Autor. Não está em livrarias.
Empreendedorismo Criativo
Por último, estou empenhado em auxiliar alunas (20) de uma escola pública em São Gonçalo (Grande Rio) na tarefa de ensinar o voleibol. Vou realizar algo inédito em matéria de ensino: a metodologia do Treinamento Profundo, descrita por Daniel Doyle em seu livro “O código do talento”. Quem puder, acompanhe-me pelo Procrie. Ou aos mais curiosos, basta um final de semana para mostrar-lhes como funciona na prática.
O título é uma homenagem e um chamamento à mulher nordestina, especificamente às Professoras. No desenvolvimento da matéria, descortinarão a importância que têm atuando próximas de suas comunidades. Inclusive, trata-se da maioria. Andei garimpando na web e encontrei no CEV – Centro Esportivo Virtual alguns trabalhos acadêmicos que me despertaram a atenção, especialmente no que se refere à sua aplicação em municípios do interior nordestino. Confesso que não tenho qualquer conhecimento ou participação de campo em cidades de pequeno porte interioranas e muito menos conheço suas dificuldades e expectativas da população quanto à prática esportiva, especificamente ao “lazer esportivo”, a finalidade desse início de pesquisa e estudo. Para que melhor me entendam, meus dizeres estarão sempre voltados para os professores ou agentes educacionais lotados em escolas ou centros comunitários que prestam ou queiram vir a realizar tal serviço.
Contributo do Procrie
Ilustração: Beto Pimentel.
Conforme afirmam os autores, trata-se de uma reflexão em que se apontam os problemas e não as soluções, mas nossa finalidade sempre foi a de estimular a busca de soluções entre os agentes interessados. Tomei boa nota e gostei da visão que os autores transmitiram e, como um dos interessados nessa busca, fica aceito o convite para nos imiscuir entre os debatedores. Contudo, tendo em vista o tempo passado entre as pesquisas, publicação na revista, e talvez um arquivamento das proposições, torna-se dificultoso para nós identificar indivíduos com propostas. Mais ainda, como as apreciações estão focadas no ensino baiano, é bem possível que outros, de estados diferentes não se preocupem com tais análises. Esquecem-se, entretanto, que todos têm problemas não resolvidos e muitas vezes adiados, até que finalmente um quixotesco indivíduo se apresente com propostas aparentemente viáveis em um primeiro instante. É o que propomos em Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol, de forma transparente, com razoável número de acessos, no sítio exclusivamente educacional do Prezi: http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/. Para os mais afoitos, percebam que as concepções metodológicas e pedagógicas estarão sempre disponíveis para o exercício da Educação do Movimento relativos a qualquer desporto. Assim, selecionei os títulos a seguir que são apresentados de forma resumida (poderão ler na íntegra) e retirar suas conclusões. Não me cabe julgá-los, apenas cito-os por se tratar de matéria pertinente a projetos que se formem com a pretensão de desenvolver áreas necessitadas e pouca informação. Quem sabe alguma experiência externa possa despertar ideias maravilhosas entre os indivíduos locais? Então, a questão que se coloca é: “Como um estrangeiro poderá auxiliá-los de forma concreta”?
1. Barreiras à Prática de Atividade Física no Nordeste
(Por Helma Pio Mororó José, Sueyla Ferreira da Silva dos Santos e Thiago Ferreira de Sousa).
Resumo – O objetivo desse estudo foi analisar o tipo principal de atividades físicas praticadas no lazer e as barreiras percebidas em relação a essa prática em acadêmicos, de acordo com os indicadores sociodemográficos em acadêmicos de um curso de Educação Física no nordeste do Brasil. Para tanto, foi conduzido um estudo de delineamento transversal com 105 acadêmicos do curso de Educação Física. Observou-se que a principal atividade física praticada foi os esportes coletivos para ambos os gêneros. Como fatores limitantes à prática de atividades físicas houve a predominância das barreiras relativas ao clima desconfortável, excesso de trabalho, obrigações familiares e do estudo. Os esportes coletivos foram os mais praticados e as barreiras dessa prática foram de origem situacional.
2. “Uma andorinha só não faz verão”: a integração do educador físico na rede de suporte social de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade: discussões a partir de um curso de educação continuada.
Resumo – O objetivo deste artigo é descrever e analisar os conteúdos discutidos e observados durante um curso de capacitação direcionado para educadores físicos de um programa social, sobre a realidade de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Os dados foram coletados a partir de diário de bordo e grupo focal e analisados utilizando análise temática de conteúdo. Conclui-se que temas relacionados à vulnerabilidade social devem ser levados em consideração no processo de reformulação das propostas de formação básica e continuada para profissionais em formação ou no exercício de sua prática, possibilitando a compreensão da função do educador e de programas sociais na integração entre a rede de suporte social e esse público.
3. Proposições pedagógicas para referenciais curriculares de Educação Física na Bahia: reflexões a partir da realidade da Direc 13.
(Por Natanael Vaz Sampaio Júnior e Roberto Gondim Pires)
Resumo – O estudo em questão visa apresentar a síntese possível do processo colaborativo de construção de um referencial curricular para a Educação Física no Estado da Bahia. As Diretorias Regionais de Educação do Estado foram chamadas a contribuir nesse rico processo, avaliando a partir de suas realidades materiais o que deve se constituir como parâmetro de referência para a disciplina Educação Física no Estado da Bahia. Na realidade da DIREC 13 foi possível reconhecer avanços e limites no exercício da prática da mencionada disciplina, mas, foi perceptível para o coletivo de professores que compõe esta regional de Educação, um esforço coletivo na direção da construção de referencias básica que deverão balizar a prática docente do professor (A) de Educação Física no Estado da Bahia.
Grande desafio: o que se ensina?
No tocante à Educação Física, além da formação inicial possibilitada pela Plataforma Freire, há convênios com as universidades estaduais baianas, por meio dos quais o Estado tem proporcionado aos professores das redes municipal e estadual, uma formação continuada (o destaque é nosso) com ofertas de diversos cursos, além da constituição de um novo modelo de Jogos Escolares da Bahia. O grande desafio é partilhar o processo de construção dos Referenciais Curriculares da Educação Física para a Bahia.
Mapa: Wikipédia.
Wikipédia – O Estado da Bahia é constituído por 33 unidades descentralizadas no âmbito da Secretaria Estadual da Educação, denominadas como Diretoria Regional de Educação (Direc), tendo a Direc 13 sua sede no município de Jequié, abrangendo 25 municípios. Nesse cenário, o município de Jequié insere- se em uma zona de transição riquíssima, envolvendo três ecossistemas/biomas diferenciados, compreendendo: Caatinga, Zona da Mata e Mata Cipó. Nesse contexto, contam-se 1.176 unidades escolares na abrangência da regional, das quais cerca de 65% estão localizadas na zona rural; destas, 84,69% pertencem à rede municipal; 10,12%, à rede estadual; e 5,19%, à rede privada.
4. Blog: Uma Ferramenta Assíncrona Para a Aprendizagem Acadêmica em Extensão Universitária
Resumo – Entre os dias 7 e 12 de julho de 2013, 12 estudantes da UFRN de diferentes cursos (enfermagem, medicina, educação física, biblioteconomia, estatística, ciências sociais, ciência e tecnologia, ecologia, comunicação social e licenciatura em física) realizaram uma intervenção no município de Alto do Rodrigues, interior do Estado do Rio Grande do Norte. O Programa Trilhas Potiguares é a maior ação de extensão da UFRN. Em 2013 o programa esteve presente em 25 municípios do RN. No município com cerca de 12.300 habitantes, a coordenação do Trilhas ficou por conta desse modesto Professor de Educação Física que vos escreve, iniciante do Departamento de Educação Física da UFRN. Para minha surpresa, lá nos sertões do Rio Grande do Norte, região rica na extração de petróleo e, também, muito promissora na área agrícola, devido a incidência de sol e de projetos de irrigação, descobri que uma ferramenta assíncrona das TIC’s é a principal forma de comunicação naquela cidade, ou seja, os Blogs. Não foi por acaso que lancei mão de um processo de avaliação de nosso projeto de extensão universitária por intermédio dessa ferramenta.
Nota do Procrie
Acabamos de postar no blogue em referência o nosso oferecimento. Por acaso, na página referente a uma partida de voleibol, com direito à banda, entre as equipes formadas por funcionários do Banco do Brasil e outros jovens da comunidade. Devo esclarecer-lhes que fui funcionário do BB, estou aposentado, e sempre incentivei o voleibol entre os colegas de banco, especialmente nas AABBs. Tanto como treinador como atleta. Aliás, as fotos postadas estão sensacionais e exprimem a alegria dos participantes. Parabéns a todos, inclusive à equipe que produz o blogue. Visitas ao Procrie – Total de 1.219 em todo o estado do Rio Grande de Norte nos três anos e 7 meses de vida do blogue, sendo Natal (971) e Mossoró (133) as cidades mais proeminentes.
