Altas e Baixinhas, os Altos e Baixos da Seleção

Camila Brait. Fivb/Divulgação. Thaísa em ação. Fivb/Divulgação.

No século XX, dizia-se que voleibol era “para gente grande”. E “jogo para mulheres”! Parece que neste novo século a expressão perdeu sua validade. Você, o que acha?


 

Jogo é jogo; treino é treino

Renomados técnicos afirmam que os treinos devem refletir as situações de jogo, ou pelo menos se aproximar delas. E da sabedoria oriental, é nas derrotas que se aprende. Ao que parece, pode-se acrescentar que também nas vitórias devemos tirar lições preciosas, desde que aprendamos a olhar com olhos de ver.

Thaísa na frente, Camila Brait atrás

Estive lendo o comentário no UOL dessa data, de Bruno Voloch, em que destaco alguns trechos interessantes:

  • Thaísa mais uma vez brilhou. Thaísa novamente decidiu. Apareceu no terceiro set e resolveu. Não chega a ser nenhuma novidade, mas dessa vez a central brasileira se superou justamente por ter feito dois sets em tese quase sem pontuar. A jogadora foi decisiva a partir da metade do jogo no ataque e no bloqueio, marcou 23 pontos e foi a grande responsável pela virada da seleção diante dos Estados Unidos. Foi um ótimo teste para o Brasil que se viu em dificuldades em vários momentos do jogo.
  • A seleção mostrou poder de reação e contou com a ótima partida de Camila Brait no fundo. Segura no passe e perfeita na defesa.
  • Jaqueline sofreu com o bloqueio dos Estados Unidos. Garay idem.
  • Natália jogou boa parte do segundo set e foi mal.

Aprendendo com a vitória

Ainda que vencedoras as garotas brasileiras poderão se ilustrar para seu aprimoramento coletivo. Não assisti à partida, mas pelo breve relato do jornalista, dá para conjecturar a importância e cuidados nos treinamentos para que sejam evitados exemplos da natureza. Ou seja, uma equipe bicampeã olímpica depender em determinados momentos da atuação de uma ou duas atletas. Depreendo que, em não havendo boa recepção – coloca a central em ação –, o Brasil não pode contar com Thaísa, atualmente sua melhor atacante. Conforme descrito, somente a partir da “metade do jogo, e responsável pela virada…”. Em tais circunstâncias, entra em campo a “mão do técnico”. Há pouco observamos algo similar quando da participação brasileira masculina na Liga Mundial. Após derrotas para a excelente equipe do Irã, foi aventada a hipótese de não classificação para as finais com a expressão/título “Bernardinho perdeu a mão” (7/6/2014). Em outra ocasião, em jogo contra a Rússia (feminino), em que vencíamos o set por 14 x 11, conseguimos perder inclusive uma medalha. Pode-se concluir que presumidamente, o técnico americano instruiu suas atletas a utilizar saques táticos de forma a “anular” a possibilidade de ataque da principal adversária. Não havendo ataque pelo meio de rede, a ponteira (bola se segurança) passa a ser o alvo único das bloqueadoras: Jaqueline sofreu com o bloqueio dos Estados Unidos. Garay idem. Todavia, muito embora não seja da responsabilidade do blogueiro, não foi mencionado o fato que causou tamanha alteração na partida. Presume-se, então, que houve acerto brasileiro na recepção dos saques. E mais importante: “o que teria acontecido para essa melhora”?

Fatores emocionais

Como em qualquer equipe, masculina ou feminina, fatores emocionais são passíveis de modificar o conjunto de forma imponderável. Nessas circunstâncias, atletas que estão “em quadra” podem não corresponder ao que normalmente produzem e comprometerem o time. Assim, ter o “time na mão”, significa poder alterar o rumo de uma partida com alterações pontuais, tanto táticas como por substituição de uma ou mais peças do tabuleiro que, nem sempre, surgem o efeito desejado, como no caso de Natália. É bem possível que, ao entrar na quadra a equipe brasileira só precisava de uma vitória para assegurar sua classificação para as finais do Grand Prix. Este é um fator que contribuí para o estado de ânimo das jogadoras. Acrescentem-se as providências táticas promovidas pelo treinador adversário e está formado um quadro de “surpresa” para o que vai acontecer nos primeiros sets da partida. Recuperadas, tiveram tempo e competência para transformar uma derrota iminente em vitória suada e merecida.

Como treinar?

No alto nível algumas seleções disputam em igualdade de condições: os detalhes fazem a diferença!

Certamente que a experiência vivida há de produzir ensinamentos transformadores em cada um dos personagens envolvidos. De um lado e do outro. Tomara que a comissão técnica esteja sempre atenta a tais fatores e reproduza em seus ensaios futuras condições de aprimoramento transformadoras. Parabéns a elas e à comissão técnica, não tanto pela vitória, mas pelos ensinamentos incorporados à personalidade de cada indivíduo.

Leia mais… Aprendendo com as Derrotas: Métodos de Ensino; Lições do Mundial, Saque Tático

 

Post Script

Atleta RUSSA GAMOVA EXULTA PELO TÍTULO
Atleta russa Gamova exulta pelo título.

Aprendam a usar o saque!

Aguarda-se um possível encontro entre as seleções do Brasil e da Rússia, com a provável inclusão da carismática Ekaterina Gamova, que se aposentara e teve anunciado seu retorno. Trata-se de uma atleta que desequilibra qualquer partida dado o seu poderio de ataque. Nos jogos que assisti pela TV, não percebi qualquer providência tática em relação aos saques que pudessem oferecer qualquer problema à equipe russa em anulá-la, tal como fizeram as americanas com a Thaísa. Percebe-se uma uniformização no saque, i.e., todas com o mesmo tipo de saque, o que em pouco tempo será absorvido pelas adversárias. Somos adeptos por múltiplas variações individuais a serem empregadas principalmente em determinados momentos da partida. Pode ter sido  o erro da equipe americana: as brasileiras como que absorveram, ou seja, conseguiram um antídoto para superar a deficiência na recepção. Como continuaram a sacar da mesma forma, não mais produziu efeito indesejável. Se estivermos certos, tiramos as seguintes conclusões:

  • Saque não deve ser desperdiçado, equivale ao pênalti em futebol… equipe brasileira masculina aprendeu (espera-se) com os iranianos.
  • Atletas devem saber executar com perfeição vários tipos de saque, especialmente táticos… e não simples reposição em jogo.

Deixo as indagações…

– O que estariam as brasileiras preparando para esse enfrentamento?

– Será que conseguirão anular a extraordinária Gamova?

Leia mais…  XV Campeonato Mundial Feminino – Gamova

O Que um Professor Pode Ensinar a um Técnico?

Desenho 0 Ginásio 

Parece que sabemos todos o que fazer.

O problema é colocar em prática.

 

 

Identificando e Buscando Soluções  (parte II)

 – Por que técnicos não transmitem aos professores suas experiências acumuladas em seu trabalho? 

– Não estaria embutida aqui uma ideia maravilhosa: o que o professor pode ensinar ao técnico?

 

Design thinking – Design instrucional – Engenharia pedagógica – Ingénierie pédagogique.

 

Técnico, Treinador, Professor(a)

– Que importância adquirem no ensino?

– Importância da participação de professoras.

Há pouco postamos artigo sobre o tema O que um Técnico Pode Ensinar a um Professor? Em que oferecemos debater o assunto de forma cordata, nada competitiva. Ali expusemos um exemplo do  valor relativo dessa contribuição dada a disparidade (ainda) dos valores pedagógicos a serem almejados. O alto nível está muito distante da base, sendo determinante a busca de outros passos a serem percorridos.

Para os menos sensíveis à questão da Formação esportiva, basta acompanhar o noticiário da imprensa sobre nossas possibilidades nos jogos olímpicos/2016. Percebam que não é injetando dinheiro que se produz uma geração de atletas, há algo mais em que se pensar com objetividade e conhecimento. Como propalam bons educadores, não é o salário que torna um professor bom ou mau em sua tarefa de ensino. Lembro que em algum dos artigos já postados apontamos uma realidade conhecida no meio esportivo: “Há bons treinadores (técnicos) para dirigir uma equipe; outros, para treiná-las (treinador). Difícil é acumular”! Mas, e nas escolas? Quem deve despertar o interesse dos jovens  na prática esportiva?

Como seria o diálogo, por enquanto impossível no Brasil, entre os grandes intérpretes e influenciadores dos interesses de um indivíduo: o técnico de seleção e o professor escolar, incluída a PROFESSORA? É notória a distância que os separa no cenário nacional, ainda que muitos reconheçam a necessidade de mudanças e a implantação de uma política de incentivo à Formação para qualquer desporto. Rios de dinheiro escoaram pelos ralos da incompetência e corrupção ao longo dos tempos e, enquanto políticos ou agentes desportivos defendem seus interesses, o espectro de que algum dia possamos  divisar luz no final do túnel muitas gerações estarão condenadas ao ostracismo desportivo. Vejamos como exemplo um caso em competição internacional.

A seleção de voleibol masculina andou declinando na primeira fase da Liga Mundial recentemente concluída. Ao final, recuperaram-se e conquistaram um segundo lugar honroso. Mas naqueles momentos duvidosos de classificação, as previsões eram pessimistas e ainda persistem, a clamar por renovação, a inclusão de um cubano que atua no Cruzeiro, falta de patrocinadores, equipes que se desfazem, a Liga Nacional não é a mesma, etc. Como pode o técnico constituir e tornar uma equipe campeã se existem fatores contrários à renovação de valores? E ainda: em que condições desenvolvem seu trabalho e se há algum instrumento confiável de avaliação de seu desempenho? Não se criam possibilidades de estudos/pesquisas para divulgação e acompanhamento científico. Até onde sabemos, apenas um relatório, logo engavetado. Talvez pudessem parar de se queixar de que “não têm tempo para treinar este ou aquele jogador com alguma deficiência”. Ou mesmo, que nenhum treinador se apresentava para acompanhar os treinamentos das seleções.

Os dirigentes da CBV tinham um critério na indicação dos técnicos principais das seleções: a confiabilidade pessoal de seu presidente. O período seria “olímpico”, coincidindo com os quatro anos entre os Jogos, salvo algum acidente de percurso como ocorrido  nas dispensas de Ênio Figueiredo (feminina, 1984) e posteriormente, na masculina como o coreano Sohn (1988). Atualmente, é de fácil conclusão que a eficiência – conquista de medalha – fala mais alto.

O treinador

Do dicionário extraímos os sinônimos: catedrático, docente, doutor, educador, instrutor, lente, mentor, mestre. Na prática, parece haver um consenso de hierarquia advindo de suas funções em uma equipe. Estaria logo a seguir do técnico e seu auxiliar mais direto, por isto denominado “auxiliar-técnico”. Todos eles, inclusive o técnico, podem ou não ser um professor de Educação Física. A prerrogativa principal é o diploma conferido pela entidade oficial do país de “técnico internacional”.

MiniSG3O Professor… e a Professora

Talvez fosse bem melhor para o esporte nacional, que eles ouvissem os professores de Educação Física e, principalmente, suas dificuldades em fazer Esporte Escolar. E não dizer-lhes que nada entendem, pois “não são do ramo”. Este fato parece não se constituir problema para a Rússia, uma vez que por lá existem milhões de praticantes de voleibol que têm sua iniciação ou formação a partir das escolas. Se verdade, creio que devamos volver nossos olhares não para as causas apontadas acima, mas para as crianças, suas escolas e, principalmente, a formação profissional de seus educadores.

Muitos professores ainda acham que o ensino do voleibol é dificultoso, especialmente para crianças. Alegam dificuldades motoras, além das imposições da regra do jogo que impede conduzir (progredir) a bola e deixá-la tocar o solo: o toque deve ser rápido e está limitado a três intervenções por equipe. Outros, que não vale a pena treinar baixinhos, gordinhos, seria perda de tempo. E ainda, bom número de aspirantes à docência já têm um histórico esportivo que os condiciona à especialização precoce em seu magistério e, portanto, quase sempre adotado em suas aulas.

Essa cultura está enraizada desde os primórdios das escolas de Educação Física, talvez pela falta de conhecimento dos primeiros mestres de formação militar. E permanece latente no ambiente universitário, haja vista a oferta de oportunidades de emprego e o ambiente restrito do voleibol, especialmente na atualidade com o encerramento das atividades clubistas. Durante muitos anos, e talvez ainda hoje, mestres universitários apregoavam que o voleibol deveria ser ensinado posteriormente ao basquete, e a seguir, o handebol. Todavia, dada a falta de atualização daqueles mestres, o currículo jurássico das universidades, aliados à falta de interesse na melhoria do ensino e dos próprios alunos, estamos estagnados em matéria de Métodos e Pedagogia de ensino. Então, as aulas se resumem a rolar uma bola de futebol para aqueles que querem brincar, e dez voltas no campo para os que se recusam. Enquanto isto, na quadra ao lado, as professoras ensaiam exaustivamente o tradicional jogo de queimada.

– Quais seriam, então, as oportunidades de as crianças aprenderem a jogar voleibol?