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Retrospectiva EaD
Total de Visitas: 171 mil ….. BRASIL: 153 mil (89,5%)
Total de Páginas Visitadas: 276 mil
Procrie no Brasil. Período: 14/maio/2010 – 15/dez./2013. Fonte: Google Analytics.
Vejam como é mais fácil compartilhar com tantos algumas ideias desejadas por milhares de indivíduos que não têm muitas vezes acesso à universidade, ou até mesmo, carecem de uma Formação Continuada. Todavia, o trabalho é muito grande neste Procrie e vamos dando um passo de cada vez. A meta seguinte, postar vídeos. Enquanto isto, visitem alguns linques:
Em se Plantando Tudo Dá… Boas Sementes em Terra Fértil. Aramos e adubamos a terra, em seguida lançamos as sementes – 244 mil pequeninos grãos. Entramos na época da florada – 150 mil visitantes em todo o mundo. E agora, é justo prepararmo-nos para a festa da colheita. Afinal, SOMOS MUITOS! Que se tornem arautos de um Ensino de Qualidade! […]
Palestras em Universidades e Eventos Contar Histórias? Afinal, Educar não é Contar Histórias? No intuito de nos aproximarmos dos internautas e estabelecermos um vínculo mais estreito compartilhando ideias e experiências, tornamos pública a disponibilidade em participarmos de eventos de cunho acadêmico. As áreas de […]
Aprendizagem, Educação, Ensino a Distância, EaD(…)Como menciona o autor, a EaD facilita o acesso ao conhecimento e à certificação profissional de pessoas que antes não tinham a possibilidade de se aperfeiçoar por serem portadoras de necessidades especiais, por morar longe dos grandes centros de estudos, ou ainda por não ter condições econômicas para se dedicar aos estudos. Ciente de minha pequenez diante de renomada autoridade repasso aos meus leitores que busquem também a aquisição da obra premiada e divulguem essa técnica moderna de ensino entre seus familiares e amigos. Especialmente àqueles que se encontram nas situações mencionadas acima. Por meu turno, e guardadas as devidas limitações, o Procrie permanecerá incentivando a Formação Continuada, tanto de profissionais já realizados, quanto daqueles em situações e regiões distantes dos centros de estudos. Isto, se merecer a sua paciência.
Criar um Blog Escolar?Aulas Teóricas de Educação Física. O presente tema foi reapresentado nesse final de mês no CEV e interessou-me de imediato devido às minhas propostas de Formação Continuada para professores, ainda mais pela Missão de que estamos imbuídos neste Procrie. Poderão saber mais visitando http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/, um Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol. Quem sabe talvez consigamos […]
Procrie, um Projeto nas NuvensConstrução de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva (Virtual). Nesses quase dois anos de atuação em que colecionamos pouco mais de 70 mil visitantes, renovamos nosso compromisso inicial consignado em todas as nossas postagens de fazer “uso inteligente da Internet”. A computação nas nuvens, em inglês chamada de cloud computing, é uma tendência na internet do futuro, acredita-se […]
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Ideias Maravilhosas
Aulas em que TODOS participam. Ilustração: Beto Pimentel.
Quem sabe alguma experiência externa possa despertar ideias maravilhosas entre os indivíduos locais? Então, a questão que se coloca é: “Como um estrangeiro poderá auxiliá-los de forma concreta”? Àqueles que estiverem interessados em um contato mais estreito, utilizem este Procrie e, se for o caso, ofertamos Cursos Presenciais, com direito a aulas para Professores e 400 crianças.
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Dados sobre os estados do Nordeste brasileiro
Fonte: Wikipédia.
Visitas ao Procrie (14/5/2010 – 15/12/2013)
Alagoas… 1.078 – Bahia… 6.592 – Ceará… 4.892 – Maranhão… 1.404 – Paraíba… 2.000 – Pernambuco… 5.257 – Piauí… 1.181 – Rio Grande do Norte… 1.219 – Sergipe… 752.
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Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
Festival do Gira Volei no estádio do Boa Vista F. C., cidade do Porto, Portugal.
Voleibol Feminino em Portugal
Estive visitando o Sovolei e revendo algumas colocações sobre o voleibol feminino em Portugal e resolvi transcrever as ponderações de um dos melhores treinadores lusos. A entrevista está sem a respectiva data, mas creio tratar-se de final do ano de 2012.
Na ilustração estão assinaladas as principais cidades portuguesas com visitantes (10.145) ao Procrie; ao todo são 78, o que muito nos honra. (Fonte: Google Analytics, período maio/2010 a 9/dez/2013)
ZONA 7A Mudança no Voleibol Feminino, por João Saudade
João Saudade é uma figura incontornável no voleibol em Portugal. Técnico e Coordenador da Lusófona Voleibol tem um conhecimento e uma clarividência fora do normal em relação ao Voleibol feminino. Apresenta-nos uma opinião clara, incisiva e objectiva, tal como vem sendo habitual. A escrita está em português de Portugal.
Época fantástica no Voleibol feminino em Portugal. Em tempo de crise económica, o surgimento de novos valores e o trabalho de base acabam por ser a “estratégia forçada” da maioria dos clubes. No escalão adulto, uma primeira fase de bom nível. A maturidade e experiência de jogadoras que muito têm feito pelo Voleibol nacional estimulada por uma juventude de grande valor (e quem ainda diz que em Portugal não existem jogadoras altas está enganado), fizeram com que equipas como Leixões, Gueifães e Castêlo da Maia atingissem excelentes resultados. O habitual e reforçado Ribeirense venceu a primeira fase sem contestação. A crise é apenas económica porque de valores não se sente. Jogadoras e técnicos souberam responder às dificuldades com determinação. Na zona de Lisboa ressurge um Belenenses merecedor de melhores lugares. Foi a equipa que mais mereceu estar entre os apurados para a segunda fase.
Equipe juvenil portuguesa.
Numa segunda linha de equipas o regresso do Lusófona Voleibol à principal divisão. O trabalho de formação a longo prazo começa a dar frutos. Pelo meio um apagado SC Braga que vai certamente melhorar na segunda fase. Longe destes resultados o esforço e superação de três equipas com grandes dificuldades – Sto. Tirso, CS Madeira e Câmara de Lobos. m ano de grandes mudanças, numa estratégia economicista, a formação mudou. Depois de anos em que a modelo competitivo valorizou o crescimento de jogadoras e clubes, surge a limitação geográfica. Se a norte os efeitos não são visíveis, numa primeira fase competitiva e muito emotiva, a sul o nível volta a baixar por falta de nível desportivo. E nestes escalões a modalidade deve saber gerir o esforço económico com a necessidade de evolução desportiva. Surgem projectos ambiciosos – o Rosário Voleibol. Mantêm os resultados habituais Leixões, Gueifães, SC Braga, Castelo da Maia, Vilacondense, Académica S. Mamede, Juventude Pacense, Arcozelo. Por Viseu continua forte o Colégio Lamego. Treinadores e nomes com currículo nacional optam pelo voleibol de formação… e outra vez o Rosário com José Moreira, Miguel Maia e João Brenha. A sul o já tradicional Lusófona Voleibol e a fantástica equipa do Col. Sagrado CM. Falta o clique, falta o que todos esperamos – um verdadeiro projecto nacional para o Voleibol Feminino. Continuamos com uma Selecção sem resultados, continuamos sem saber bem o que fazer de tanta quantidade e cada vez mais de muita qualidade. Talvez começar a pensar num modelo de gestão, num modelo de recrutamento baseado nas pessoas, no esforço, na dedicação e principalmente na escolha da opção Voleibol. Alguma empresa escolhe o seu funcionário apenas pelo aspecto visual? Não. Mas continuamos apenas a escolher pela altura ou indicadores que jamais farão a diferença, As pessoas, essas sim, farão a diferença.
Comentários
Boas (Anônimo),
Pode parecer estranho, mas mesmo depois de ter discordado tanto das suas opiniões, fico contente porque mais uma vez deu a cara, para falar no Voleibol feminino. Tal como anteriormente não concordo com tudo aquilo que escreve. Neste seu artigo gostava apenas de dizer algumas pequenas coisas. “Continuamos com uma Selecção sem resultados” A seleção de cadetes não teve os melhores resultado, podia ter feito mais… “Rosário com José Moreira, Miguel Maia e João Brenha”. Falta referir aqui um grande treinador cujo nome pode não ser muito sonante, mas quem sai aos seus não degenera. Estou a falar do “Rui Moreira” quanto aos outros apenas posso dizer que infelizmente um grande jogador nem sempre é um bom treinador…seja ele na formação ou no feminino.
(Anônimo)
No caso do Leixões e como fala também deste clube gostaria de referir também a aquisição de um grande treinador de formação, José Afonso, este pegou nos minis deste clube, tenho a certeza de que fará um trabalho tão bom ou ainda melhor do que o que fez no Castelo da Maia. Quanto à captação de novos talentos para as seleções, muto ainda está para dizer, apenas e mais uma vez lhe digo que o problema principal não está na “cubana”, mas sim em quem manda que está sempre disponível para a fotografia e continua a desprezar todo o trabalho que é feito pelos treinadores. De salientar a sua frase “A crise é apenas económica porque de valores não se sente. Jogadoras e técnicos souberam responder às dificuldades com determinação.” Parabéns e continuação de bom trabalho.
De Roberto Pimentel…
João Saudade,
Torço como poucos para que atinjam a maturidade voleibolística no mais curto espaço de tempo. Bem sabe que venho tentando debater aqui e no Procrie aspectos pertinentes ao desenvolvimento de uma boa Formação para seus atletas. Mas a impressão que me passam – só os conheço pelo sovolei – é que ainda muitos passos terão que ser dados. A escassez de dinheiro não será suficiente para justificar qualquer coisa, mas a Metodologia a empregar parece que jamais foi ventilada. Continuam dando voltas, confundindo ponto de partida com o ponto de chegada. A selecionadora toca a sua equipe à revelia do país, alguns dirigentes privilegiam atletas brasileiras em detrimento das nativas e nada muda. Parece que todos os dias são os mesmos. Quem viu o filme “Feitiço do tempo” há de entender que sem mudanças drásticas o tempo não passa. Mexam-se!
Tempo Técnico: Voleibol em Portugal, que futuro?
Em 2011, em meus escritos no Sovolei (www.sovolei.com), creio ter tocado a onça com vara curta. Vejam a seguir o comentário do responsável pelo sítio português. Sovolei, escrito por Luís Melo, 26 de julho, 2011: Um dos temas que mais preocupa o Sovolei é o futuro do Voleibol em Portugal. Sabemos que temos a “matéria prima” necessária para que o Voleibol seja um dos desportos mais fortes em Portugal, e temos também os alicerces necessários, com mais de 150.000 praticantes em todo o país. que temos publicado ao longo destes quase 3 anos de existência. Somos críticos frontais, mas também apresentamos soluções para que o Voleibol possa melhorar, para bem de todos. O facto é que vai faltando uma política e uma estratégia de sustentabilidade do Voleibol, que deveria ser levada a cabo pela Federação Portuguesa de Voleibol, depois de discutida em conjunto com as associações regionais, de treinadores, de jogadores e também com os clubes. Para além do aparente desinteresse dos responsáveis pelo Voleibol, também os seus intervenientes não parecem perder muito tempo a pensá-lo e a tentar achar formas para que se possa desenvolver, garantindo não só resultados a médio/longo prazo, mas também trabalho a curto prazo. Assim, é curioso, mas não surpreendente, que seja o nosso colaborador brasileiro Roberto Affonso Pimentel que tente “espicaçar as hostes”, fazendo uma série de perguntas que levem os responsáveis e intervenientes do Voleibol Português a reflectir sobre o futuro da modalidade no país.
Beto (filho)Pimentel e Luís Melo em Londres trocando presentes.
Roberto Pimentel, autor do Procrie, diz que “seria valioso ouvir os personagens que actuam no voleibol português sobre sua evolução“: “O que foi feito em 2010/2011? Se nada foi feito, que consequências essa inércia pode acarretar? Os holofotes da FPV continuam voltados somente para a selecção masculina principal? Dada a situação económica do país, o que esperar para a nova temporada? O que pode ser feito, independente da FPV? E a associação de treinadores, qual a sua representatividade? Ela emite algum parecer técnico sobre a temporada? Os treinadores cresceram tecnicamente?” “Na Formação que ganhos foram adicionados? A Federação deve fazer internato para as seleções? Há necessidade de muitas horas de treinos? Os treinadores estão qualificados? As instalações e a organização são eficientes? A Federação apoia e valoriza os clubes? Que contributo emprestam os estrangeiros, técnicos e atletas? Comunicação social, por que não há divulgação? Que retorno esperam os clubes?” Estes são dois conjuntos de questões, na sua maioria extremamente pertinentes, que Roberto Affonso Pimentel se coloca, e nos coloca. Devemos reflectir e procurar respostas. Todas elas, ainda que possam parecer utópicas ou líricas, são bem vindas, aqui na caixa de comentários.
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Na medida do possível estaremos brincando com o tempo, a memória e contando histórias. Além de ajudar a passar o tempo nessa época de férias, certamente estaremos passando algumas experiências para os professores mais argutos e curiosos, além é claro, de críticos. Antes convém ilustrarmo-nos com alguns conceitos sobre aquela trilogia – Tempo, Memória, História. Tenham redobrada atenção e jamais desconsiderem a história e o tempo, ambos são nossos aliados. Lembrando Santo Agostinho:
Se nada sobrevivesse, não haveria o tempo futuro, e se agora nada houvesse, não existiria o tempo presente.
Portanto, não fiquemos parados, e esforcemo-nos para tirar bom proveito do tempo!
Qual a relação entre História e Memória? Possivelmente o alcance da História seja muito superior ao da Memória. Por isto, quase sempre tenhamos a pretensão de construir nossa própria históriaatravés da memória e concluirmos que é a verdadeira. Ocorre que à história de cada um acrescentam-se muitas outras, e aí vamos unindo os retalhos, os fragmentos e compondo a História. O questionamento continua com a lembrança de uma afirmação de Henry James, datada do fim do século XIX:
Ilustração: Beto Pimentel.
Representar e ilustrar o passado, as ações do homem são tarefas tanto de historiador como do romancista; a única diferença que posso ver é totalmente favorável a esse último (à proporção, é claro, do seu êxito) e consiste na maior dificuldade que ele encontra para reunir as provas que estão longe de ser puramente literárias.
O melhor caminho seria unir com ponderação provas e possibilidades, erudição e imaginação. Enquanto isto tentemos fazer um elo entre passado e futuro, entre o indivíduo e o seu grupo social.
Deu no Terra (5/jul./2013) – Murilo e sua recuperação.
Foto: Fivb/ Divulgação.
“Ainda sem clube para a próxima edição da Superliga, o ponteiro Murilo foi liberado para iniciar seu fortalecimento muscular após cirurgia no ombro direito realizada no início de maio. Agora, o jogador irá conciliar a fisioterapia com exercícios leves em uma academia”.
A notícia evocou-me certa lembrança em que passei por situação similar logo no início de minhas tentativas de me afirmar como atleta de voleibol no início da década de 60. Tive uma lesão no ombro esquerdo (possivelmente no tendão supra- espinhoso) que me impedia de erguer o braço. Como minhas cortadas eram realizadas somente com o braço esquerdo, o que me valeu um apelido de Roberto canhoto, estaria prejudicado de jogar por um bom tempo, a exemplo do Murilo. Acrescento que era de família pobre e não tinha qualquer recurso para frequentar um consultório médico. Então, o tratamento se resumiu em poupar aquele ombro e esperar que a natureza agisse. Mas a vontade de afirmação era imensa e me sufocava. Então, idealizei uma forma de treinar em que não solicitasse a articulação prejudicada e inventei formas de aprender a atacar com o braço direito. Treinando sozinho três vezes por semana com uma única bola (drible G-18, usada), após 2-3 meses conseguia jogar normalmente contra atletas até de seleção brasileira, somente usando o braço direito. Ao final, a recompensa: era o único atleta atacando bolas alternadamente com ambos os braços.
Gostaria de treinar o Murilo nesse período, pois sendo ele um profissional e com tanta assistência, teria sua recuperação garantida e de quebra, pouparia seu ombro acrescentando o outro em seu labor! Estou à disposição e até mesmo para atletas sinistros que queiram enveredar pelo meu exemplo ainda único, mas de fácil aprendizagem. Façam contato pelo Procrie, estarei sempre receptivo. Lembro aos mais novos que aquela circunstância fez-me autodidata, consequentemente, um atleta reconhecido como bastante técnico e perito para treinamento de canhotos, um nicho excelente para quem entende no Brasil da matéria. Quantos vocês conhecem que saberiam treinar um atleta com tal característica?
Voleibol de Antigamente…!
Indagaram-me por diversas vezes como era o voleibol antigamente, para logo afirmarem que o voleibol moderno é incrivelmente melhor e muito mais agradável de ser visto. Ora, se queriam declarar suas impressões, por que provocar quem está quieto? Reparem que é muito difícil, e talvez impossível, alguém discorrer sobre algo que não viu e tão pouco conhece: o tal do antigamente…! Além disso, o antigamente para uns é bastante diferenciado para outros, dependendo de tempo a que se reportam. Por exemplo, uma conversa entre um avô e o seu neto já rapaz, caso este último se exprima relatando suas experiências, o antigamente dele é consideravelmente diferente (muito mais próximo) do seu interlocutor, no caso, o seu avô. Por outro lado, cometem-se erros históricos ao compararmos fatos remotos à luz da memória, desprezando conceitos sociológicos contemplados na História. Outro, indagaria, “Qual seria a melhor seleção de futebol do Brasil, a de 1970 ou a atual, campeã da Taça das Nações?” Para analisarmos ou compararmos situações temporais devemos estar prevenidos quanto às verdadeiras armadilhas que nossa mente nos prega e para as quais pesquisas psicológicas nos fazem compreender e a adotarmos comportamentos condizentes. Uma delas é a nossa capacidade de raramente ficarmos perplexos. Se uma resposta satisfatória para uma pergunta difícil não é rapidamente encontrada, um dos nossos sistemas mentais encontrará uma pergunta relacionada que é mais fácil e que vai responder a ela. Veja por quê!