Essas e outras experiências contribuíram sobremaneira para alicerçar uma vocação que estava latente há muito. Com a aposentadoria das quadras, demos início a estudos sobre a Psicologia Pedagógica, Metodologia e a execução de projetos em nível nacional. Vejam a seguir como a falta e erros de percepção e planejamento oferecem condições de a história se repetir, isto é, confundirmos ponto de chegada com ponto de partida.

capas dupla história do vôleiEra Nuzman… 1975-1995 (História do Voleibol no Brasil, Roberto A. Pimentel, vol. II, pág. 207-208)

Peças de Reposição – (…) Bebeto apregoava (técnico da seleção, 1984) que o vôlei estava reduzido a uma elite e que isto poderia prejudicar a seleção brasileira nas próximas competições internacionais por falta de opções para o treinador.[…]

Para o então presidente da CBV, Carlos Nuzman, “o problema era mundial, pois nem a União Soviética conseguiu armar uma equipe com mais de uma opção tática. Prova disso é que ainda não havia substituto par ao levantador Zaitsev”. […] A atualização dos técnicos brasileiros aos métodos mais modernos de treinamento e às táticas adotadas pelas principais potências preocupava o dirigente. Ele não sabia explicar a falta de interesse dos treinadores brasileiros pelo trabalho que vinha sendo realizado nas seleções feminina e masculina: “Em oito meses de preparação, apenas dois técnicos, um do Piauí e outro do Ceará, se interessaram pelo trabalho do Ênio e do Bebeto. Nenhum treinador comparecia aos treinos das seleções ou demonstrava qualquer interesse pelo trabalho. Além disso, poucos participaram dos cursos internacionais promovidos pela CBV nos últimos três anos. Isso só prejudica a formação de novos treinadores”. […] Ao que parece, Nuzman não considerava que os treinadores interessados tivessem seus próprios afazeres, seus compromissos profissionais e que nunca houve incentivo da entidade em promover este particular; pelo contrário, percebia-se certo desprezo, desconforto ou má vontade em atender possíveis candidatos.

Até hoje nota-se uma rivalidade e uma “hierarquia” no ambiente do voleibol, gravados por um pretenso “saber maior” pelo fato de ter participado da equipe técnica de uma seleção brasileira. A tal ponto chegamos que, no primeiro curso para técnicos de voleibol de praia, um dos professores, que fora auxiliar técnico de seleção, dizia a um dos seus alunos, muito perguntador e crítico, que se aquietasse e deixasse de questionar tanto, pois “não era do ramo”, numa nítida posição de insegurança e prepotência, ambas as filhas do regime militar que aturamos por longos anos.[…]

O dirigente considerava-se “dono da verdade”, a ditar regras, esquecendo-se de que talvez tivesse pessoas ao seu redor para instruí-lo a respeito do assunto. Ou então, centralizador e ditatorial, menosprezasse qualquer alternativa contrária. E estamos à vontade para dizer isto, uma vez que, em 1984, convencemo-lo a dar início a um trabalho de renovação pela Base, com a construção de um Núcleo de Referência na AABB-Rio, que se irradiaria pelo país. Infelizmente foi abortado por ação de um conselheiro mais próximo.

Ora, se a FIVB se preocupava desde 1972 em despertar o interesse de crianças no esporte, tendo realizado inclusive Simpósio Mundial de Mini Voleibol (1975), por que não as suas Filiadas? O mesmo Nuzman, guindado à presidência do COB, continua a exercer sua influência não muito saudável sobre ditames de ordem técnico-pedagógico sobre o Ministério dos Esportes e da Educação, a nos dizer o que fazer em relação ao esporte escolar. Cremos que lhe falta um pouco de humildade e lembrar-se de que muita gente pensa neste país e que os professores escolares não são funcionários do COB. Continua achando que Jogos Escolares resolverão os problemas da Formação de Base. Puro jogo para a mídia e seus “fieis escudeiros” funcionários do COB.

Seria de se esperar que os gestores educativos permitissem e facultassem planejamentos em que os verdadeiros professores poderiam ensinar aos técnicos, invertendo a pirâmide a favor de milhões de indivíduos. Nos em nossa missão, na busca de uma arquitetura pedagógica em favor da Formação de nossos futuros atletas, e principalmente, cidadãos conscientes e íntegros.

Nota: Um dos técnicos de seleção brasileira que nos incentivou e apoiou em determinado momento foi Paulo Roberto de Freitas, o Bebeto, que em sua brilhante passagem na década de 80 pela Bradesco, facilitou o contato com o gerente esportivo da Associação no sentido de apresentar-lhe o projeto que pretendíamos implantar no Rio de Janeiro para a introdução do Mini Voleibol. Infelizmente, não avançou, talvez pela grande perturbação da implantação do profissionalismo no Brasil. Em um segundo momento (1984), o mesmo Bebeto conduziu a seleção a Niterói para uma exibição-treino no ginásio do Canto do Rio em favor da APAE. Um sucesso!
Além deles, dois outros: Paulo Emmanuel da Hora Matta, quando nos convidou a proferir aulas na UERJ em curso de Técnica de Voleibol (1981); e Célio Cordeiro Filho, na Gama Filho e Estácio.

Valor de uma Boa Formação 

Vissoto na defesa atrás do BrunoEm bate-papo informal entre amigos, logo após a missa de sétimo dia mandada rezar em Copacabana em sufrágio da alma de João Carlos da Costa Quaresma (março/2014), dizia-me Bebeto a respeito da Formação de atletas: “Como se pode fazer com que, p.ex., o Vissotto seja pelo menos um defensor regular? Ele jamais se sujeitaria a agachar-se e levar boladas no peito e cara”!  Calei-me em consentimento à afirmativa. Contudo, o leitor que nos acompanha perceberá o valor de um bom ensino a partir da formação inicial. Poderão constatar que não basta formar seleções de infanto juvenis, juvenis, uma vez que se destinam tão somente a vencer as competições internacionais, especializando precocemente os atletas e, muitas vezes, levando-os além de suas forças físicas. Tais competições não exprimem uma estratégica satisfatória, haja vista os resultados quando avaliados custo e benefício. Vejam o exemplo a seguir.

– Atualmente, como treinam as seleções brasileiras de ponta no que se refere ao fundamento defesa?

– Tentamos produzir diálogo com ambos os treinadores das seleções principais, mas nada conseguimos… AINDA, pois não desistiremos!

Em Portugal, p.ex., houve época em que a Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) realizava um programa de visitas regulares a algumas cidades em que implantara o Gira-Volei, equivalente ao nosso Viva-Vôlei, conduzindo também o treinador principal da seleção masculina para entrevistar-se com as crianças e professores. Só configuração para fotos!

Leia mais… Projeto Modelo para Formação de Base em Escolas

 

Aprendendo com as Derrotas: Métodos de Ensino

MiniEuFavBairro INVERTIDA

Parece que sabemos todos o que fazer.

O problema é colocar em prática.

Identificando e Buscando Soluções  (parte I)

Por que perdemos? Onde erramos? Que devemos fazer? Quanto tempo para nos recuperar?

 

Escolas, Universidades, Cursos – Salto no Escuro – Escola – Educação Física nas Universidades –  Ensino a Distância – Centro de Referência em Iniciação.

 

Cremos que é uma pena só pensarmos neste assunto quando nos sentimos derrotados. Mas até nossas leis desportivas contribuem para nos acabrunharmos e nos sentirmos impotentes para alavancar o que quer que seja. O grupo que está no poder tem a tendência de nele permanecer até a morte. A mosca azul está em toda a parte!

Conversaremos sobre as derrotas recentes da Liga Mundial de voleibol e a Copa do Mundo de futebol e suas consequências, ou melhor, os cuidados e providências que se sugerem aos respectivos gestores –  CBV e CBF – em médio e longo prazo para prevenir e alavancar um grande salto quanto aos Métodos de Ensino disseminados pelo país.  No voleibol, desde 1975, sob o “padrão Fivb”, e na CBF, também os cursos rápidos de técnicos em futebol, predominantemente com o aproveitamento de ex-atletas. Testemunharão também o que este Procrie vem propondo em matéria de Ensino Escolar/Clube, inclusive para qualquer desporto. A conhecida e propalada Formação de Base.

Postulamos há muito (1976 e 1984) que a CBV formatasse um Centro de Referência em Iniciação Esportiva no Rio de Janeiro, com a finalidade de pesquisar metodologias modernas na Formação de atletas e, a seguir, divulgar para outros Estados (Núcleos) ensaios e conquistas aplicáveis a cada realidade, especialmente nas escolas públicas brasileiras. Atualmente, torna-se mais fácil pelas ferramentas da Internet. (Ver diversos artigos sobre Mini Vôlei sob o título Aprender a Ensinar e a História do Mini Vôlei no Brasil). Infelizmente, um dos assessores diretos da presidência vetou o projeto, tendo convencido o Nuzman em recuar do acordo que havíamos firmado verbalmente. Compreendamos também que os problemas são similares, independentemente do desporto a que se refira. Talvez a maior diferença esteja no montante de recursos envolvidos, o que é preocupante para todos. Como gerir uma montanha de dinheiro em favor de tantos?

Este artigo enfrenta o problema no qual pretendemos debater para a construção de ideias que nos indicarão os caminhos a percorrer no futuro, lembrando aos leitores que na gênesis do Procrie está assinalada nossa opção de criação de Núcleos de Referência em Iniciação Esportiva com ensinamentos aplicáveis a quaisquer esportes. E dissemos, que elegemos o voleibol como modelo, uma vez que fomos praticantes e técnico da modalidade. E não menos importante, interessados e pesquisadores da Arte de Ensinar, a partir do momento – 1974 – em que descortinamos uma metodologia de ensino do Mini Voleibol no Brasil. Há quatro anos vimos produzindo artigos nunca perdendo de vista nossa Missão de coorientadores em sua difícil obra educacional.

Como Surgem os Talentos, Seria por Acaso? – Como se Adquire Habilidade? – Como Treinar? – Cuidados nos Exercícios – Design Thinking – O Circuito do Ensino.

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Lições…

Preliminarmente, devemos esclarecer que as Confederações devem entre outros fins, administrardirigir, controlar, difundir e incentivar em todo o país a prática do voleibol em todos os níveis, inclusive o voleibol praticado por portadores de deficiências. Assim, como o esporte competitivo está dissociado do esporte recreativo, a quem caberia incentivar este último, até então esquecido solenemente? Seriam as Federações? A par de tudo, nota-se há algum tempo as ingerências nocivas do COB no gerenciamento das políticas esportivas (sic) no país, especialmente em nível colegial.

Talvez a única tentativa em voleibol relativa a problemas crônicos na Formação foi a que fizemos através da introdução do Mini Vôlei no Brasil (1974), atualmente aproveitada como fonte de recursos pela entidade, na forma de franquias – Viva Vôlei – ou patrocinadores particulares. Quanto à seleção, a competente comissão técnica deve estar procedendo a tais indagações, inclusive à luz de estatísticas e vídeos, pois o Bernardo é bastante inteligente e competente. Creio não ser preciso alertar à CBV sobre a visão de seu próprio trabalho, com certeza embutido no planejamento sobre a produção das peças de reposição e, muito mais importante, os Métodos empregados no Brasil, cuja responsabilidade atual parece ainda ser do Conselho de Treinadores.

Note-se que ele é presidido e conduzido por um único homem guindado ao posto por Carlos Arthur Nuzman desde sua posse na entidade há 39 anos. Todos os Cursos de Treinadores da CBV estão sob sua responsabilidade. Diga-se de passagem, o presidente do Conselho não participa ou opina sobre as seleções; ao que nos disse não é remunerado e que se atém exclusivamente aos cursos e relacionamento com o congênere da Fivb. Também o Setor de Seleções abdica de ingerência técnica, apenas administrativa.

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Do noticiário extraímos recentemente algumas opiniões alarmistas que poderão nos guiar na forma de pensar o problema (design thinking) e encontrar soluções. Vejamos algumas e após sua leitura, esperamos que VOCÊ participe com seus comentários.

1. Bernardinho perdeu a mão (… será?)

Bruno Voloch, no UOL, 7/jun./2014. “Era o que faltava. Perder para o Irã por 3 a 0 e dentro de casa. Se existia alguma dúvida, não existe mais. A seleção masculina está em crise, perdeu a confiança, não é mais respeitada e dá sinais de estar sem comando. Bernardinho assume a responsabilidade pelo fracasso, se desculpa e fala em frustração. Bruno diz que falta atitude, postura e cobra reação. Discursos fortes, corajosos”.

Procrie… No voleibolês da década de 60 já se dizia: Há técnicos que sabem dirigir uma equipe, têm estrela, e outros que sabem treinar seus atletas; difícil é acumular. Em alguns momentos da partida, a insistência (do técnico) em mostrar a um dos atletas como fazer um bloqueio, defender ou recepcionar, somente atestava a inoperância ou dos treinamentos – que não produziram resultados – ou a falta de qualidade técnica da maioria do que ali estavam. Em suma, ao dize-me com quem andas e te direi quem és, ajusta-se também ao voleibol: dize-me como treinas e te direi como jogas.

Procrie… UFA!!! Recuperação e surpresas. No dia 17 de julho a seleção masculina de vôlei teve uma espetacular vitória ao derrotar a Rússia (3 x 2) pela fase semifinal da Liga Mundial em Florença, Itália. Parabéns aos atletas e à comissão técnica. No dia seguinte, os brasileiros foram derrotados pelos iranianos (4ª vez, 1 x 3). Surpresas: os russos foram desclassificados para a próxima fase, brasileiros em segundo e iranianos em primeiro lugar da chave. A seguir, brasileiros e italianos se confrontaram, com vitória insofismável brasileira, credenciando para a grande final. Com a derrota dos iranianos para a equipe americana, aguarda-se um sensacional jogo hoje, domingo (20/jul./2014). Aconteceu a partida e os Estados Unidos venceram por 3 x 1. Conclusão: a renovação pretendida pelo técnico parece estar no caminho certo, esperando-se que a comissão técnica também esteja aprendendo com os erros. E, agora, “Como Treinar?” para enfrentarmos a maratona de jogos no próximo Mundial?

Notas colhidas de alguns integrantes da equipe brasileira após a partida final:

  • Precisamos fazer algo diferente, seja melhorar individual ou taticamente.
  • É encaixar, alguém jogar um pouco acima da média.
  • Vamos estudar, avaliar e fazer algo (técnico).
  • Precisamos jogar em nível melhor porque vai ser mais difícil no Mundial.
  • Se tiver que melhorar a concentração, vamos lá; se for parte física, vamos lá. 

Velho Problema, Formação Básica

O “vamos lá, vamos lá”, ouvido a todo instante durante as partidas parece não levar a lugar algum. Soa como destempero e consequente ausência de apresentar solução a problemas ocasionais latentes que a equipe não consegue resolver sem ajuda de fora. Esta deve ser a interferência ocasional do seu condutor técnico.