Heurística(do livro Rápido e Devagar, Daniel Kahneman)
Tecnicamente, heurística é definida como um procedimento simples que ajuda a encontrar respostas adequadas, ainda que geralmente imperfeitas, para perguntas difíceis. A palavra vem da mesma raiz que heureca”. Quanto ao conceito: “O estado normal de nossa mente é que dispomos de sentimentos e opiniões intuitivos sobre quase tudo que surge em nosso caminho. Simpatizamos ou antipatizamos com uma pessoa bem antes de saber muita coisa sobre ela; mostramos confiança ou desconfiança em relação a estranhos sem saber por quê; sentimos que um empreendimento está fadado ao sucesso sem fazer uma análise. Quer afirmemos, quer não, muitas vezes temos respostas para perguntas que não compreendemos completamente, apoiando-nos em evidências que não somos capazes de explicar ou defender. (…) Substituir uma pergunta por outra pode ser uma boa estratégia para resolver problemas difíceis, e George Pólya (matemático húngaro, falecido), incluiu a substituição em seu clássico A arte de resolver problemas:
Se você não consegue resolver um problema, então há um problema mais fácil que você pode resolver: encontre-o.
Seleção Masculina de Voleibol
Como atua? Obviamente, é um indicador de como treina. As estatísticas devem (ou deveriam) indicar não só erros, mas também situações embaraçosas para o atleta e, então, avaliar sua atitude ou intervenção. Não creio no que os estatísticos de plantão realizam. Trabalham em um sistema graduado de 0 a 5, em que sua participação é julgar rapidamente e dar nota à intervenção do(s) atletas sob a sua atenção. Ou pelo menos, penso que é assim! Se não for, que me digam os próprios executantes. Aliás, vou consultar um deles.
Nota: soube por uma professora que trabalha em estatística, que é possível que as equipes tenham seus próprios estatísticos que forneceriam mais detalhes aos respectivos treinadores, inclusive das equipes adversárias.
Ocorre que o olhar humano permeado pela capacidade individual de observação de cada indivíduo, felizmente faz a diferença no momento da interpretação do que foi vivenciado em dado momento. O mesmo fato ocorrido em dado instante é visto de formas diferentes entre um grupo de indivíduos. Assim, p.ex., um locutor e um comentarista de Tv ao narrar ou comentar uma partida de voleibol terão sensações diversas sobre um determinado lance, até mesmo porque diferem em vivências anteriores. Como dizia o Padre António Vieira: Há olhos de ver e olhos de enxergar.
Lapsos de Memória
Pode-se dizer que nossos processos de memória são análogos à forma como os computadores armazenam imagens, só que nossas lembranças têm a complexidade de fazer com que os dados da memória que armazenamos mudem com o tempo. Em síntese, consiste em lembrar a essência, preencher os detalhes, acreditar no resultado. Quando somos pressionados pelos repetidos pedidos de que nos lembremos de eventos, ou quando nos pedem muito para recriar uma lembrança, nós a reforçamos a cada vez, de modo que nos lembraremos da memória, não do evento. Como a memória muda com o tempo? Como se desenvolve a “memória grupal”, ou a “cultura”? Nessas histórias que a própria vida me contou sobressai uma relação que deve ser explorada na medida em que os documentos e relatos assim o permitam. Parece-me que o melhor caminho seria unir com ponderação provas e possibilidades, além é claro, de imaginação.
Em outra oportunidade, apresentaremos nova teoria sobre o envolvimento da Memória e a História, pinçado do livro Subliminar, como o inconsciente influencia nossas vidas, de Leonar Mlodinow. E para quem imagina seja uma leitura desagradável veja o que consignou Stephen Hawking a respeito: “Mlodinow é sempre feliz em seu esforço de tornar a ciência acessível e divertida”.
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Para a temporada 2013/2014 da Superliga, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou mudanças no intuito de melhorar a exposição e a receptividade desta competição ao público. A principal alteração é polêmica: jogos com sets de 21 pontos.
A decisão foi tomada com a anuência da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) – há interesse da entidade em transformar essa experiência em regra em um futuro próximo. O objetivo é reduzir o tempo de jogo, o que facilitaria a inserção da modalidade nas mais variadas mídias – principalmente a televisão. O assunto divide opiniões entre atletas e treinadores, o que ficou claro no evento de lançamento da Superliga, na quinta-feira, em São Paulo. Bernardinho, por exemplo, atual campeão da Superliga feminina como técnico do Unilever, propôs que haja limitação do tempo entre o final das jogadas e o saque seguinte – tempo usado para comemoração, reclamação, limpeza de quadra e ações que não fazem parte do jogo efetivamente. A fórmula foi testada recentemente no Campeonato Paulista, mas a CBV não se pronunciou oficialmente com avaliação do ocorrido.
Superliga tem set de 21 pontos
A temporada 2013/2014 da Superliga de Vôlei chega à sua 20ª edição. São 7 meses e 20 dias de disputas com muitas novidades: equipes que deixaram de existir dão lugar a clubes recém-criados, antigos ídolos que voltam ao Brasil tomarão parte na disputa e, principalmente, a existência de sets de 21 pontos.
Comentários
Quebrou a estrutura do jogo, e eu particularmente estou tendo muita dificuldade para me adaptar a isso. (Marcos Pacheco, técnico do time masculino do Sesi)
Não sabemos ainda como vai ser, se bom ou ruim, estão todos esperando. Preferimos esperar o campeonato começar para opinar melhor (Gabi, ponteira do Unilever)
Há uma disputa muito grande para outros eventos esportivos nas grades de programação das televisões. Estamos em um caminho de manter o que já se conquistou, mas certamente é um passo importante para obter mais espaço ainda, uma vez que estamos nos adaptando às necessidades dos veículos de comunicação. (Renato D’Ávila, superintendente da CBV)
Além desses, inúmeros internautas se manifestaram no sítio do Terra revelando suas opiniões e sugestões. Quanto à sugestão do Bernardo de encurtar o tempo entre o término de um lance e o saque seguinte, há que se considerar que é um tempo inclusive sugerido pela Tv para que o público seja esclarecido ou reveja o lance precedente ou qualquer outro que tenha gerado dúvidas. Durante os pedidos de tempo, as orientações passadas aos atletas, ou até mesmo caras bonitas e feias, gestos estapafúrdios desse ou daquele indivíduo presente ao espetáculo. Tudo para emprestar ao jogo uma visibilidade alegre e descontraída e, claro, reter a audiência do público da poltrona. E, especialmente para que o atleta que se dirige para efetuar o saque tenha algum tempo de recuperação física para concentrar-se e efetuar o saque. Creio que de posse da bola, a Regra permite seis segundos para a sua efetivação.
Valor da Tv… Para aqueles que fazem restrição ao televisionamento das partidas, lembro a verdadeira batalha que Carlos A. Nuzman empreendeu nos anos 1980 para efetivar a Tv junto ao voleibol. Dizia para um desafeto que se manifestou contra o horário de jogo de sua equipe (Flamengo) colocado para as 22 horas com o argumento que poucos estariam presentes. Disse-lhe Nuzman: “A transmissão da Tv é para um número incalculável de espectadores”! Além disso, e principalmente, a garantia para os patrocinadores verem suas marcas divulgadas pelo mundo. Já houve tempo em que a própria CBV bancava o televisionamento das partidas. O público presente, muito pouco, talvez amigos, namorados(as), parentes. Após o acerto com a Tv Globo, as coisas mudaram para melhor, com melhores espetáculos. Não se entende como alguns se colocam contra!
História do Voleibol no Brasil…
a) Um dos comentários de internauta no Terra sugeria que o set tivesse uma medida de tempo. Lembro que houve experiência no vôlei de quadra denominada tentativas de saque: o atleta tinha duas oportunidades para a realização do serviço; se lançasse a bola ao alto de forma equivocada poderia interromper o movimento e realizar a segunda e derradeira tentativa. Não logrou êxito. Até mesmo havia medida de tempo para os sets e os jogadores utilizavam as tentativas de saque estrategicamente para passar o tempo, além de lançar as bolas exageradamente altas. (extinção em 1988).
b) No vôlei de praia a CBV experimentou sets por tempo, inclusive exibindo um relógio que cronometrava imperturbável todas as partidas. A Regra dizia que o jogo terminava em determinado número de pontos ou em tantos minutos, aquele que ocorresse primeiro. Não aprovada.
Comentário do Procrie
Por ser o fato mais importante, vamos nos ater ao aspecto principal, ou seja, set de 21 pontos.
A FIVB constantemente promove estudos na mudança das Regras sempre no sentido de tornar o jogo mais atraente para o público, além de preservar a integridade física dos competidores. Inadvertidamente, alguns internautas não leram com atenção a íntegra do texto, exatamente no que diz: (…) há interesse da entidade em transformar essa experiência em regra em um futuro próximo. Dessa forma, trata-se de uma experiência que, examinados e considerados prós e contras, poderá vir a ser ou não concretizada. Como a entidade internacional tem por norma somente alterar as Regras do jogo quando do encerramento do ciclo olímpico, não há motivo imediato para pânico ou apreensões por parte de técnicos e jogadores. Observa-se, em geral, que a preocupação recai na novidade e, portanto, os testes domésticos ditarão os próximos comportamentos.
Chamo a atenção para detalhes preciosíssimos: o tempo de duração da partida e a preparação técnica e tática dos jogadores. O primeiro deles com ênfase na integridade física dos atletas. O outro, despertando a necessidade de melhor apuro nos treinamentos, pois afinal não se diz que ganha quem erra menos? De que forma, então, estes aspectos se revestem de importância? Não nos envolveremos em considerações científicas, mas somente em generalidades que possam realçar os aspectos a seguir.
1. Físico – Seria racional supor-se que tendo o placar encurtado, o tempo de duração das partidas também será diminuído. Exceto, e isto poderá ser revisto e levado em consideração, nos casos de igualdades no marcador e a consequente necessidade imposta pela Regra de dois pontos de diferença para vencer um set. E muito mais importante, são 7 meses e 20 dias de disputas. Acrescente-se a isto as interrupções para participação em compromissos internacionais de nossas seleções. Haja fôlego! Não é à toa que as meninas estão chiando pelo excesso de jogos, viagens internacionais, poltronas em avião etc., a exemplo dos rapazes do futebol.
História do Voleibol no Brasil…
c) Em 1992, nas Olimpíadas de Barcelona, a partida válida pelas semifinais masculina entre Holanda e Itália foi decidida no quinto set com o placar de 17 a 16 em favor dos holandeses. Os italianos entraram com uma representação junto à Fivb para alterar a Regra que naquele tempo limitava os sets em 17 pontos (foi criada após as Olimpíadas de Seul, 1988). Acrescente-se que graças ao desgaste físico e emocional dos holandeses não foi tão difícil no dia seguinte a equipe brasileira sagrar-se pela vez primeira campeã olímpica. Vale dizer também que em ambas não fora implantada a Regra depontos por raly, muito embora os sets fossem disputados em 15 pontos.
d) A partir de 1995 – Nos quatro primeiros sets foram criados dois tempos comerciais (para Tv): no 8° e 16° pontos, só contando efetivamente das Regras em 1999 .
e) Em 1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal, Polônia e URSS realizaram o jogo mais longo na história do voleibol – 4h 36min – com a vitória sorrindo aos poloneses. (sets em 15 pontos e dois pontos de diferença, não havendo limites)
f) A partir de 1997 – A partir desse ano foi testado o jogo com o líbero; sua aprovação e inclusão nas Regras deu-se somente em 1999.
g) A partir de 1999 – Têm início as experiências com o sétimo jogador, o líbero, um jogador especial.
2. Apuro no treinamento – Para um observador desapaixonado que assiste a uma partida com olhos de ver, o voleibol não parece muito atraente quando confrontado especialmente com o futebol. Estaria mais para o basquete. Lembro-me de um cronista que revelou sua impressão de forma categórica: “Deveriam mudar a regra do basquete; as equipes jogariam somente um minuto e o placar inicial seria de 100 a 100”. Torna-se fácil concluir que o jornalista não encontrava motivos para assistir toda a partida, mas somente o minuto final, que se reveste de emoções e cenas inusitadas. No voleibol moderno não é diferente, especialmente para quem presenciou o único momento histórico de sua maior evolução com o Espetáculo de Matsudaira no apogeu do Japão, que teve início no setor feminino durante o Mundial do Brasil em 1960 (vice-campeãs), quatro anos após com o pódio mais alto nas Olimpíadas de Tóquio, e a consagração dos rapazes em 1972, em Munique. Esta olimpíada marca também um fato que interessa a todos os atletas: processou-se a estreia do Sistema Olímpico no voleibol: chaves de classificação com cruzamento dos vencedores para a fase final. Sacrifica menos os atletas, pois diminui o número de jogos entre os participantes. Para se ter uma ideia, no Mundial de Paris (1956) o Brasil foi o 11º colocado no masculino, só tendo perdido uma única partida, para a China, ainda na fase classificatória (História do Voleibol no Brasil, 2º vol.). Atualmente, o calendário internacional que só afeta atletas selecionáveis, é estafante, pois impõe períodos de treinamento, longas viagens por diversos países, jogos quase que diários, fusos horários, afastamento de familiares etc.
3. Líbero e o atacante de meio – Por que o líbero, invariavelmente, entra no jogo sempre no lugar dos atacantes de meio? Por que ele, o líbero, é um jogador especial? Sua gênese recai na necessidade percebida pelos responsáveis técnicos da Fivb de tentar dar equilíbrio ao jogo, isto é, uma tentativa de ampliar as condições de defesa e assim nivelar as ações de ataque e defesa. Que consequências emocionais e físicas pode-se arrolar sobre o comportamento do atleta atacante dado o tempo em que está fora do jogo? Dado que o líbero é um jogador especial, é de se supor que seja excelente passador (recepção de saque) e não menos perito em defesas. Ele é normalmente a antítese do central a quem substitui sistematicamente na posição de saque (I), pois ao contrário, o central é falho em defesas e recepção, prejudicado por sua altura, quase sempre acima dos 2m. O atual gigante russo Dmitriy Muserskiv, p.ex., tem 2,18m.
O leitor certamente entenderá que os jogos se processam da mesma forma em qualquer parte do mundo – as Tvs nos mostram a todo instante – inclusive onde se disputam os campeonatos mais caros do planeta, na Itália. Isto é bastante significativo para que os experientes técnicos da Fivb sejam concitados a mudar algo para manter o público cativo e as mídias interessadas. Se for interessante para a Tv, que cria fonte de receitas, mais ainda será para o grande público muitas vezes impossibilitado de frequentar os ginásios e, principalmente, para os patrocinadores das equipes. Chegou-se a um ponto que qualquer desporto profissional para ser bem organizado não pode prescindir das transmissões televisivas. E as receitas que geram, que justificam certas alterações nas Regras.
Comparativamente ao futebol, o vôlei tem contra dois aspectos para os quais chamo atenção: é mais pobre em combinações táticas, por isto é repetitivo e não uma caixinha de surpresas; e não possui a tradição e carisma dos tradicionais clubes, haja vista o que se contém lá acima: “as novidades são as equipes que deixaram de existir dando lugar a clubes recém-criados e antigos ídolos (provavelmente às vésperas da aposentadoria) que voltam ao Brasil”. Isto faz com que os dirigentes se esmerem em criar atrações paralelas que mantenham o interesse do público presente aos ginásios e nas poltronas de suas casas.
Como NÃO errar!
Uma providência que se percebe é referente ao emprego do saque violento com salto. Como todos jogam da mesma forma, a tendência é que os possíveis efeitos de má recepção sejam atenuados, ou mesmo, passaria a tratar-se de uma questão de “custo x benefício”, isto é, vale à pena sacar dessa forma? Até que ponto? Em que circunstâncias? Pelo que estamos assistindo recentemente nos jogos masculinosa tendência é de em alguns momentos da partida o emprego do chamado saque tático (ou chapado, ou balanceado), quase sempre curto, i.e., entre o adversário e a rede. Já vimos a seleção brasileira (creio que na Itália) atuar durante todo o 4º set sacando dessa forma, tal o número de erros nos sets anteriores. E deu certo!
Saque beneditino
Esta é somente para os mais velhos, que conheceram Benedito Silva, o Bené. Ele jogou em uma época que ainda não se sacava por cima, isto é, tipo tênis, que só teve larga difusão no Brasil a partir da década de 50. Em relação ao saque tático, este era empregado em duas situações: provocar o erro do adversário que tinha maiores dificuldades na recepção (por toque), e criar um problema de ataque quando efetuado na chamada zona morta da quadra, ou seja, na posição II, de saída de rede. No Brasil, os paulistas deram verdadeira aula durante um campeonato brasileiro. Vale lembrar aos mais novos que, à época as equipes atuavam no sistema 3 x 3, três levantadores e três cortadores, considerando-se ainda, que não havia a troca de posições dos atletas na rede.
Ilustração: Beto Pimentel.