De longa data técnicos de seleções brasileiras em qualquer modalidade queixam-se (nas derrotas) de que não têm tempo para treinar taticamente suas equipes e que muitos atletas não possuem uma formação técnica básica nos fundamentos. Assim, haja improvisações, criatividade e, mais do que tudo, “sorte”. Além, é claro, de jogar com o Regulamento. Como registramos no início, “Todos sabemos o que fazer; o problema é colocar em prática”!

Será que já é o momento de voltarmos nossos olhos para a preparação BÁSICA de nossos pequenos atletas? E, principalmente, para os seus PROFESSORES, os facilitadores do aprendizado? Que importância damos aos condutores das escolinhas? E ainda mais grave, que Formação Pedagógica possuem? Como são formados e avaliados esses profissionais do Ensino?

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2. Essas circunstâncias podem ser transportadas quando o assunto é futebol?

Continuemos nossa conversa tentando obter subsídios dos problemas que impedem a construção de um projeto de Formação de Base e em que consiste nossa proposta de atuação. Vejamos então o que nos fala um dos mais experientes técnicos de futebol no Brasil, o Professor Carlos Alberto Parreira, em entrevista a ESPN publicada pelo UOL em 15/jul./2014, logo após sua saída de coordenador técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo.

Problema da seleção: clubes formadores – Acho que deveriam olhar o que foi feito, o planejamento. O que se poderia pensar para o futuro é ser mais abrangente com as federações internacionais. Sou a favor de fazer cursos fora do país. Precisamos que os clubes invistam nas divisões de base e temos que formar em casa os jogadores.

Formação de treinadores – Até já começou a melhorar essa formação, mas ainda é pequena. Os europeus fazem isso há mais de 20 anos. A Alemanha tem mais de 20 centros formadores espalhados pelo país e os treinadores trabalham no mais alto nível. Isso tem de ser feito a médio e longo prazo, de cinco a dez anos. O Fernandinho (jogador da seleção) disse: “os jogadores estão sendo formados no exterior; são brasileiros, mas a formação é europeia”.

Prevendo a entressafra – Fica muito claro que não é fácil ganhar a Copa e que qualquer equipe pode passar por uma entressafra. Temos que fazer como os alemães que se preparam há dez anos, e não interromper um trabalho a cada um ou dois anos. Isso faz parte constante do aprendizado. Temos que fazer o que sempre fizemos e incrementar o trabalho de divisões de base, revelar jogadores de alto nível. As qualidades com escolinhas, treinadores (e gestores).

A CBF não é formadora de jogadores – É o clube quem forma. Ela organiza as equipes para disputar competições sub 17, sub 20 e profissional. A CBF tem que incentivar os clubes.

A Alemanha – É um time formado há dez anos, com mais de 120 jogos, que vem sendo preparado. Joachim Low nunca tinha feito uma final e foi o primeiro título dele em dez anos. É questão de trabalho, intercâmbio. A sequência de trabalho e a continuidade são importantes.

Legado – Essa seleção deixou um legado intangível. Há muitos anos eu não vejo esse Brasil em torno de um objetivo, como o torcedor se uniu com essa seleção. Essa geração que apoiou, vai continuar a apoiar por mais três, quatro Copas. Os jogadores tiveram essa mensagem. O sonho não termina, ele foi interrompido. O trabalho começa daqui um mês e meio.

Técnico estrangeiro – Acho que não há necessidade de estrangeiro em qualquer seleção grande. Não sou contra a ideia, acho difícil implementar o trabalho com um estrangeiro. Pode ter palestras, intercâmbio. Grandes seleções têm que ser treinadas por técnicos locais.

Palestras e cursos – É importante os treinadores irem ao exterior para palestras e cursos. Promover esses fóruns, esse intercâmbio, é favorável a todos.

Qual seleção propôs algo novo taticamente? Para mim, a Alemanha não apresentou algo novo, mas um futebol com quatro, cinco craques em prol da equipe, experientes, entrosados, sabiam resolver os problemas. Não apresentaram nada de novo, mas eu gostei de ver.

3. Gestão desportiva… na CBF

Ainda a propósito do pós-Copa, encontramos uma opinião em Minas Gerais, Trata-se de Gestão (no caso, má gestão). O advogado Marcelo Luiz Pereira, pós graduando em Direito Desportivo e Negócios no Esporte, afirmou no sítio do CEV (16.7.2014):

(…) “Reitero, salvo melhor juízo, Gestão é a palavra chave, independentemente dos subsídios e vantagens concedidas aos clubes. Vou além, interessante que esta mudança se inicie na própria CBF, notório modelo fracassado de Gestão do Futebol e um verdadeiro sucesso no aspecto financeiro daquela instituição (lucros exorbitantes nos últimos anos). Por que será? Importante pensarmos e atuarmos juntos”.

4.  Blog do João Freire

O caso do futebol brasileiro (2ª parte), 17/jul./2014.

Eis a opinião de um dos mais respeitados professores de Educação Física do Brasil a respeito do ensino do futebol.

“De meu ponto de vista, essa história explica-se da seguinte maneira: a reinvenção do futebol à brasileira deu-se à revelia da educação física. Nossos jogadores foram forjados nos campos de várzea, nos pequenos espaços de areia, terra ou grama que grassavam pelo Brasil afora. Nossos jovens não aprenderam sozinhos, não foi uma mágica; aprenderam porque havia uma pedagogia, que eu chamo de pedagogia de rua, uma pedagogia popular, uma verdadeira escola em que crianças aprendiam com crianças e com os mais velhos, os jovens aprendiam a jogar jogando. Uma pedagogia tão sábia que ensinou que o melhor jogador era o que melhor sabia jogar, isto é, o que era mais lúdico – Garrincha como exemplo maior. Nosso professor de futebol não foi nenhum sistema sofisticado de educação física. Foi exatamente porque não foi a educação física, repito, branca e europeia, a nos ensinar o futebol que pudemos praticá-lo de um jeito só nosso”.

Procrie… Como ressalva ao texto acima, lembramos a pequena divergência entre o que postulavam Vygotsky e Piaget, suficiente para transformar uma metodologia a empregar no Ensino: construtivismo ou andaimização? (Leia mais… ) A par de tais discussões, acrescentem-se os conceitos metodológicos de treinamento profundo – teoria mielínica – alardeados pelo jornalista americano Daniel Coyle, conjugados a resultados de estudos na área da Neurociência. O que hoje a Neurociência defende sobre o processo de aprendizagem se assemelha ao que os teóricos mostravam por diferentes caminhos. Vimos buscando igualmente estender para outros desportos a concepção de um ensino com criatividade e imaginação, propondo Metodologia calcada no Aprender Brincando, Aprender Jogando, advinda dos ensinamentos de Gerhard Dürrwächter, professor alemão com quem convivemos em Ronneby, Suécia, em 1975, por ocasião do I Simpósio Mundial de Mini Voleibol (Fivb).

Leia mais… Procrie na Alemanha VOLLEY-BALL, SPIELEND LERNEN – SPIELEND ÜBEN, (Voleibol aprender brincando, aprender jogando).

 

Formação de Base

O objetivo do Procrie é fomentar ideias sobre o assunto e levar a quem quer que seja (web) sugestões aplicáveis a professores e treinadores em suas atividades nas escolas ou clubes. Postamos  no Prezi – sítio exclusivamente educacional – nosso Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol, um encadeamento de ideias e soluções perfeitamente ajustáveis a todos os desportos. TODOS são chamados a participar

Temos certeza de que o modelo vigente nada acrescentou e não entendemos o desleixo e má gestão da entidade nesse sentido. A ideia de quem forma o atleta é responsabilidade do clube está completamente defasada e, certamente, nosso principal problema na Formação. É o que vigora até então no Brasil em TODOS os esportes. Como disse muito oportunamente o Prof. Parreira (ver acima): “A CBF tem que incentivar os clubes”. Mas como implantar tais incentivos? Os clubes não estão falidos? Não estão eles mal organizados?

Vamos neste instante apontar um problema que não é menos importante do que tantos ventilados. Trata-se do ensino universitário, formador de professores e técnicos. Já postamos um artigo em que resumimos a entrevista nada mais nada menos do que o reitor da USP.

Aprender a Ensinar 

Neste momento devemos nos remeter à Universidade, instituição formadora de professores, mestres, doutores, pesquisadores, que deveriam cumprir seu papel. Como ela se fecha nela mesma, fica dificílimo qualquer tentativa de romper o lobi construído. Cansamos de tentar e perdemos a paciência. A alternativa foi construirmos o Procrie e caminharmos por iniciativa própria. Se considerarem as estatísticas produzidas pelo Google Analytics, verão que estamos no caminho certo. Falta-nos ainda concretizarmos os Cursos Presenciais.

Em relação a um bom ensino, certamente vamos cair na premissa máxima de nossa cruzada, o Aprender a Ensinar. Sabemos que Ensinar é uma Arte, mas… Arte é ensinável? Sugerimos pequena leitura a respeito do que vem a ser design thinking e seu emprego na busca de soluções a problemas.

Conhecimento amplo e conhecimento restrito – Quando Piaget ministrava seu curso sobre inteligência, ele começava perguntando:

– O que é inteligência?

Ele então respondia:

– Inteligência é o que nos possibilita adaptarmo-nos a novas situações.

E continuava salientando que existem dois aspectos em qualquer ato de adaptação – nossa compreensão da situação e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento.

Como surgem as ideias – A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Uma vez que o conhecimento é organizado em uma estrutura coerente, nenhum conceito pode existir isoladamente. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias. Em suma, “não há ideia burra”!

Processos de autorregulação – Como aplicar o design thinking no ensino de voleibol na escola? – Como ter ideias e resolver problemas? 

Leia mais… Aprender a Pensar

 

Escolas, Universidades, Cursos

Percebam o significado e a dimensão do alerta que nos coloca o Professor José Pacheco ao dizer:

Temos Escolas do séc. XIX, professores no séc. XX, e alunos no séc. XXI.

Independentemente da comunidade, cidade ou país em que vivemos e o que esperam de nós os nossos filhos e alunos em matéria de transmissão de conhecimentos? Estaríamos preparados para o embate pedagógico que se nos afigura neste século?

Esporte na Escola – Ensino Esportivo – Motivação e Interesse – Arte de Ensinar – Conciliando Educação Física e Esporte – Aulas e Cursos Presenciais.

Salto no Escuro

Do reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antônio Zago, colhemos algumas impressões sobre o ambiente acadêmico em que vivemos no principal estabelecimento de ensino no país em sua entrevista à revista Veja ((ed. 2379, 25/6/2014):

“Os pesquisadores precisam se arriscar mais, sair da zona de desconforto que os leva a projetos de sucesso garantido de antemão. Isso permite que a vida deles transcorra sem surpresas positivas ou negativas, o tempo passa, eles criam vínculos estáveis e passam a dispor de uma estrutura de pesquisa. Para quê? Para continuarem repetindo experimentos consagrados. Tudo bem (…), mas não é essa abordagem que produz grandes e decisivas descobertas. Sem salto no escuro não surgem avanços revolucionários. Os que se arriscam mais são sempre os mais jovens. Depois eles se casam, têm filhos, ficam mais prudentes, e o sistema aceita. Atualmente, no Brasil, tanto as universidades quanto as agências de pesquisas premiam a prudência e inibem a inovação”.

Conclusão: “Temos de dar melhores condições de trabalho aos pesquisadores e reduzir as tarefas administrativas e burocráticas. As condições para fazer pesquisa competitiva estão no estabelecimento de um ambiente favorável, com parcerias como as que temos hoje. Não dá para criar pesquisa de qualidade isoladamente”.

Escola

Entenda-se que representa a principal forma utilizada pelas sociedades modernas de transmissão do conhecimento. A História nos diz que a Escola é uma invenção moderna, não faz muito tempo que foi criada, contudo os conhecimentos sobre Tecnologia da Informação e Comunicação, que nos atropelam de forma avassaladora há menos de 50 anos, realmente nos impedem de acompanhá-la passo a passo como fazem os alunos em centros mais avançados de ensino.

Universidade

Não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade. (Kennedy)

Universidade do futuro, Stephen Kosslyn (Veja, 2/abr./2014)

Algumas opiniões de renomados professores:

– O conhecimento do cérebro (ciência cognitiva) é o caminho para aprimorar o aprendizado, inserir a escola no século XXI e deixar bem claro que cada pessoa vai até onde sua mente pode ir.

– A universidade on-line revela a importância da tecnologia, ao mesmo tempo em que estimula o aluno a construir um pensamento crítico e a enxergar os dois lados de uma questão.

– A universidade atual necessita retirar a poeira dos séculos, entender e valorizar o novo que, inexoravelmente chega. (Benjamin Batista, BA)

– A origem dos conflitos e questionamentos sobre a finalidade do conteúdo ensinado na sala de aula reside na forma como esse conteúdo é ditado aos alunos – sem nenhuma aplicabilidade prática. Simplesmente não conseguem estabelecer uma conexão entre o seu dia a dia e a escola. (Alex Fabiano A. Oliveira, PB)

Educação Física nas Universidades

Um clube ou academia? Não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade.

Poderão aquilatar os problemas que afligem o ensino universitário e a consequente educação escolar. Em que consiste a tendência mundial do trabalho desenvolvido pela AIESEPX, inclusive com atuação no Brasil, e o que se espera da universidade no séc. XXI? Percebam o alinhamento do Procrie com a entidade em http://www.aiesep.ulg.ac.be/. O site é hospedado pela Universidade de Liège.

Palavras-chave: Educação Física Escolar, Metodologia e Pedagogia para Professores, Procrie e AIESEPX, Sistema Universitário, Universidade do Futuro.