Em relação aos dias atuais, o saque tático não importa como seja efetuado, existe para nós uma característica fundamental: quanto mais próximo da linha centrala bola decaia, mais dificuldade gera para o adversário, se possível, o mais próximo das antenas. E mais problemas vai gerar na equipe adversária na posição em que o seu levantador esteja entrando na rede (posição IV) ou mesmo na saída (em II). O difícil é sacar junto à rede para que a bola caia o mais próximo da linha central, sacando tipo tênis, chapado, pulando ou de qualquer forma. Só conseguimos ter eficiência nesse mister sacando por baixo (como nos primórdios do vôlei) e, ainda assim, tocando a bola por baixo, nunca em seu ponto médio. Explica-se: a trajetória da bola deve ser um pouco mais alta do que a rede, com leve curvatura em ascensão e pouca força para que caia praticamente na vertical, coisa que não se consegue com qualquer outra forma de sacar.
Conclusão
Após esse passeio pelo história despertando curiosidades sobre fatos que marcaram muitos momentos, percebemos que o esporte não deve permanecer estático, mas evoluir no sentido de torná-lo mais agradável e ser consumido pelo grande público, inclusive motivando-o para a sua prática desde cedo. A competição é contra o futebol, o primeiro no Brasil, mas considere-se que as mulheres praticantes tendem a amenizar essa grande diferença, além de embelezar e tornar agradável seus espetáculos.
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Roberto Pimentel repensa e sugere nova Metodologia na Iniciação e Formação em voleibol e outros desportos.
Tese Inovadora e Criativa
– Vale a pena treinar?
– O quê treinar? – Como?
– Quanto? – Quando?
I – Justificativa (já apresentada)
II – Metodologia e Pedagogia
III – Prática e Avaliação de Resultados
IV – Conclusão
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II – Metodologia e Pedagogia
Conceitos e Métodos – Importância da Dúvida – Seleção de Artigos.
Conceitos e Métodos
Foto: Fivb/Divulgação.
Apresentamos uma seleção de artigos publicados neste Procrie sempre com o fito de concitar os leitores a meditar e produzirem experimentos com olhar pedagógico e agudeza no raciocínio, alavancando sua CRIATIVIDADE para novos feitos nessa difícil, mas prazerosa Arte de Ensinar. O ordenamento dos artigos às vezes foge à cronologia com que foram postados; buscou-se torná-los fluidos para leituras e discussões instrutivas. Internautas mais experientes nas coisas do voleibol perceberão de imediato que estamos pensando em voz alta, i.e., propondo alternativas metodológicas à luz de um instrumental pedagógico que está disponível a todos em seus cursos. Não se trata de um tiro no escuro, mas uma transposição da teoria para a prática que vimos divulgando a pouco e pouco. Dessa forma, não temos solução milagrosa, não determinamos o quê deva ser feito, mas buscamos juntos a melhor maneira de abordar, equacionar e, finalmente, configurar uma SOLUÇÃO, que pode ainda não ser definitiva, uma vez que em Educação tudo é mutável. Há que pelejar e não permanecer estagnado ou copiar as famosas receitas técnicas.
Importância da Dúvida
“Duvidar é um estado de espírito que pode significar o fim de uma fé ou o começo de outra. Em dose moderada, estimula o pensamento. Em dose excessiva, paralisa toda atividade mental”. (Vilém Flusser, filósofo tcheco)
Quanto à preocupação em concitar comentários no blogue, cremos que contribuem fundamentalmente para balizar os escritos ou o desenvolvimento de um assunto. Na sua ausência, cria-se um vazio ou expectativa em saber COMO chegam as informações e propostas. Mais à frente, a partir de alguma dúvida na interpretação dos escritos, certamente proporcionará uma nova postagem esclarecedora que atingirá outros indivíduos com as mesmas interrogações. Uma análise atenta no Procrie perceberão que grande parte de Comentários é oriunda do estrangeiro e, ainda, com ausência de dúvidas. Convidamo-los, então, a repensarem matéria tão pouco divulgada ou transparente na atualidade. Compartilhemos nossos erros e acertos de maneira transparente e amistosa e que possamos estimular professores, treinadores e atletas nessa sadia provocação. Concluindo, renovo o que já consignamos há tempos sobre a necessidade de realizarmos aulas ou CURSOS PRESENCIAIS, fundamentais a qualquer Ensino a Distância.
A seguir, relembramos postagens realizadas nestes três anos de Procrie relativas ao tema Defesa em Voleibol.
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Seleção de Artigos
Apresentamos uma seleção de artigos publicados no Procrie sobre o tema em que postulamos uma atitude crítica diante do que se produziu através de décadas. Neles não está escrito como fazer, mas sim o quê fazer. Por isso o seu conteúdo se adapta a diversas circunstâncias e locais, não importa se escolas, clubes ou até mesmo seleções nacionais”. Em suma, metodologia aplicável da Iniciação, passando pela Formação, e ainda, no alto nível. Boas leituras!
Palavras-chave (Tags):Segredos do Ensino,Aprendizagem Ativa.
O matemático húngaro George Pólya nos dá boas lições a respeito de ensino e aprendizagem que bem podemos aplicar ao nosso dia a dia: O que o professor diz na sala de aula não é de forma alguma pouco importante. Mas, o que os alunos pensam é mil […]
Palavras-chave (Tags): Treinamento de Defesa, Brasil vs. Alemanha.
Na recente partida entre as seleções dos dois países (6.10), observei um lance que reputo como um daqueles já comentado em textos sobre a Iniciação e Formação de jogadores. Creio que se desenrolava o 3º e último set da partida que seria ganha pelo Brasil (3×0). Um jogador alemão salta […]
Observando a foto ao lado o que teria a dizer o treinador italiano? Faço este preâmbulo para situá-los no tempo e nas considerações técnicas que pretendo discorrer com colocações e teorias a respeito. Nessa nossa conversa tratarei de relatos com passagens e histórias com campeoníssimos também do Vôlei de Praia. Perceberão que diversas contingências […]
Em 30 de julho publiquei o primeiro artigo com este título. O tema é o fundamento defesa em voleibol, quer seja individual ou coletivamente. Lá, dei os primeiros passos para estimular a maneira de pensar o treinamento dos atletas. Da mesma forma faço-o agora esperando
Palavras-chave (Tags): Biomecânica em Voleibol, Câmeras Modernas, Como Ensinar Voleibol, Defesa em Voleibol, Treinamento Profundo, Vídeo em Voleibol.
Treinar, treinar, treinar… Será mesmo que resolve? Muitas vezes ainda vamos ouvir a expressão acima como condicionante para o apuramento da técnica do atleta. Todavia, tenho minhas dúvidas. É bem possível que a maioria dos profissionais do ramo em que atuam tenha plena consciência do que realizam e, de forma consciente, pratiquem os seus saberes no […]
Palavras-chave (Tags): Aprender a Ensinar, Defesa em Voleibol, Lições de Defesa, Metodologia e Pedagogia, Pedagogia de Ensino, Primeiro Movimento e Vontade.
Revendo Métodos e Conceitos Pedagógicos. Após observações sobre a maneira comportamental em DEFESA de atletas de alto nível – p. ex. final da Superliga feminina – animei-me ainda mais a levar aos respectivos treinadores minhas pesquisas e, se de acordo, compartilharmos novas experiências pedagógicas no que se refere ao respectivo treinamento. Seria de bom alvitre não deixar de considerar […]
Palavras-chave (Tags): Ensinar a Defender, Formação, Oposto em Voleibol, Treinamento de Defesa, Valor da História.
Como ensinar a defender. Representar e ilustrar o passado, as ações do homem são tarefas tanto de historiador como do romancista (Henry James). Poderíamos dizer que o bom treinador deve ter “um olho no jogo e outro no treino”. Para facilitar os nossos leitores e produzir um encadeamento sobre o tema DEFESA, republico o artigo Lições do Mundial […]
Palavras-chave (Tags): Líbero, Métodos de Treinamento, Treinamento de Defesa em Voleibol.
Altos e baixos no jogo. Os poucos e raros atletas altos (1,90m) de voleibol no Brasil nas décadas de 40 a 60 eram considerados lerdos e, por isto, pouco aproveitáveis numa equipe. A tal ponto que o treinador da seleção masculina – Sami Mehlinsky – presente ao Mundial de Paris em 1956, justificou a convocação de vários atletas de baixa […]
Palavras-chave (Tags): Aprendizagem Individualizada e Cooperativa, Método de Treinamento, Rede Coberta, Treinamento de Defesa.
Em prosseguimento ao tema DEFESA, faço uma ressalva aos leitores para destacar a importância de um planejamento em suas atividades. Dessa forma, relembro os textos postados neste Procrie sob o título Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizagem (3 art., nov./2009) sobre nossa atuação no Morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, projeto que antecedeu o […]
Palavras-chave (Tags): Defesa vs. Ataque, Grandes Ralis, Treinamento de Defesa.
Experiência Pedagógica. Grandes ralis não são raros no voleibol feminino. Se acharem que já viram um desses, avisem-me: http://www,youtube.com/watch_popup?v=8zBRdO1XFGg&vq=medium (Grandes ralis, voleibol sensacional) Lições – Ocorreu que o vídeo pode nos induzir a pensar livremente, desacondicionado da intenção primeira do(s) autor(es). Sendo assim, criemos nossos próprios pensamentos e hipóteses com a finalidade de obtermos subsídios pedagógicos nos […]
Palavras-chave (Tags): Circo de Matsudaira, Treinamento de Defesa.
Vimos em postagem anterior – Treinamento: Defesa vs. Ataque – como podemos aproximar um treino das condições reais de jogo, tornando-o bastante motivante. Como alcançar tal estágio? Aparentemente, parece fácil, diriam, basta não errar. Todavia, muitas nuances se incorporam àqueles momentos, o que empresta certo grau de imponderabilidade aos lances. Aliás, altamente recomendável para a […]
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Continua…
III –Prática e Avaliação de Resultados (a desenvolver…)
IV – Conclusão (a desenvolver…)
Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
Bagunça organizada: TODOS participam na organização e nos jogos. Ilustração: Beto Pimentel.
Pedagogia Experimental
Reportamo-nos ao que foi dito em recente postagem (28/set.) relativo ao grupo de alunos que estariam colaborando para realizar nossos experimentos pedagógicos. Alguns problemas surgiram e não foi possível dispor das instalações nas quais procederíamos os ensaios. Sendo assim, estamos buscando outro local – uma escola – para administrar e concebermos nossas ideias a respeito. Trataremos de planejar e compartilhar nossos ensaios a partir do próximo ano escolar. Em Niterói possuímos dois educandários que oferecem plenas condições. Resta-nos fecharmos com ambos (ou um deles) uma parceria que consumiria 4-5 aulas práticas, inclusive com a edição de um vídeo. Em um terceiro, estaremos incentivando a criação de um blogue para o desenvolvimento dos alunos na área da Educação Física e Esporte. Enquanto isto, vejam abaixo o que estamos apresentando à comunidade acadêmica e esportiva de todo o país e concitando a participação de TODOS que se interessam por dias melhores no Ensino Escolar e Esportivo.
Contributo Histórico e Acadêmico
Discute-se a importância da Formação Continuada de professores fazendo-os perceber que dois séculos estagnados não devem se contrapor à evolução do ensino. Cabe trazer para a sala de aula Vygotsky, Piaget, Le Boulch e outros, e apresentá-los aos alunos. Ou seja, unir teoria à condução de uma boa prática com métodos condizentes. Se as descobertas de psicólogos e neurocientistas contemporâneos forem tão poderosas quanto acreditam ser, teremos todos nós que reavaliar algumas hipóteses nas Ciências Sociais e Educação. A bibliografia (ver Prezi) consultada está voltada para o campo da neurociência e psicologia pedagógica, desbravando a mente e analisando como os indivíduos pensam e agem. A interpretação de suas leituras orienta para novos caminhos no dia a dia dos professores.
Pesquisas Aplicadas
O Autor firma-se como inovador em métodos de ensino quando propõe um zoom sobre a Memória e a História. Nesse novo olhar o tempo parece brincar com todos, como nos brindou o Prof. José Pacheco com sua corajosa constatação: Temos escolas no séc. XIX, professores no séc. XX e estudantes no XXI. (Procrie no Brasil)
Ilustração: Beto Pimentel.
O BOM PROFESSOR
1º Passo… Principal Protagonista: Voleibol, esporte difícil de ser ensinado?
Este contributo voltado especialmente para o professorado lotado em sala de aula – especialista ou não em voleibol – encerra metodologia para atenuar dificuldades seculares do ensino. O passo seguinte nos conduz a estreitar proximidade com os protagonistas objetivando maior perícia pedagógica em favor das atividades esportivas escolares.
EDUCAÇÃO DE BASE
2º Passo… Rompendo com o Passado:Curso presencial.
Observamos no ensino descompassos entre teoria e prática, isto é, acredita-se haver uma espécie de letargia à espera de uma ruptura com o passado por parte dos agentes educacionais. A solução reside nos Cursos Presenciais para professores e acadêmicos. Enfim, Ver pra Crer, ou seja, conquistado o interesse, resta-nos o pontapé inicial na prática. Na foto o Autor ministra aula no 1º Curso de Técnicos de Vôlei de Praia, CBV.
O material foi produzido como proposta para compartilhamento em realidades múltiplas para aqueles que pretendem organizar e gerir atividades esportivas. Constitui-se em suporte curricular para a instituição e a partir de condução mais bem elaborada em classe, certamente se transforma em ferramenta pedagógica indispensável á realização plena dos alunos. Cada indivíduo saberá como proceder de forma equilibrada face às circunstâncias em que se encontra.
Parte II —– Ideias Maravilhosas
Centro de Referência em Iniciação Esportiva. Ferramenta virtual a serviço de professores, o que nos torna também aprendizes. A Formação Continuada está caraterizada pela produção de centenas de artigos conciliatórios entre Teoria e Prática. Bons professores são formados a partir de boas leituras e práticas bem orientadas. A conquista da meritocracia é um caminho sem volta,que nos leva a examinar três pilares em nossas decisões e experimentos antes dos primeiros passos.
– Que tal compartilharmos nossas experiências?
Passado Memória e História
Presente Educação Física e Esporte Escolar
Futuro EaD e Curso Presencial
Praia de Icaraí, Niterói (RJ): 400 crianças no Procrie. Ilustração: Beto Pimentel.
Conclusão
Esta a nossa oferta – um Projeto Educativo Nacional –cujas linhas mestrasestão já delineadas no Prezi. Pretende-se discutir e realizar práticas com novas perspectivas metodológicas, descortinando horizontes para a excelência em Educação.
Convidamos VOCÊ, PROFESSOR, a dar o Grande Salto para o séc. XXI!
Vimos promovendo propostas de ensino à distância para professores lotados em escolas, especialmente públicas, aquelas que sabemos reúnem as maiores dificuldades para um ensino adequado. Todavia, já dissemos diversas vezes, o distanciamento nos impede de estar presente, bem próximo ao professorado e mostrar-lhes na PRÁTICA como produzimos as aulas e damos sequência a um programa perene. Enquanto lutamos para conseguir esse apoio, mostraremos nossa mais nova experiência pedagógica. Ressalte-se que existem inúmeras dificuldades em qualquer educandário, uns mais, outros menos. Ocorre que isto não nos abate e, ao contrário, nos instiga a descortinar soluções originais e criativas. Como se diz: “Cada caso é um caso”. Convido-os a embarcar nessa aventura de vida!
Aprendendo a Ensinar – Importância do Bom Ensino – Ensinar ou Treinar? – Como Surgem os Talentos? Seria por Acaso? – Originalidade e Liberdade – Experiência em Trabalhos Ativos – Soluções Criativas – Pensar e Empreender – Cursos e Aulas Práticas.
Aprendendo a Ensinar
Em 22 de fevereiro de 2010, publicamos o artigo Originalidade e Criatividade (nº 69, Sumário) ao qual nos reportamos agora para acentuar o valor do conhecimento e as experiências que realizamos ao longo da vida na busca de melhores informações e, por conseguinte, melhores saberes. A prática, quando observada sob olhar pedagógico, ensina-nos a promover comportamentos mais adequados em indivíduos sob nossa tutela momentânea. Como se tratam de momentos passageiros é imprescindível não desperdiçarmos tempo e aplicarmos o quanto antes boas técnicas de ensino. Tenho certeza de que os instruendos jamais se esquecerão de um bom professor. Quem tiver dúvidas, pergunte a qualquer pessoa – homem ou mulher – como foi o seu ensino de voleibol em toda a sua vida escolar. E acrescento, desde a época de seus avós!
Importância do Bom Ensino
Falando de três gerações – avós, pais e filhos – vem-me à lembrança a frase cunhada pelo Prof. José Pacheco em seu grito de alerta sobre a Educação no Brasil: Temos escolas no séc. XIX, professores no XX, e estudantes no XXI! Uma vez que o sistema acadêmico não revê seus currículos de antão, como levar um professor recém egresso da faculdade a se interessar por detalhes metodológicos e pedagógicos ainda imperceptíveis em seu cérebro? Essa é a nossa cruzada em favor do aprimoramento do ensino pedagógico nas faculdades, há muito se revelando insuficiente. Pior situação se encontram os treinadores atuando em clubes, uma vez que muitos não possuem o curso de educação física, mas tão somente uma breve prática esportiva, o suficiente para que obtenham um certificado das federações de vôlei para exercerem a profissão. Pior ainda a maioria que começa seu ciclo de treinador nas categorias de base lidando com crianças e adolescentes. Sua metodologia e pedagogia estão calcadas no que aprenderam (sic), i.e., NADA! Tornam-se repetidores do treinamento que assimilaram quando atletas, e por isto, copiadores de exercícios produzindo novos autômatos, uma vez que empregam o método que os psicólogos denominam ADESTRAMENTO. Alguém acha que um recém-formado, ou mesmo um calejado professor ou treinador vá se interessar em fazer um curso de Pedagogia, ou mesmo, ler sobre o assunto?
Como pode alguém exigir de outrem aquilo que não sabe?