Leia mais… Ensino da Educação Física nas Universidades

 

Ensino a Distância

Quando lançamos a ideia de ensinar voleibol à distância, fomos desafiados por um dos maiores professores atuante há muito no cenário nacional e internacional. Dizia ele: “É impossível você ensinar a alguém dar um toque de bola residindo a quilômetros de distância”. Felizmente aceitei o desafio. Não sei se ele se tocou e tenha acompanhado o nosso trabalho no Procrie. É uma pena, pois trata-se de um técnico em voleibol, professor universitário, e principal influenciador na Metodologia de ensino no Brasil.

Recentemente, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (8/jul./2014) projeto que define regras gerais sobre a realização de cursos de mestrado e doutorado a distância. A proposta acolhida foi o substitutivo da Câmara dos Deputados a projeto (PLS 264/1999) apresentado ao Senado pela ex-senadora Emília Fernandes. A matéria ainda será votada pelo Plenário do Senado. De acordo com o projeto, os programas de mestrado e doutorado a distância observarão, no que couber, as mesmas normas vigentes para o ensino presencial, permitindo-se as adequações necessárias às peculiaridades dessa modalidade do processo educacional. Em qualquer caso, no entanto, será exigida a realização presencial de exames e de defesa de trabalhos ou outras formas de avaliação de desempenho que venham a ser desenvolvidas com as inovações da tecnologia educacional.

Encontros Presenciais

“As metodologias e ferramentas da EaD quando bem planejadas, organizadas, executadas e avaliadas favorecem demasiadamente a aprendizagem. É oportuno mencionar que seria muito apropriado em não abdicar das formas híbridas, aquelas que combinam encontros presenciais com atividades em ambientes virtuais de aprendizagem, principalmente no campo de estudo e atuação profissional em Educação Física”. (Patrick R. Coquerel)

Leia mais… Vai a Plenário Projeto Que Trata de Cursos de Mestrado e Doutorado a Distância

 

Continua…

 

Ensino a Distância: Métodos de Formação Continuada

aquarela_papai
Roberto Pimentel, aquarela de seu filho Beto.

Boa Formação Continuada e Ensino a Distância

Pela relevância nos estudos que vimos empreendendo sobre o valor de uma boa formação continuada reproduzimos parte da (1) matéria editada no O Globo, cujo alvo são professoras e professores. Além disso, a (2) apresentação contida no sítio da firma especializada Crossknowledge a respeito das novas abordagens do Ensino a Distância no mundo através da Engenharia Pedagógica, combinando treinamento, informações e colaboração. Por último, (3) comentários sobre Engenharia Pedagógica e das Competências.

 

Métodos de Ensino a Distância – Tutoria – Engenharia Pedagógica – Engenharia da Formação – Engenharia das Competências – Andragogia  – Design Instrucional.

 

1. Tutorias[1] como Método Eficaz

  • Baixa Formação Continuada desmotiva professores no Brasil
  • Pesquisa do Instituto Ayrton Senna aponta ainda tutorias como o método mais eficaz.
  • Formação Continuada seria de “baixa eficiência” em mais de 70% dos casos no Brasil.   

Eis as principais conclusões do estudo realizado pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) em parceria com The Boston Consulting Group (BCG), consultoria multinacional de gestão empresarial:

  • Mais de 70% das atividades de Formação Continuada de professores no Brasil têm baixa eficácia e aplicabilidade, deixando o docente desmotivado e sem tempo para continuar com os estudos.
  • Os métodos mais eficazes, as tutorias¹, são adotados apenas por 2% das escolas do país.

Tutoria Pedagógica e Plano de Carreira

Estímulos à Qualificação

Além do panorama geral, o estudo também traça planos para implementar de modo eficaz a formação continuada. Uma das principais soluções sugeridas pelo estudo é a tutoria pedagógica ou professores-tutores nas redes de ensino. O estudo cita ainda o caso da rede estadual de Goiás, que implementou a prática e agora colhe os frutos. Lá, docentes são supervisionados por colegas mais experientes e outros educadores, além de receberem avaliações de desempenho e feedbacks e manterem reuniões frequentes com suas equipes pedagógicas. Em contraste, apenas 2% dos entrevistados no estudo disseram receber esse acompanhamento.

Os pesquisadores chamam atenção ainda para a urgência de se institucionalizarem planos de carreira que estimulem a qualificação do profissional. Vale lembrar que essa é uma das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado mês passado pela presidente Dilma Rousseff.

Leia mais…

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[1] Tutorial: ferramenta de ensino/aprendizagem, podendo ser um programa de computador ou texto, com ou sem imagens, que exibe passo a passo o funcionamento de algo.

 

 

2.  Engenharia Pedagógica para o Ensino a Distância: rumo a novas abordagens para o treinamento

Métodos de Ensino devem mudar

A implementação de novas tecnologias e das novas abordagens de aprendizagem está levando profissionais responsáveis por treinamento a fazer mudanças essenciais em suas iniciativas de desenvolvimento de competências. Agora, eles devem, por exemplo, aprender a combinar treinamento, informações e colaboração, e encontrar novas maneiras de equilibrar a aprendizagem presencial/a distância, sincrônica/assíncrona, formal/informal. .

Esse serviço tem como base:

  • Análise prévia dos pacotes de desenvolvimento mais relevantes considerando os desafios estratégicos e de RH enfrentados pelo cliente.
  • Desenvolvimento de indicadores de desempenho, possibilitando decidir sobre o formato relevante para os pacotes considerando o público-alvo, os assuntos a serem abordados, e os meios disponíveis.
  •  Definição dos dispositivos, implementação de percursos de treinamento, e desenvolvimento de sequências de aprendizagem (seleção de conteúdo, escolha de formato de aprendizagem e formas de monitoria etc.).
  • Concepção de painéis para ajudar a gerenciar os programas de treinamento e demonstrar a criação de valor.

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3.  Da Engenharia Pedagógica à Engenharia das Competências

Engenharia da Formação, Engenharia das Competências

“Ao observarmos a evolução da formação nas últimas décadas, constatamos que a mesma apresenta três etapas principais. Nos anos 60, a formação centrava-se essencialmente na modalidade de formação profissional de adultos. Nessa altura estava muito em voga a andragogia[2], um conceito de origem canadiana, assim como a pedagogia por objetivos. Foi então que nasceu a engenharia pedagógica, cuja finalidade principal era facilitar a aquisição de conhecimentos pelos formandos que participavam numa ação de formação.

Em resumo, atualmente…

“A profissionalização realiza-se através de percursos que incluem e alternam situações diversas, como atividades de formação, atividades de trabalho, exercício de funções e atividades extraprofissionais, e várias modalidades de aprendizagem, como auto formação, tutoria, resolução de problemas, realização de projetos, estudos, aprendizagem colaborativa, intercâmbio de experiências, formação em sala, etc. De fato, na passagem da engenharia da formação para a engenharia das competências há uma mudança de paradigma conceitual, pois esta última consiste em criar um contexto favorável à realização de percursos individualizados que se constroem e se dirigem como percursos de navegação, ao contrário da engenharia da formação que consistia em construir cursos lineares e idênticos para todos os formandos”.

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[2] Ciência que estuda as melhores práticas para orientar adultos a aprender. É preciso considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos. Estes são motivados a aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em sua vida. O modelo andragógico baseia-se nos seguintes princípios: 1. Necessidade de saber: adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo. 2. Autoconceito do aprendiz: adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir. 3. Papel das experiências: para o adulto suas experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais eficazes. 4. Prontidão para aprender: o adulto fica disposto a aprender quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia. 5. Orientação para aprendizagem: o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade. 6. Motivação: adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento.

Fonte: Wikipédia.

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Para seu conhecimento… colhido na Wikipédia.

Design instrucional ou projeto instrucional é o termo comumente usado em português para se referir à engenharia pedagógica. A engenharia pedagógica trata do conjunto de métodos, técnicas e recursos utilizados em processos de ensino-aprendizagem.1 O termo inglês “instructional design” busca capturar o mesmo significado do francês “ingénierie pédagogique”. Esse campo de estudo trata do ensino-aprendizagem em qualquer contexto, desde o ensino clássico até tendências contemporâneas quanto ao uso de tecnologia, passando pelo treinamento individual, aplicado a empresas ou ainda militar. Emprega-se o design instrucional à concepção de cursos, aulas individuais e à construção de materiais didáticos como impressos, vídeos, softwares ou, de modo mais genérico, qualquer objeto de aprendizagem.
(…) O design instrucional corresponde à “ação intencional e sistemática de ensino, que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a utilização de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de facilitar a aprendizagem humana a partir dos princípios de aprendizagem e instrução conhecidos”.

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Projeto Modelo para Formação de Base em Escolas

Roberto Pimentel

PROCRIE – Centro de Referência em Iniciação Esportiva

Roberto Pimentel é pioneiro do Mini Vôlei no país e autor da História do Voleibol no Brasil (1939-2000).

— O que é inteligência?

— É o que nos possibilita adaptarmo-nos a novas situações.

Novos atos de adaptação pressupõem compreensão e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento. (Piaget)

 

Design thinking – Engenharia pedagógica – Aprender a ensinar – Educação de base – Formação continuada – Ensino a Distância – Metodologia e Pedagogia

 

Apresentação   

Temos escolas no séc. XIX, professores no séc. XX, e estudantes no séc. XXI

O desafio da Educação consiste em estabelecermos caminhos pedagógicos aplicáveis nas escolas. Discute-se a importância da Formação Continuada de professores fazendo-os perceber que dois séculos estagnados não devem se contrapor à evolução do ensino.  

Missão

Duvidar é um estado de espírito que pode significar o fim de uma fé ou o começo de outra.

A sensação é a de que durante nossa vida repetimos o que os mestres nos ensinaram. Há algum tempo vimos nos preparando para esse momento: “divulgar novos conceitos não só para o ensino de voleibol, mas outros esportes”.

Visão

Para se ter ideias, criatividade, intuição, há que se aprender a pensar. Para isto são precisas informações

Imaginamos realizar Ensino a Distância compartilhando com professores de todo o país ávidos por boas práticas, além de oferecer oportunidades de repensarem suas aulas. Um segundo passo, coorientação a acadêmicos, discutindo e analisando métodos de ensino.

Meritocracia

Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência

Caminhos traçados por mestres da neurociência nos levaram a desenvolver habilidades especiais aplicáveis à vida pessoal dos indivíduos. Descobertas acentuam que uma prática repetitiva possui um diferencial negligenciado: despertar e manter o INTERESSE!

Estratégia

Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática

Simples e original, focamos na Formação Continuada de docentes. A desigualdade de escolas e universidades nos impõe catalisar novas práticas adequadas caso a caso, excluídas as receitas técnicas tradicionais. Não verão COMO FAZER, mas O QUE FAZER.

Modelo

Para evoluir não basta repetir, repetir, repetir… Convém que se repita CERTO

A inteligência não pode se desenvolver sem conteúdo. Criar um modelo significa novas ligações, implica saber o suficiente sobre algo para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular que exigem as ligações mais complexas. Quanto mais ideias uma pessoa já tem à sua disposição, mais novas ideias ocorrem, e mais ela pode coordenar esquemas ainda mais complexos. A engenharia pedagógica nos auxilia nesse processo de ensino-aprendizagem.    

Objetivos

Ninguém precisa nascer com um dom para atingir bons resultados nas atividades

Quanto mais indivíduos inseridos na proposta pedagógica da escola, melhor o alcance dos objetivos do ensino.

Objetivos principais

  •  Desenvolver a prática e a SOCIALIZAÇÃO pelo esporte.
  • Promover a AUTORREGULAÇÃO tornando alunos críticos e investigativos.
  • Desenvolver uma caracterização CRÍTICA do ensino.

 Objetivos secundários

  •  TODOS participam. NÃO se almeja prospectar talentos.
  • Previne absenteísmo, falta de motivação, exclusão.
  • Aproveitamento máximo de tempo de aula.

JUSTIFICA-SE este projeto educacional pela ação de vários elementos:

  • Instrui, avalia e permite correções de percurso.
  • Multiculturalismo: promove experiências diversas, atrai e aproxima novos partícipes.
  • Aborda problemas e soluções. VOCÊ resolve!

Engenharia Pedagógica

Aprender Brincando, Aprender Jogando

O tema Aprender a Ensinar oferece caminhos para a condução de boas práticas. Experiências acumuladas convidam ao aprofundamento em áreas da Metodologia e Pedagogia, História do Voleibol, Mini Voleibol, Formação Continuada, Evolução do Jogo e das Regras.

Divulgação

Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior

Em quatro anos o Procrie se revela pioneiro demonstrando que a tecnologia permite levar aprendizagem para milhares de indivíduos. Notável o interesse de indivíduos de pequeninas cidades, inclusive da selva amazônica, isolados e distantes dos centros de educação. A formatação de Núcleos concorrerá para DIVULGAÇÃO e facilitador de CURSOS PRESENCIAIS, indispensável em Ensino a Distância.

Vejam os números (ATUALIZADOS), em 21/jan./2016:

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TOTAL de visitas: 243 mil  –  Páginas visitadas: 380 mil  –  Artigos postados: 558

Países: 138 – Cidades: 2.945                 BRASIL, visitas: 217 mil (89,3%)  –  Cidades:  1.073

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Mapa EUA dez 2015 cidadesMapa Portugal dez 2015Estados Unidos: 2.635 visitas – cidades: 410                        Portugal: 12.993 visitas – cidades: 90

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Fonte: Google Analytics

 

GALERIA… 

Muitos passos já foram dados e momentos como esses nos impelem a continuar nessa verdadeira cruzada!

1º Passo… Voleibol

Originalidade e criatividade aplicáveis ao desporto escolar, consideradas e respeitadas características regionais.

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capas dupla história do vôlei
Obra de referência abrange o período de 1939 a 2000.
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Mini vôlei no Maracanãzinho: 108 alunos.
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Roberto Pimentel com o presidente da Fivb, Ary Graça.