Aulas para 400 crianças, Praia de Icaraí, Niterói. Ilustração: Beto.
Assisti há pouco pela Tv uma partida de voleibol feminino (profissional) válida pelo campeonato da cidade de São Paulo em que destaco a atuação do treinador de uma delas, a mais fraca tecnicamente. Guardadas as devidas proporções, sua conduta frente às comandadas deixou muito a desejar no quesito ENSINO. Sua linguagem traduzia completo despreparo em pedagogia e em como despertar as atletas para se motivarem para o jogo, uma vez que os erros se avolumavam continuadamente. Cada vez me convenço mais do que sempre disse: “Ao ver uma equipe atuando percebo como é treinada”. Diante das câmeras e microfones nos intervalos das partidas dá para se perceber a medida certa que um treinador deve exercer sobre o grupo em sua linguagem, gestos, expressões faciais. Tudo deve ser considerado para dar uma justa medida sobre sua capacidade de liderança e técnica. A partir daí, o observador mais atento poderá concluir com mais acerto como são adestradas as atletas. Raríssimos são os que sabem orquestrar um grupo que se comporte com autonomia, criatividade e originalidade; ao contrário, são repetitivos e dependentes de instruções milagrosas. Poucas se apercebem do que ocorre durante uma partida, pois têm funções definidas, ditadas por um figurino que não admite que se pense de forma contrária, ou ainda, de forma perigosamente mais inteligente. Se atletas já adultas se conformam com esse estado de coisas é porque foram treinadas dessa forma desde sua base e, além disso, o dinheiro fala mais alto. Contudo, o que ocorreria com as mesmas atletas se lhes fossem dadas oportunidades de crescimento mental mais digno e eficiente? Os treinadores poderiam até ser os mesmos, mas sugerimos ao leitor que pense como o MÉTODO de ensino tem a haver com o futuro dos indivíduos. Poderíamos até propor (já fizemos um teste ainda que precário) em que opusemos equipes de adolescentes treinadas com metodologias diversas. Uma com o método tradicional, aplicada em nossos clubes e copiada das equipes principais; e outra, com a nova metodologia que estamos propondo há muito – Aprender Brincando e Jogando. O que acham que aconteceu?
Praia de Icaraí, Niterói (1992). Curso para 300 crianças.
Publicamos no Procrie alguns artigos sobre o assunto em que Daniel Coyle, no livro O código do talento responde à questão: “Por que ilustres desconhecidos de repente tornam-se famosos em suas especialidades”? A partir de suas observações pelo mundo, desenvolve uma teoria que chamou de treinamento profundo. Coyle observou que existe um padrão, uma regularidade na percepção do próprio talento por seu detentor que a torna característica do processo de aquisição de habilidade. Daí vem importante questionamento:
Qual a natureza desse processo capaz de gerar duas realidades tão díspares?
Como esses indivíduos, que parecem ser iguais a nós, de repente se tornam talentosos, embora não tenham consciência disso, ignorando a verdadeira dimensão desse talento?
(reprodução de experiência laboratorial em colégio de Niterói, RJ)
“No final da década de 70 sugerimos à coordenação do colégio a implantação do mini voleibol no recreio e horas vagas de seus alunos. Foram instaladas treze mini quadras (12 m x 5 m) que permaneceram até nossos dias, sempre disponíveis para a prática livre, fora do horário de aula e sem a presença de qualquer professor. Após breve período de adaptação com a novidade e a consequente aceitação, a coordenação de educação física houve por bem definir a disponibilidade dos campos por séries de forma a atender a demanda democraticamente. Mais adiante lhes foi sugerido organizarem torneios, que se tornaram um acontecimento inédito. E, principalmente, sem a participação dos docentes. Regras, tabelas de jogos, tudo orquestrado pelos alunos. Promovemos também uma reportagem inédita com a TV-Educativa no intuito de divulgar a metodologia e suas inerentes vantagens. Foi vinculada para todo o País. Com o passar do tempo registrou-se um fato concreto comentado pelo experiente professor das equipes de voleibol do educandário: A partir da instalação dos pequenos campos os candidatos a integrarem nossas equipes já chegam jogando voleibol”. E hoje acrescento: um daqueles meninos chegou a ser campeão mundial de voleibol infanto juvenil. Atualmente, milita como auxiliar técnico em equipe da Super Liga. Trata-se do Leozinho, o Leonardo, jovem amigo de longa data. Indaguem a ele quem o ensinou a jogar voleibol? Teria sido aquele seu professor colegial ou se trata de autodidatismo? Outras experiências foram realizadas, destacando-se a do Morro do Cantagalo onde agregamos indivíduos das comunidades de um Ciep (escola municipal) e de outros morros da Zona Sul do Rio de Janeiro. Poderão tomar conhecimento nas três postagens (nº 6, 7, 8) sob o mesmo título: Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizagem.
Experiência em Trabalhos Ativos
Crianças aprendem a jogar sozinhas. Ilustração: Beto.
“Nosso conhecimento acerca de qualquer assunto consiste em informação e saber. O saber é a habilidade para usar a informação. Claro que não existe saber sem pensamento independente, originalidade e criatividade. Todos concordamos que, em pedagogia, o saber é mais importante, ou melhor, é muito mais importante do que possuir a informação. Este saber é a habilidade para construir/reconhecer problemas desafiantes, descobrir princípios/soluções, criticar situações/argumentos, ter alguma fluência no fazer, reconhecer/distinguir aspectos gerais e reconhecer situações concretas (Pólya). Todos deveriam concordar também que no ensino de jovens desportistas se devessem fornecer aos alunos independência, originalidade e criatividade. E, no entanto, quase ninguém pede que o professor de educação física ou o treinador de voleibol possua estas coisas bonitas – não é espantoso? Como, então, chegarmo-nos aos professores, especialmente àqueles não especializados no voleibol”?
Soluções Criativas
Aulas inclusivas; todos participam. Ilustração: Beto.
Essas são formas de como solucionar dificuldades para aplicação do ensino de um desporto – despertar o interesse e disponibilizar instalações e equipamento – a baixo custo. Basta ao professor, mesmo o generalista, que indique aos seus alunos alguns dispositivos básicos – um deles, como organizar um torneio – para que adquiram a capacidade de se desenvolverem por conta própria. Quer tentar fazer igual na sua escola? É bastante fácil e uma das missões do Procrie.
Alunos se divertem no Recreio. Foto: Roberto Pimentel.
Uma sugestão é adotar o sistema empregado no mini voleibol com a construção das mini quadras. Normalmente, a quadra de um colégio pode conter 4-5 quadrinhas de 12 m x 5 m se as redes (5 m) forem dispostas no sentido longitudinal, i.e., de tabela (basquete) á tabela (ou balizas). As redes podem ser compradas diretamente na fábrica (B. Horizonte, MG) pela internet (site de buscas). Mais detalhes sobre equipamento, bolas, poderão ver na Categoria Mini Vôlei deste Procrie. A seguir, como dispor as alunas para a realização de exercícios e pequenos jogos. Esta é uma tarefa que venho propondo há anos. Trata-se de um Curso com aulas práticas que conduz o professor a descortinar formas e exercícios segundo sua criatividade. Isto é, leva-se o docente a compreender que não deve copiar nada, mas entender o processo e a pensar por conta própria. Em resumo, liberto-o da escravatura pedagógica a que está submetido desde os bancos escolares e pela ausência do ensino de Pedagogia nas faculdades e cursos de formação de treinadores das federações.
Cursos e Aulas Práticas (desnecessárias apostilas)
Como devem ter observado, o texto está bastante extenso e repleto de remissões a outros tantos. Recomendo aos interessados não ter pressa, e retornarem sempre que possível, pois esta é uma tentativa nossa de agrupar artigos pertinentes a um mesmo assunto, enquadrando a matéria. Tenho certeza de que dificilmente encontrarão algo similar na literatura. Além disso, não está explícita a dinâmica das aulas empreendidas pelo Autor em suas demonstrações ou Cursos. Não me furto a realizá-los em qualquer parte do País e para tal disponibilizo todo material específico, exceto as bolas. Contribuindo para a erradicação de impactos ambientais, os Cursos são eminentemente práticos, sem adição de Apostilas. Como milhares já constataram o Procrie está receptivo àqueles que se aproximarem com intenções de evoluir na arte de Aprender a Ensinar. Como Educar requer constantes pesquisas, embarquemos todos nós nessa verdadeira cruzada evolucionista. Venha e abrace a causa. Não fique de fora, pois já somos muitos! Não deixem de visitar nosso Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol, incluso um Projeto Pedagógico. Está à sua disposição no sítio exclusivamente educacional PREZI no linque http://www.procrie.com.br/procrienoprezi/. Aos mais resolutos, oferecemos a bibliografia consultada nesse sítio. Por último, acompanhem-nos nos artigos a serem postados aqui relatando nossas atividades com o grupo de estudantes a que nos referimos dando conta de observações pedagógicas e, especialmente, os Comentários das participantes.
Espero que gostem! Boas leituras…
Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".