 

 

 

 

 

 

 

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Participando de curso internacional com Matsudaira compondo “staff”.
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‘Recreio Alegre’ em escolas de São Gonçalo (RJ).
CursoVoleidePraia1
Aula em curso de Vôlei de Praia, com a participação de Isabel, Roseli, Ana Richa, Helber…

 

 

 

 

 

 

 

 

AutorBernardoBenéTabach1995
Em Copacabana, recebendo a seleção feminina, com Bené, Bernardo e Tabach.
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Apresentação de aula modelo no Colégio Catarinense (Floripa) e na Universidade Estadual.
Giba é apresentado à História do Voleibol no Brasil no período 1939-2000.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PARA SABER MAIS entre em contato com o Autor

 

 

Ensino da Educação Física nas Universidades

É preciso arriscar muito mais

Não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade. (Kennedy)

O reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antônio Zago, diz que o sistema atual favorece a acomodação dos pesquisadores estáveis na carreira, que nada criam e se bastam repetindo experimentos. Este o título da entrevista produzida por Veja (ed. 2379, 25/6/2014) aos repórteres Lucas Souza e Mariana Barros, em que relatam os bastidores do sistema acadêmico, seus problemas e vicissitudes. Em linhas gerais, percebem-se situações que demandam tempo para alcançarmos soluções definitivas para o ensino e pesquisas no país.

      • Desconhecimento da língua inglesa pelos alunos;
      • Falta de ousadia dos pesquisadores;
      • Predominância da cultura sindicalista.

Outros problemas:

      • Ensino secundário de má qualidade;
      • Dificuldades de gestão das universidades;
      • Não se focaliza qualidade e meritocracia;
      • Estabilidade precoce de professores e funcionários.

Sistema de avaliação de professores

      • Foco na qualidade e no mérito: produção acadêmica, ensino e extensão;
      • Busca da excelência: produção de patentes, de material crítico, realização de debates;
      • Mudanças no regime de dedicação exclusiva: critérios de promoção e progressão na carreira.

Salto no escuro

“Os pesquisadores precisam se arriscar mais, sair da zona de de conforto que os leva a projetos de sucesso garantido de antemão. Isso permite que a vida deles transcorra sem surpresas positivas ou negativas, o tempo passa, eles criam vínculos estáveis e passam a dispor de uma estrutura de pesquisa. Para quê? Para continuarem repetindo experimentos consagrados. Tudo bem (…), mas não é essa abordagem que produz grandes e decisivas descobertas. Sem salto no escuro não surgem avanços revolucionários. Os que se arriscam mais são sempre os mais jovens. Depois eles se casam, têm filhos, ficam mais prudentes, e o sistema aceita. Atualmente, no Brasil, tanto as universidades quanto as agências de pesquisas premiam a prudência e inibem a inovação”. Conclusão: “Temos de dar melhores condições de trabalho aos pesquisadores e reduzir as tarefas administrativas e burocráticas. As condições para fazer pesquisa competitiva estão no estabelecimento de um ambiente favorável, com parcerias como as que temos hoje. Não dá para criar pesquisa de qualidade isoladamente”.

Comentário…

(…) É o momento de buscarmos novas parcerias, sermos criativos e nos reinventarmos. (…) Refraseando Kennedy: não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade. (Mayana Zatz)

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Enquanto isto, vejam o que se passa no “país da Copa”, publicado no jornal Estadão, em 10/7/2014.

Reitores paulistas querem trocar reajuste por benefícios

São Paulo – Sem reajuste para professores e funcionários, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) ofereceram nesta semana melhorias de benefícios e na jornada de trabalho. Os reitores tentam encerrar logo a greve das categorias, mesmo com salários congelados. A USP (Universidade de São Paulo), cuja crise financeira foi a que mais pesou no veto ao aumento, não fez propostas. O fórum de entidades sindicais reforçou que não discutirá pautas específicas das universidades, o que será feito só depois do fim da negociação salarial conjunta, como ocorreu nos últimos anos. Para professores e funcionários, dividir o debate de propostas fragiliza o movimento. Alunos das três instituições também apoiam a greve, que já dura seis semanas. Os reitores têm pressa de resolver o impasse antes da volta às aulas.  (Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo)

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A universidade do futuro, Stephen Kosslyn (Veja, 2/abr./2014)

Comentários…

  • “O conhecimento do cérebro (ciência cognitiva) é o caminho para aprimorar o aprendizado, inserir a escola no século XXI e deixar bem claro que cada pessoa vai até onde sua mente pode ir.
  • “A universidade on-line revela a importância da tecnologia, ao mesmo tempo em que estimula o aluno a construir um pensamento crítico e a enxergar os dois lados de uma questão.
  • “A universidade atual necessita retirar a poeira dos séculos, entender e valorizar o novo que, inexoravelmente chega. (Benjamin Batista, BA)
  • “A origem dos conflitos e questionamentos sobre a finalidade do conteúdo ensinado na sala de aula reside na forma como esse conteúdo é ‘ditado’ aos alunos – sem nenhuma aplicabilidade prática. Simplesmente não conseguem estabelecer uma conexão entre o seu dia a dia e a escola”. (Alex Fabiano A. Oliveira, PB)

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PROCRIE… Percebam nosso alinhamento com a Association Internationale des Ecoles Superieures d’Education Physique.

Um Centro de Referência em Iniciação Esportiva  projetado pelo Autor com base em sua obra sobre a História do Voleibol no Brasil, que remete seus seguidores na busca de soluções metodológicas e pedagógicas na área da Educação Física Escolar,  do ensino desportivo e, propriamente, ao voleibol. Peço desculpas ao associar a imagem do Procrie à missão da AIESEP, mas os leitores certamente me perdoarão ao constatarem a coincidência dos propósitos, guardadas as devidas proporções. Isto nos anima e fortalece a perseguir nossos objetivos. Contamos com Vocês!

Você pode transformar suas aulas em ações meritórias. Desfrute,  realize-se plenamente .
Você pode transformar suas aulas em ações meritórias. Desfrute, realize-se plenamente .

Association Internationale des Ecoles Superieures d’Education Physique International Association for Physical Education in Higher Education

Este site irá fornecer-lhe variadas informações sobre o que é AIESEP e sobre o que a associação faz. Muitos documentos estão disponíveis em suas páginas: não hesite em visitar: http://www.aiesep.ulg.ac.be/ O site é hospedado pela Universidade de Liège.

AIESEP selecionado para o projeto AMA

Em março passado, os membros AIESEP de seis países, localizados em quatro continentes, uniram seus conhecimentos e esforços na preparação e apresentação de uma proposta em resposta ao apelo intitulado “KIT UMA recurso para os professores “, promovido pela Agência Mundial Anti-Doping (WADA ). Em 19 de maio de 2014, AIESEP recebeu a notícia de que seu projeto foi selecionado.

Promovendo Mudanças na Pedagogia do Esporte

O projeto visa o desenvolvimento de um recurso concebido para ajudar os professores a entregar as suas exigências curriculares existentes para a educação de valores. Este recurso utiliza o esporte e seus valores positivos como um contexto para garantir o interesse dos alunos, e será desenvolvido em bases científicas sólidas, implementado com diferentes tipos de recursos (por exemplo, unidades didáticas, os jogos baseados em valores, ensinando dicas, um glossário) e, finalmente testado entre os educadores de vários países. A grande rede do AIESEP permite a oportunidade de realizar este projeto por todos os continentes, fornecendo informações sobre as exigências curriculares de situações cultural e geograficamente distintos. O projeto terá início nos próximos meses e duram um ano. Durante este período, os membros envolvidos AIESEP vão desafiar o campo dos valores desportivos promovendo a discussão e debate, aumentando suas próprias ferramentas, tornando-se melhor em rede, e a mudança inspiradora em pedagogia do esporte. (o grifo é nosso)

2014 AIESEP Seminário Especialista em Timisoara Flash Newsletters

(veja a última informação: n ° 108 – 02 de junho de 2014)

2014 AIESEP World Congress, em Auckland AIESEP no Facebook http://www.facebook.com/pages/Association-Internationale-des-Ecoles-SuperieuresdEducation-Physique/176848622384485

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  1. Atualização do Procrie (acima) em 11/jul./2014:

Total de Cidades: 2.456, sendo 988 (40%) no Brasil

Total de Visitas: 190 mil

Páginas Visitadas: 304 mil

BRASIL, Visitas: 169 mil (89%)

 

 

 

Você Pode Aprender a Ensinar com as Derrotas

Bernardo Agasalho e Livro  2 junho2011

Aprendendo a Ensinar…

Reproduzimos o comentário do jornalista Bruno Voloch em seu blogue no UOL do dia 7 p.p., por se tratar de uma observação de alguém que realmente vive o voleibol. Refere-se à segunda partida entre as equipes do Brasil e do Irã pelo Liga Mundial.

A seguir, conversaremos sobre o fato e suas possíveis  consequências, ou melhor dizendo, os cuidados e providências que se sugerem à CBV a médio e longo prazo para prevenir e alavancar um grande salto quanto aos Métodos de Ensino disseminados pelo país desde 1975, o “padrão Fivb. ” Verão também o que o Procrie vem postulando em matéria de Ensino Escolar/Clube, inclusive com propostas para qualquer desporto.

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Curso Prático: Métodos & Pedagogia no Vôlei – Defesa em Voleibol – Como Surgem os Talentos? Seria por Acaso? – Como se Adquire Habilidade? – Como Treinar? – Cuidados nos Exercícios – O Circuito do Ensino.

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Bernardinho perdeu a mão

Era o que faltava. Perder para o Irã por 3 a 0 e dentro de casa. Se existia alguma dúvida, não existe mais. A seleção masculina está em crise, perdeu a confiança, não é mais respeitada e dá sinais de estar sem comando. Bernardinho assume a responsabilidade pelo fracasso, se desculpa e fala em frustração. Bruno diz que falta atitude, postura e cobra reação. Discursos fortes, corajosos.

Fato é que o Irã simplesmente não tomou conhecimento do Brasil, ignorou a tradição e o histórico da seleção na liga e venceu com sobras e méritos por 3 a 0. Os iranianos mostraram incrível consistência no saque, defesa e fizeram 11 pontos de bloqueio contra apenas 5 do Brasil.

Não dá para livrar a cara de ninguém na seleção. Ninguém. Time apático, entregue, sem vibração e visivelmente abalado emocionalmente. Equipe sem padrão de jogo, com falhas inacreditáveis no sistema de recepção e volume de jogo zero. As 4 derrotas em 6 jogos em casa, pior desempenho desde que Bernardinho assumiu a seleção, aparecem coincidentemente após a crise na CBV e o suposto envolvimento do técnico na política. Bernardinho parece ter perdido a mão.

Parece. Não dá jamais para duvidar da capacidade dele. Dentro de quadra, porém, a sensação é que o grupo não responde mais ao comando do técnico. Sensação. (Bruno Voloch)

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irã capturada cidadesProcrie no Irã

Estamos muito felizes com os iranianos, como revela o recente interesse que o Procrie tem despertado entre seus habitués da web. São oito cidades, especialmente a capital Teerã (Tehran, ing.) com cinco visitas, e bem próxima, Karaj (2). Tomara que mais e mais adeptos se acomodem junto aos seus laptops e, apesar da língua, tenham algum mecanismo eficiente de tradução.  E que se esmerem mais ainda do que realizaram no Ibirapuera. Verdadeiro show!

Se na próxima etapa da Liga, mais uma vez os atletas iranianos promoverem a festa na quadra, não nos culpem de traição ou espionagem.

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NOTA INTRODUTÓRIA

Conhecimento amplo e conhecimento restrito

Quando Piaget ministrava seu curso sobre inteligência, ele começava perguntando: “O que é inteligência”? Ele então respondia: “Inteligência é o que nos possibilita adaptarmo-nos a novas situações”. E continuava salientando que existem dois aspectos em qualquer ato de adaptação – nossa compreensão da situação e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento.

Como surgem as ideias

A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Uma vez que o conhecimento é organizado em uma estrutura coerente, nenhum conceito pode existir isoladamente. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias.

Visão do Procrie… aprender a ensinar

AutorBernardoBenéTabach1995No voleibolês da década de 60 já se dizia:

Há técnicos que sabem dirigir uma equipe, têm estrela, e outros que sabem treinar seus atletas; difícil é acumular.

Na foto, à esquerda, Roberto Pimentel, Bené, Bernardo e R. Tabach no Centro de Referência do autor em Copacabana (1995). Bené, já falecido, foi o primeiro treinador de Bernardinho no Fluminense. A seu cargo ficavam os atletas mirins e infantis, e no seu trabalho era considerado o melhor. Saiba mais sobre Bené e sua contribuição para o vôlei nacional no livro História do Voleibol no Brasil

O que se viu na partida em que a seleção brasileira perdeu para a do Irã, confirmou-se o dito popular. O técnico brasileiro não tinha o que dizer, e falava a todo o momento palavras de ordem para equilibrar sua equipe. O “Vamos lá! Vamos lá! Vamos lá! ” não nos parece a instrução requerida para o momento que atravessavam no jogo. Em outros, a insistência em mostrar a um dos atletas como fazer um bloqueio, defender ou recepcionar, somente atestava a inoperância ou dos treinamentos – que não produziram resultados – ou a falta de qualidade técnica da maioria do que ali estavam. Em suma, ao “dize-me com quem andas e te direi quem és”, ajusta-se também ao voleibol: “dize-me como treinas e te direi como jogas”. Particularmente, tenho minhas concepções sobre como treinar que podem não refletir tanta competência, mas certamente atenuariam as falhas que esses moços insistem em repetir. Já até ousamos tocar no assunto com os técnicos maiores.  

Produzimos artigo neste Procrie em que afirmamos, calcados na teoria moderna de treinamento profundo (qualidade), que não basta “treinar, treinar, treinar”, mas simplesmente TREINAR com QUALIDADE. Repetir o erro por dias, horas de treinamento só reforça o que está errado, impedindo o indivíduo de ser corrigido e, por conseguinte, evoluir tecnicamente. Muitos técnicos de seleções, inclusive de outras modalidades, afirmavam que é bastante dificultoso armar uma equipe em pouco tempo quando os seus integrantes não têm a necessária competência técnica nos fundamentos: É impossível ensinar e muito decepcionante, ter que ensinar a atleta de ponta como passar, defender, sacar, bloquear.

Se consultarmos treinadores, técnicos, professores e professoras atuantes em voleibol – clubes, agremiações, escolas – perceberemos que existem dificuldades fabricadas para escoimar um ensino de QUALIDADE, um ensino PROFUNDO, do qual pessoa alguma se esquece. Basta acompanhar os exercícios em qualquer um dos times participantes da Liga: copiam e repetem idênticos ensaios sem a menor preocupação de correção. É um trabalho inócuo e, pior, com agravantes, pois os instruendos sistematicamente REPETEM os mesmos erros. Dessa forma, levam anos para se aperfeiçoar, ou talvez nunca cheguem lá. Estão dando murros em ponta de faca!  

 

Iraniano Ghaemi vibra com ponto marcado contra a seleção brasileira de vôlei, no ginásio do Ibirapuera. Fonte: Fivb/Divulgação.Do outro lado, a equipe iraniana proporcionou a todos um belo espetáculo de superação e competência. Basicamente, não teve falhas e soube explorar inteligentemente a inoperância do adversário sem se intimidar com o seu currículo. A técnica de seus atletas fez com que o seu comandante alternasse saques violentos com os táticos com resposta positiva no desempenho da partida. Enfim, souberam comandar a partida como um “bloco”, deixando transparente sua disciplina tática, técnica aprimorada, e equilíbrio, o que muitos por aqui chamam paciência. Foto: Iraniano Ghaemi, canhoto e um dos destaques, vibra com ponto marcado contra a seleção brasileira no ginásio do Ibirapuera. Fonte: Fivb/Divulgação.

Lições

Por que perdemos? Onde erramos? Que devemos fazer? Temos tempo?

A competente comissão técnica deve estar procedendo a tais indagações, inclusive à luz de estatísticas e vídeos, pois o Bernardo é bastante inteligente e competente. Contudo, creio não ser preciso alertar à CBV sobre a Visão de seu trabalho, com certeza embutido no planejamento sobre a produção das peças de reposição e, muito mais importante, os Métodos empregados no Brasil, cuja responsabilidade atual parece ainda ser do Conselho de Treinadores. Note-se que ele é presidido e conduzido por um único homem – Célio Cordeiro Filho – guindado ao posto por Carlos Nuzman desde sua posse na entidade, há 39 anos. Todos os Cursos de Treinadores da CBV estão sob sua responsabilidade. Diga-se de passagem, o presidente do Conselho não participa ou opina sobre as seleções; ao que nos disse não é remunerado e que se atém exclusivamente aos cursos e relacionamento com o congênere da Fivb. Também o Setor de Seleções abdica de ingerência técnica, apenas administrativa.

Ouvir Quem Faz!

Convidamos os leitores a participarem dessa discussão, que pretendemos seja impessoal, ou seja, não se trata de medir competência de quem quer que seja, mas analisar situações, compartilhar pensamentos e propor soluções. Especialmente aos treinadores profissionais, cuja contribuição ao tema é incalculável, uma vez que eles são responsáveis pela Formação dos atletas, principalmente aos que chegam à seleção nacional.  Da mesma forma, professores(as) que atuam em escolas, pois as propostas chegam até VOCÊS e queremos seu comprometimento.

Na condução desse trabalho sugerem-se técnicas empregadas em Design thinking. É certo que carecemos de informações privilegiadas só conhecidas pelos envolvidos diretamente, mas no intuito de contribuir com espontaneidade, não devemos nos furtar ou amedrontar em nosso livre pensar, pois afinal, como verão em técnicas de design thinking, “não existem ideias burras”!

Como ter ideias e resolver problemas?

Design thinking é uma disciplina ensinada para gestores, médicos, filósofos… e até designers. A inteligência não pode se desenvolver sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso.

Estas e outras indagações deverão ser respondidas não só pela equipe técnica, mas também por alguns conselheiros, pois ao contrário, o treinador responsável (e centralizador) corre o risco de estar dando voltas em torno do mesmo ponto. Como estão fechados dentro de si mesmo (a comissão técnica) a entidade corre o risco de ficar a mercê de um único indivíduo tomar decisões.

O cargo de técnico de seleção, cujo prazo de vigência era por período olímpico (4 anos), sempre foi atribuído em confiança – critério da presidência – e, dessa forma a Confederação fica refém de alguns poucos indivíduos e suas conveniências. Felizmente tem dado certo até o momento como comprovam os resultados. Mas, já deu errado e um período foi perdido. E amanhã? Há muito perigo quando as coisas (os resultados) não vão bem ou as atividades paralelas – negócios, exibição na mídia, política – que desgastam tanto os atletas, como treinadores. Os mais atentos devem recordar-se do pós-Barcelona, em 1992, em que alguns atletas, deslumbrados com o feito e as tentações de faturamento nas mídias e entrevistas, prejudicaram suas relações e compromissos com CBV. Ou se posa para fotos, ou se veste para treinar! Pouco antes, com o advento da Liga Mundial, acentuaram-se as disputas fora de quadra para estabelecerem os prêmios em dinheiro distribuídos pela Fivb. O que devia ser transparente até hoje o público nada sabe sobre os bastidores. E como sabemos, é um grande perigo no Brasil e em qualquer lugar do mundo.

Leia mais…  Aprender a Pensar, Memória Associativa, Professor e Treinador, Resolvendo Problemas, Como aplicar o design thinking no ensino de voleibol na escola ou no clube.

Peças de Reposição e Formação de Base

O que atualmente muitos chamam de peças de reposição, está representado pelas equipes secundárias – infanto juvenis e juvenis. A elas foi estendida a participação em diversos campeonatos internacionais, exatamente com o fito de formatar uma base de suprimento às seleções adultas. Todavia, a QUANTIDADE de jovens utilizáveis no país para tal circunstância é deveras insignificante e, além disso, formados com QUALIDADE duvidosa, com poucas exceções ocasionais. Sabemos que as chamadas “peneiras” nos grandes centros do país – São Paulo, Minas Gerais – são ao mesmo tempo incentivadoras, seletivas e castradoras. Ressalte-se que o Rio de Janeiro, antes celeiro de grandes craques, hoje praticamente sobrevive de alguns poucos atletas de vôlei de praia.

A Federação sofre do mesmo defeito de suas congêneres, a perpetuação dos respectivos presidentes. Aliás, dizem, estão ali porque pessoa alguma aceita o cargo. Com certeza, a partir do PROFISSIONALISMO da modalidade na década de 80, que muitos desejavam e aplaudiram, paradoxalmente tenha sido o marco divisório para a derrocada do sistema de renovação de atletas. Na prática, simplesmente foram extintas as equipes dos clubes. (leia mais… História do Voleibol no Brasil; vol. 2º; anexo II, Seminário Empresa/Esporte)

Ideias maravilhosas, competência, livre pensar

Iniciemos nossas ofertas de artigos com o que consideramos fundamental. No momento em que se procura intensamente democratizar as instituições esportivas do país, não há tempo a perder e dar início ao tempo perdido através da alternância de poder, além de estimular projetos que tratem de uma RELEITURA dos MÉTODOS que a comunidade do vôlei vem copiando há praticamente quatro décadas. Como também o sistema universitário nada produz de efetivo – somente diplomas – a esperança de mudanças metodológicas para o país recai única e exclusivamente em algum pesquisador interessado no assunto. Talvez um ou mais obsessivos malucos!

Nas derrotas encontramo-nos e podemos aprender mais do que imaginamos. O momento é de reflexão e muito provavelmente seria interessante que mais indivíduos coçassem a cabeça e lhes fosse permitido manifestar-se de algum modo  sobre o que fazer à frente. Caso contrário, a equipe técnica estará a dar voltas em torno do mesmo lugar, confundindo o ponto de partida com o ponto de chegada. Lembro que a Confederação possui um Conselho de Treinadores. Cremos que sua ingerência é limitada aos Cursos de Formação de Treinadores, que se repete há 39 anos com o mesmo titular. Então, concluímos que os atuais treinadores principais – José Roberto e Bernardo – sejam também os ”inspiradores” das demais divisões.

“Exercícios de casa”

Vejo diariamente minha neta de oito anos de idade “fazer os exercícios de casa” de sua escola. E também o modo como sua mãe (ou avó) emprega na tarefa de assistência à criança. Certamente, há diferenças sutis entre o que realiza a professora em classe, inclusive por vários motivos, mas o fundamental neste momento é acentuar a diferença entre a atuação da criança (instruendo) na aula – divide atenção com muitos colegas – e em casa, quando tem a primazia e conforto dos responsáveis. Nessa caracterização, chamamos atenção do leitor para a importância do MÉTODO empregado em casa (nos treinos) aliado ao grau de exigência na correção dos exercícios (como fazem as mães). Neste momento, mais do que nunca, há necessidade de conhecimentos da PEDAGOGIA a ser empregada.  Já vimos este assunto quando falamos da Zona de Desenvolvimento Proximal e andaimização postuladas há muito por Vygotsky.

Como treinar?

A maior lição que este pobre escriba recomenda está voltada para a “forma de treinar” – os MÉTODOS – os atletas no país, não só as equipes em Formação, mas principalmente as seleções nacionais, verdadeiro espelho para os demais treinadores. Para tanto, vimos trabalhando incessantemente em nosso blogue www.procrie.com.br/ buscando dialogar com os principais intervenientes com inúmeras sugestões, e inclusive, até dialogar com o próprio Bernardo (2002, na EsEFEx). Ainda neste ano, ao ter início os treinamentos para a Liga Mundial, solicitamos à CBV intermediação para conversarmos com ambos os treinadores das seleções principais, mas infelizmente “clamamos no deserto”. Vamos muito além, temos certeza de que as aulas de vôlei tão negligenciadas nas escolas, ainda que não contem com professores ou professoras especializadas, podem ser um elo na Formação graças à metodologia pioneira do autor, pioneiro do mini voleibol no Brasil. O Leonardo, auxiliar do Bernardo na seleção, que o diga!

Períodos de sucessivos bons desempenhos e consequentes vitórias entorpecem e desequilibram comportamentos, exceto para aqueles que as alternam com as derrotas. A história está aí para quem tiver discernimento para realizar suas análises e aprender a corrigir o percurso adiante. Retornar a fazer o que estava realizando em nada modificará o futuro, é confundir o ponto de partida com o ponto de chegada. Quanto aos atletas selecionados no momento, como se trata do melhor que existe no Brasil, seria lícito considerar o alerta para um trabalho muito árduo pela frente que deverá ser compartilhado por muitos, especialmente àqueles que participam da “comunidade voleibol”.

Não só seus treinadores principais, pois os métodos de treino não podem ser impostos, mas estudados e aplicados caso a caso. Aliás, quem os ensinou? As universidades ou os cursos de treinadores? Teriam aprendido somente pela prática? Então, seria plausível que se fizesse uma RELEITURA de quem somos, o que sabemos, e como darmos a nossa contribuição para novas gerações. Temos propostas encaminhadas à renovada CBV, e outra esboçada na web em um sítio exclusivamente educacional: Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol. VOCÊ poderá tomar conhecimento no linque www.procrie.com.br/procrienoprezi/

Leia, critique, comente, e se gostar, tire partido.

Contributo a Desenvolvimento do Voleibol

A maior lição que este pobre escriba recomenda está voltada para a “forma de treinar” – os Métodos – os atletas no país, não só as equipes em Formação, mas principalmente as seleções nacionais, verdadeiro espelho para os demais treinadores. Para tanto, vimos trabalhando incessantemente em nosso blogue www.procrie.com.br/ buscando dialogar com os principais intervenientes com inúmeras sugestões, e inclusive, até dialogar com o próprio Bernardo (2002, na EsEFEx). Ainda neste ano, ao ter início os treinamentos para a Liga Mundial, solicitamos à CBV intermediação para conversarmos com ambos os treinadores das seleções principais, mas infelizmente “clamamos no deserto”, i.e., sem resposta.

Penso que períodos de sucessivos bons desempenhos e consequentes vitórias, entorpecem e desequilibram comportamentos, exceto para aqueles que as alternam com as derrotas, o caso presente. A história está aí para quem tiver o equilíbrio e discernimento para realizar suas análises e aprender a corrigir seu percurso para adiante. Quanto aos atletas selecionados no momento, como se trata do melhor que existe no Brasil, seria lícito considerar o alerta para um trabalho muito árduo pela frente que deverá ser compartilhado por muitos, especialmente àqueles que participam da “família, do voleibol”. Não só seus treinadores principais, pois os métodos de treino não podem ser impostos, mas estudados e aplicados caso a caso. Afinal, eles treinam em suas agremiações diariamente…

Temos propostas encaminhadas à renovada CBV, e outra esboçada na web em um sítio exclusivamente educacional: Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol. VOCÊ poderá tomar conhecimento no linque www.procrie.com.br/procrienoprezi/. Leia, critique e se gostar, tire partido.

Releitura dos Métodos a Empregar

Neste momento recordamos o que vimos apregoando há tempos para a melhoria do ensino não só do voleibol, mas dos demais desportos. Nossa Visão está voltada para aspectos de pesquisas “em campo” na Metodologia e Pedagogia a empregar nas ESCOLAS e CLUBES. Para que não sejamos interpretados como apologistas do caos, sinalizo para alguns artigos já postados a respeito do que vimos postulando sobre o Treinamento Profundo ou de Qualidade.

Voltamo-nos para VOCÊ, suas leituras e análise crítica…

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489. Curso Prático: Métodos & Pedagogia no Vôlei

Palavras-chave (Tags): Curso Prático de Voleibol, Metodologia do Treinamento, Novos Métodos, Treinamento Profundo.

Valor da Aula Prática. Vimos promovendo propostas de ensino à distância para professores lotados em escolas, especialmente públicas, aquelas que sabemos reúnem as maiores dificuldades para um ensino adequado. Todavia, já dissemos diversas vezes, o distanciamento nos impede de estar presente, bem próximo ao professorado e mostrar-lhes na PRÁTICA como produzimos as aulas e damos sequência a um […]

465. Defesa em Voleibol – Lição II

Palavras-chave (Tags): Aprender a Ensinar, Defesa em Voleibol, Lições de Defesa, Metodologia e Pedagogia, Pedagogia de Ensino, Primeiro Movimento e Vontade.

Revendo Métodos e Conceitos Pedagógicos. Após  observações sobre a maneira comportamental em DEFESA de atletas de alto nível – p. ex. final da Superliga feminina – animei-me ainda mais a levar aos respectivos treinadores minhas pesquisas e, se de acordo, compartilharmos novas experiências pedagógicas no que se refere ao respectivo treinamento. Seria de bom alvitre não deixar de considerar […]

401. Como Surgem os Talentos? Seria por Acaso? 

Palavras-chave (Tags): Busca de Talentos, Como Surgem Talentos, Treinamento Profundo.

Por que ilustres desconhecidos de repente tornam-se famosos em suas especialidades? Vejam resumidamente atletas que surgiram do nada e se tornaram sensações: Allison Stoke fez muito mais sucesso por sua beleza do que por sua capacidade no salto com vara; seu vídeo foi visto por mais de […]

364. Como se Adquire Habilidade? (Parte II) 

Palavra-chave (Tag): Formação de Bons Hábitos.

“A prática não leva à perfeição; uma prática perfeita é que leva à perfeição.” Como nada é definitivo especialmente em matéria de Educação, cito algumas considerações de autores consagrados em torno do significado pedagógico dos exercícios e sua aplicação. O leitor atento poderá discernir e optar pelas buscas em seu processo educativo […]

304. O Circuito do Ensino 

Palavra-chave (Tag): Mapa para Professores e Treinadores.

Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência (Henry B. Adams). Estarei comentando daqui para frente uma nova teoria neural sobre o desenvolvimento de habilidades. Trata-se do treinamento profundo adotado e difundido por Daniel Coyle, um jornalista esportivo e um dos editores da revista Outside. […]

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Mais recentemente salientamos aspectos relativos à atuação de PROFESSORAS (es) atuantes em escolas a se engajarem nessa cruzada.

524.Teoria vs. Prática, Você Resolveu o Dilema? 

Palavra-chave (Tags): Aulas Práticas.

Quem Ensina? Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática! Puxãozinho de orelha… As universidades estão preparadas para a revolução no ensino? Os cursos de treinadores “modelo Fivb” são eficientes? O que VOCÊ diz é o que faz? Afinal, VOCÊ dá aula ou ensina? VOCÊ tem proposta para […]

521. Professor e Aluno

Palavras-Chave (Tags): Aprendizado Produtivo, Autorregulação, Dosagem de Exercícios, Ensinar Matemática, Métodos de Ensino, Professor e Aluno.

Metodologia a Empregar. Diante de uma criança, faço-me criança! Cúmplices. A perspectiva a adotar solicita a interação, a negociação e a construção conjunta de vivências que habilitem a criança e o adolescente aprenderem a linguagem proposta. Isso exige necessariamente, e sempre, um elemento de interdependência e da capacidade fazer descobertas […]

519. Clínica Investigativa, Tatear Pedagógico

Palavra-Chave (Tag): Tatear Pedagógico.

Subsídios para Teses e Mudanças. Em continuidade aos meus apelos a PROFESSORAS e PROFESSORES, a respeito das pesquisas e experiências sobre Metodologia e Pedagogia aplicáveis às suas aulas, relembro o apelo do eminente Senhor  José Curado, em 2006, aos professores e treinadores portugueses: “Não há progresso significativo sem investigação. É preciso acabar com o […]”

517. Convite às Professoras

Palavras-Chave (Tags): Metodologia e Pedagogia para Professoras, Metodologia e Prática, Pedagogia Experimental Escolar.

Um Carinho Especial Em especial àquelas lotadas em escolas e com pouca experiência (ou nenhuma) em Voleibol. VOCÊ será capaz de realizar EXCELENTES aulas com seus alunos. E mais ainda, não só de Voleibol, mas de qualquer outro esporte. Lembrem-se, aprender a jogar e participar dele faz parte da Educação. Não é necessário descobrir talentos ou formar […]

489. Curso Prático: Métodos & Pedagogia no Vôlei

Palavras-chave (Tags): Curso Prático de Voleibol, Metodologia do Treinamento, Novos Métodos, Treinamento Profundo.

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Revendo Métodos e Conceitos Pedagógicos. Após  observações sobre a maneira comportamental em DEFESA de atletas de alto nível – p. ex. final da Superliga feminina – animei-me ainda mais a levar aos respectivos treinadores minhas pesquisas e, se de acordo, compartilharmos novas experiências pedagógicas no que se refere ao respectivo treinamento. Seria de bom alvitre não deixar de considerar […]

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Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência (Henry B. Adams). Estarei comentando daqui para frente uma nova teoria neural sobre o desenvolvimento de habilidades. Trata-se do treinamento profundo adotado e difundido por Daniel Coyle, um jornalista esportivo e um dos editores da revista Outside. […]

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Metodologia a Empregar. Diante de uma criança, faço-me criança! Cúmplices. A perspectiva a adotar solicita a interação, a negociação e a construção conjunta de vivências que habilitem a criança e o adolescente aprenderem a linguagem proposta. Isso exige necessariamente, e sempre, um elemento de interdependência e da capacidade fazer descobertas […]

519. Clínica Investigativa, Tatear Pedagógico

Tatear Pedagógico. Subsídios para Teses e Mudanças. Em continuidade aos meus apelos a PROFESSORAS e PROFESSORES, a respeito das pesquisas e experiências sobre Metodologia e Pedagogia aplicáveis às suas aulas, relembro o apelo do eminente Senhor  José Curado, em 2006, aos professores e treinadores portugueses: Não há progresso significativo sem investigação. É preciso acabar com o […]

517. Convite às Professoras

Palavras-Chave (Tags): Metodologia e Pedagogia para Professoras, Metodologia e Prática, Pedagogia Experimental Escolar.

Um Carinho Especial. Em especial àquelas lotadas em escolas e com pouca experiência (ou nenhuma) em Voleibol. VOCÊ será capaz de realizar EXCELENTES aulas com seus alunos. E mais ainda, não só de Voleibol, mas de qualquer outro esporte. Lembrem-se, aprender a jogar e participar dele faz parte da Educação. Não é necessário descobrir talentos ou formar […]

Boas leituras… Mais informações: Resumo de Nossas Atividades e Contribuições/

                                Ou fale conosco! 

Da Jabulani à Brazuca, a Bola da Copa do Mundo/2014

BrBRAZUCAazuca, a bola oficial da Copa do Mundo 2014

Portal 2014, em 4/dez./2014

A semana na Costa do Sauípe está agitada, com toda a preparação para o sorteio da Copa do Mundo 2014. Longe dalí, no Rio de Janeiro, foi lançada na noite desta terça-feira ( dia 3) a bola oficial da Copa, chamada de Brazuca. Em mais de dois anos de testes, a bola passou pelos pés de  600 jogadores, entre eles Lionel Messi e Zinedine Zidane e por mais de 10 seleções. (Foto: DIVULGAÇÃO/ADIDAS)

Essa foi a primeira vez em que os torcedores estiveram diretamente envolvidos na escolha do nome da bola da Copa do Mundo da FIFA. “Brazuca é um termo informal, utilizado pelos brasileiros para descrever o orgulho nacional pelo estilo de vida do país. Simboliza emoção, orgulho e boa vontade com todos, de forma semelhante à abordagem local ao futebol”. (Wikipédia)

As características da Brazuca faz jus ao nome, é predominante branca como manda a tradição para as bolas oficiais de Copa do Mundo, o desenho é imitando as curvas do rio Amazonas em cores da bandeira do Brasil. Segundo a Adidas, empresa fabricante da bola, diz que sua estrutura é diferenciada ela é simétrica de seis painéis idênticos que imitam as fitas do Senhor do Bonfim da Bahia. A bola tem uma inovação estrutural, com uma simetria de seis painéis idênticos ao lado de uma diferente estrutura de superfície, proporcionando, segundo especialistas, melhor aderência, toque, estabilidade e aerodinâmica no gramado. Ela tem um formato bem parecido com a Cafusa, utilizada na Copa das Confederações 2013. (Portal 2014, 04/12/2013)

A tecnologia aplicada na Brazuca é a mesma usada na Cafusa, bola oficial da Copa das Confederações deste ano, e da Tango 12, que rolou na Eurocopa de 2012  e ainda nas partidas da Liga dos Campeões da Europa. Ela pesa 437 gramas e passou por um completo processo de teste durante dois anos e meio.

JABULANI

JaburaniAntecedendo a Copa do Mundo de Futebol de 2010, publicamos um artigo sobre a bola feita especialmente para o evento, denominada Jabulani. Na oportunidade, aproveitamos para discorrermos sobre a importância de uma bola em qualquer desporto e como pode ser aproveitada em benefício dos atletas. Mas também, os cuidados quanto às suas características diferenciadas das demais, em práticas corriqueiras. A novidade sempre pode produzir alguma celeuma, para mais ou para menos. Assim, toda e qualquer informação dos fabricantes será bem-vinda antes dos acontecimentos.   Em 11/jul./2010 postamos o artigo Jabulani vs. Mikasa que é possível tenha recebido o maior número de visitas em um só dia jamais alcançado por outro até hoje neste Procrie. Foram 724 visualizações!

Leia mais Jabulani vs. Mikasa

As suas características e efeitos colaterais foram examinados e discutidos no artigo que, além disso, comparava-os com os efeitos que uma bola de voleibol – a Mikasa – poderia conter quando manipulada convenientemente, guardadas as características de ambas. Vale a pena rever o artigo mencionado acima.  

MIKASA

iMikasa Reduzida

Teoria vs. Prática, Você Resolveu o Dilema?

MiniEuFavBairro INVERTIDA

Aulas Práticas, Quem Ensina?

 

Parece que sabemos todos o que fazer.

O problema é colocar em prática!

 

 

Puxãozinho de orelha…

  • As universidades estão preparadas para a revolução no ensino?
  • Os cursos de treinadores “modelo Fivb” são eficientes?
  • O que VOCÊ diz é o que faz? Afinal, VOCÊ dá aula ou ensina?
  • VOCÊ tem proposta para transpor o abismo entre teoria e prática?

Metodologia adequada

Não seria melhor que parássemos por instantes para reexaminar  a Metodologia a empregar caso a caso? Creio que, mesmo internacionalmente, estejamos vivendo o que se dizia a respeito da Educação no século passado: “O professor ensina; o aluno aprende.”  E ponto final! … E VOCÊ, ensina ou simplesmente dá aula?

As observações e opiniões ao final desse texto são de indivíduos que já  militaram na prática e que conseguiram superar obstáculos que a vida profissional lhes impôs. Afinal, são ”lições de vida”. Tenho me batido para que PROFESSORAS e PROFESSORES se debrucem sobre textos de caráter pedagógico e metodológico a todo instante no intuito de se expressarem com maior segurança e provocarem melhores cursos para seus alunos. Mas só isto não basta!

Lembrei-me que um bom número de indivíduos foi negligenciado e peço-lhes desculpas. São os MESTRANDOS e DOUTORANDOS, entre eles, não só os que tratam de temas relativos à Educação Física e Desportos, mas também SOCIOLOGIA, JORNALISMO, PEDAGOGIA. Não se esqueçam de que o Procrie está repleto de História do Voleibol no Brasil desde 1939, calcado em livro do mesmo nome, enciclopédico e memorialista, constituindo-se em obra de referência e excelente oportunidade para pesquisas em várias áreas acadêmicas.

Vários textos foram compostos a partir de pesquisas em sítios de busca a respeito de assuntos relativos à Metodologia e Pedagogia. Inclusive, há algum tempo ofereci-me para compartilhar informações com a Universidade do Porto – leia-se Isabel Mesquita – e seus discípulos. Infelizmente, a ideia não prosperou, mas permanece a intenção. Outra, a Universidade de Coimbra. No primeiro desses artigos relatamos princípios que o matemático húngaro G. Pólya compôs em sua vida e descritos por mestrandos portugueses. Outro, Vôlei vs. Vôlei, de João Crisóstomo, com o qual trocamos comentários proveitosos pela web e que poderão acompanhar em Teoria vs Prática.

Pascual visita Saqua nov.2012Na foto, Roberto Pimentel e o atual membro do Comitê Olímpico espanhol, Rafael Pascual (El Toro), em visita ao Aryzão, em Saquarema.  É bem possível que a nossa história possa contribuir para o ensino e formação de crianças em Espanha. Ainda a respeito de nossa preocupação com o ambiente acadêmico, reportem-se ao que foi consignado em Educar para a Vida, em que discorremos sobre algumas práticas em universidades brasileiras.

Alunos do séc. XXI

Certamente este é um modelo atrativo para acadêmicos, professores iniciantes que se disponham a enveredar por pesquisas metodológicas. Criamos um espaço de discussão em contraponto ao academicismo. Não verão escrito como fazer, mas sim o quê fazer. Por isso se adapta ao tamanho de qualquer atividade, não importa se nas escolas, clubes, praias ou região. VOCÊ decide!

Uma aula de inovação

Sob esse título a revista VEJA do dia 7 p.p. publicou reportagem de Helena Borges versada em tecnologia e com um DNA empreendedor em alto grau, uma turma jovem que começa a criar soluções para romper com o marasmo e elevar o nível da rede pública. (…) Essa garotada não tem a ambição de inventar a roda nem a empáfia de deixar de ouvir quem é da área. O que eles fazem é dispor da tecnologia para dar novos ares à escola, numa tentativa de torná-la menos maçante e mais eficaz no seu papel de levar conhecimento a uma geração que, como eles próprios, é pouco conectada à lousa e ao giz. Esse, aliás, é um trunfo da força criativa da turma; ela conhece bem seu público-alvo. Aliás, bem dizia o Professor português José Pacheco:

Temos escolas do séc. XIX professores do séc. XX e alunos no séc. XXI. 

Em reforço ao que vimos pregando, há necessidade urgente de esclarecermos à nova geração do valor dos estudos sobre Psicologia Pedagógica, inclusos os Métodos a empregar na Educação. Infelizmente, como alardeiam experientes estudiosos e profissionais da área, há muito o currículo universitário deixa a desejar, já tendo comprometido algumas gerações. Tomara que nossa contribuição, ainda que modesta, colabore para o enriquecimento dos milhares de visitantes do mundo inteiro que nos honram com suas visitas e leituras.

Leia Mais… Primeiro Grande Passo, o cotidiano dos professores nas escolas.

Ensino crítico      

Ninguém inventa nada se for servil ao conhecimento passado.

“Ensinar a reverenciar a rebeldia intelectual nada mais é do que educadores chamam de ensino crítico; contestar sempre as verdades estabelecidas, princípio básico da pedagogia moderna. É um treinamento decisivo para quem deseja mais do que reproduzir, mas inventar. O bom educador deve ensinar a seus alunos a olhar sempre com uma ponta de desconfiança aquilo em que todos acreditam e dar uma ponta de crédito a ideias ou projetos que todos desmerecem”. (desconhecido)

Importância de um bom ensino

Este fator está atrelado à liberdade de poder criar e ao ato de ter ideias maravilhosas. A inteligência não pode se desenvolver sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular que exigem ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Quanto mais ideias uma pessoa já tem à sua disposição, mais novas ideias ocorrem, e mais ela pode coordenar para construir esquemas mais complicados. (Eleanor Duckworth, The Having of Wonderful Ideas, 1972)

O Circuito do Ensino

Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência.

– Henry Brooks Adams

Excelentes professores se concentram no que o aluno está dizendo ou fazendo e, graças a essa concentração e ao seu grande conhecimento do assunto, são capazes de enxergar e reconhecer o esforço hesitante e desajeitado que o aluno mal consegue articular na tentativa de um dia atingir a mestria. Uma vez identificado esse esforço, estabelecem um contato mais estreito com ele por intermédio de uma mensagem direcionada. As palavras-chave na descrição acima são conhecimento, reconhecer e contato mais estreito.

Os grandes professores e treinadores são uma espécie de “serviço de entrega” de sinais que alimentam e direcionam o crescimento de um determinado circuito neural, dizendo a esse circuito com grande clareza que dispare aqui e não ali. O trabalho do treinador é uma longa e íntima conversa, uma série de sinais e reações voltados para um objetivo comum. Seu verdadeiro talento consiste não num tipo de sabedoria universalmente aplicável que ele pode transmitir a todos, mas sim na capacidade elástica de identificar o ponto ideal no limite da habilidade individual de cada um e de enviar os sinais adequados, que ajudarão os circuitos a disparar na direção do objetivo certo, infinitas vezes.

Um excelente professor tem a capacidade de sempre ir mais fundo, de perceber o que o aluno consegue aprender e ir até esse ponto. E a coisa vai se aprofundando cada vez mais porque ele pode pensar no tema de muitas formas diferentes e fazer incontáveis associações. Noutras palavras, são necessários anos de trabalho para construir os circuitos (mielinizar) neurais de um grande treinador, circuitos esses que constituem um misterioso amálgama de conhecimento técnico, estratégica, experiência e sensibilidade aguçada na prática e sempre pronta a identificar e compreender o ponto em que os alunos estão e aonde precisam chegar.

Desenho28 InvertidoPor que grandes professores e treinadores tendem a serem pessoas mais velhas?

Como lembra Anders Ericsson, talvez por mero acaso ou, quem sabe, simples reflexo de forças sociais (afinal é mais provável que crianças cresçam acalentando a ideia de se tornar craques como Ronaldinho no futebol, ou como Tiger Woods no golfe, que a de virar treinadoras quando adultas). Ou talvez a idade mais avançada dos treinadores seja decorrência dessa dupla exigência característica da profissão – além de adquirir extrema competência no campo de sua escolha, precisam aprender a ensinar de modo eficiente a habilidade necessária ao exercício profissional ou à atividade amadora naquela área. (Anders Ericsson, pág. 207, “O código do talento”)

E então?

O importante é que cada indivíduo saiba brincar com o tempo que brinca, de modo criativo, sem se esquivar aos seus dons. Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática.

Os próximos passos são os SEUS!

O Professor e o Aluno, Métodos de Autorregulação

3posições
Ilustração: Beto Pimentel.

Autorregulação, Descobertas, Compartilhar Conhecimento, Despertar Interesse, Emoções, Investigando a Memória, Metáfora do Andaime, Solução de Problemas.

Busca de Nova Metodologia

Diante de uma criança, faço-me criança!

Cúmplices

A perspectiva a adotar solicita a interação, a negociação e a construção conjunta de vivências que habilitem a criança e o adolescente aprenderem a linguagem proposta. Isso exige necessariamente, e sempre, um elemento de interdependência e da capacidade fazer descobertas acidentais. Leia mais sobre a cumplicidade entre professor e aluno em… Aprendizado Produtivo. 

Circuito do Ensino – sobre a importância e o papel a desempenhar pelos professores, além de um convite a pensarmos juntos. A esse respeito, gostei da campanha da revista Veja em incentivar indivíduos a serem mais esclarecidos:

Questione, pense. Coce mais a cabeça.

Mapa do território do aprendiz

A experiência nos diz que certo grau de incerteza, a possibilidade de se deparar com surpresas e a chance de descobrir e resolver novas ambiguidades é o que impulsiona e motiva tanto o ensino quanto a aprendizagem. A única maneira de evitar a formação de concepções errôneas arraigadas é a discussão e a interação, lembrando que “no discurso matemático, uma dificuldade compartilhada pode tornar-se um problema resolvido”. Jogadores excepcionais, por exemplo, treinam de maneira diferente e bem mais estratégica: quando falham, não atribuem esse fracasso à falta de sorte, nem culpam a si mesmo; têm uma estratégia que podem corrigir. Como ensinar ao aluno tais procedimentos?

Processo de autorregulação

Pela repetição pensada, com base na imagem que formatou, torna a realizar experimentos calculados de modo a descobrir o melhor caminho a seguir.  O objetivo é tornar sua ação a melhor possível consideradas suas possibilidades momentâneas. Em suma, as tentativas  – exercícios repetitivos – são indispensáveis desde que pensada sua busca do melhor desempenho. Nesse processo, a atuação do professor deve ser cautelosa e de muita observação sobre a evolução e conquistas do treinando.

Por que ir mais devagar dá tão certo?

Não importa com que rapidez você faz a coisa, o que vale é quão devagar você consegue fazê-la sem errar.

O modelo teórico da mielina fornece duas explicações. A primeira, é que proceder devagar nos permite atentar mais aos erros, aumentando o grau de precisão a cada disparo – e, em se tratando da produção de mielina, a precisão é tudo. Como dizia o técnico de futebol americano Tom Martinez, “não importa com que rapidez você faz a coisa, o que vale é quão devagar você consegue fazê-la sem errar”. A segunda explicação é que proceder lentamente ajuda o indivíduo a desenvolver algo ainda mais importante: uma percepção prática da arquitetura interna de determinada habilidade – a forma e o ritmo dos circuitos interligados para realizá-la. Por quase todo o séc. XX especialistas acreditavam que a aprendizagem fosse governada por fatores fixos como o Q. I. e os estágios de desenvolvimento. Barry Zimmerman, professor de psicologia na City University de Nova York, desenvolveu estudos pelo tipo de aprendizagem que acontece quando as pessoas observam, julgam e planejam a própria atuação, ou seja, quando ensinam e supervisionam a si mesmas. Chamou-a de AUTORREGULAÇÃO.  Leia mais Como Treinar?

LEIA MAIS… Lições de um Projeto… (3 artigos)

Desenho19 reduzido

Experiências vividas pelo autor 

1. Ensinar matemática – Um adolescente (14 anos) que queira se aprimorar na matéria deverá propor-se a frequentar aulas regulares durante algum período com seu professor. O método a empregar no ensino não seria diferente ao exposto acima. Inicialmente, após  avaliação sobre o que sabe o aluno e seu interesse o mestre desenvolverá um programa em que a cada nova instrução o aluno se exercite intensamente buscando autonomia de pensamento lógico. Para tanto, os problemas devem ser escalonados segundo seu desenvolvimento atual em escala ascendente de dificuldades. Cabe ao mestre acompanhar as dificuldades que ele possa apresentar durante o processo e, se necessário, recuar na escalada pedagógica antes que novas questões lhe sejam apresentadas. Em suma, não deve acumular dúvidas neste processo.

Labirinto que ensina

Boa imagem que faço deste método está retratada em um pequeno brinquedo chamado Labirinto, constituído de uma peça quadrada de madeira contendo em seu interior uma configuração de labirinto, com orifícios regulares em cada caminho escolhido. Por ele, o indivíduo deve fazer passar uma bilha utilizando-se de dois controles manuais de inclinações da base de madeira. O objetivo é conseguir superar todos os obstáculos sem falta. Se a bilha cair em qualquer orifício o jogador deverá retornar ao início da tarefa, NUNCA do local em que errou.

Labirinto A

Transportando para o treinamento esportivo, observem como se comportam os professores ou técnicos de qualquer modalidade. Se o treinando erra no desenvolvimento de qualquer exercício ele é solicitado a realizá-lo a partir do seu início? A consequência desta opção na aprendizagem é imediata e pode ser traduzida por aquilo que expressou M. RYAN (EUA), treinador de atletismo por ocasião de um congresso mundial após uma pergunta que lhe solicitava exercícios próprios para facilitar a aprendizagem do salto com vara: Apenas o salto com vara prepara para o salto com vara e qualquer exercício que se lhe avizinhe, quanto mais próximo, tanto mais prejudica a aprendizagem.

Eis uma boa questão para coçarem a cabeça: “Como fica o transfer“?

LEIA MAIS… Exercícios (I) – Dosagem e Exigência

Brincando com o leitor… Experimente resolver o seguinte problema:

“Dois  amigos que não se viam há algum tempo se encontraram em uma rua e após e um deles (A) indagou ao outro (B): Quantos filhos você tem? B então respondeu: Tenho três filhos. Ao que A tornou a perguntar: Quais são as suas idades?  B propôs-lhe um problema: O produto das idades é 36 e a soma, o número daquela casa ali em frente (e apontou para a placa da casa). Após alguns momentos, B disse: Ôpa, preciso de outra dica (informação)! Finalmente A rematou: Tem razão, o meu filho mais velho toca piano. Quais são as idades?” (O Homem que Calculava, Malba Tahan)

LEIA MAIS…  Xadrez e Voleibol e Teoria vs. Prática

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Divisão Quadra FormaçãoInicialObnubilada

Na figura e fotos acima estão representados alguns momentos de metodologia a empregar no ensino de crianças. Inclusive criar nelas o desejo de conquistar objetivos. Curiosidade: a única menina na foto (primeira à esquerda, junto ao Giba) é a minha netinha, com 5 anos. Estaria ela se encaminhando para se tornar excelente atleta?

Para VOCÊ pensar… extraído do livro “O código do talento”, Daniel Coyle.

O Circuito do Ensino

Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência.

– Henry Brooks Adams

– Excelentes professores se concentram no que o aluno está dizendo ou fazendo e, graças a essa concentração e ao seu grande conhecimento do assunto, são capazes de enxergar e reconhecer o esforço hesitante e desajeitado que o aluno mal consegue articular na tentativa de um dia atingir a mestria. Uma vez identificado esse esforço, estabelecem um contato mais estreito com ele por intermédio de uma mensagem direcionada.

– Os grandes treinadores são uma espécie de “serviço de entrega” de sinais que alimentam e direcionam o crescimento de um determinado circuito neural, dizendo a esse circuito com grande clareza que dispare aqui e não ali. O trabalho do treinador é uma longa e íntima conversa, uma série de sinais e reações voltados para um objetivo comum. Seu verdadeiro talento consiste não num tipo de sabedoria universalmente aplicável que ele pode transmitir a todos, mas sim na capacidade elástica de identificar o ponto ideal no limite da habilidade individual de cada um e de enviar os sinais adequados, que ajudarão os circuitos a disparar na direção do objetivo certo, infinitas vezes.

– Um excelente professor tem a capacidade de sempre ir mais fundo, de perceber o que o aluno consegue aprender e ir até esse ponto. E a coisa vai se aprofundando cada vez mais porque ele pode pensar no tema de muitas formas diferentes e fazer incontáveis associações. Noutras palavras, são necessários anos de trabalho para construir os circuitos (mielinizar) neurais de um grande treinador, circuitos esses que constituem um misterioso amálgama de conhecimento técnico, estratégica, experiência e sensibilidade aguçada na prática e sempre pronta a identificar e compreender o ponto em que os alunos estão e aonde precisam chegar.

– Por que grandes treinadores tendem a serem pessoas mais velhas?

– Como lembra Anders Ericsson, talvez por mero acaso ou, quem sabe, simples reflexo de forças sociais (afinal é mais provável que crianças cresçam acalentando a ideia de se tornar craques como Ronaldinho no futebol, ou como Tiger Woods no golfe, que a de virar treinadoras quando adultas). Ou talvez a idade mais avançada dos treinadores seja decorrência dessa dupla exigência característica da profissão – além de adquirir extrema competência no campo de sua escolha, precisam aprender a ensinar de modo eficiente a habilidade necessária ao exercício profissional ou à atividade amadora naquela área.

– As palavras-chave na descrição acima são conhecimento, reconhecer e contato mais estreito.