Escolas: Brasil e Estados Unidos 

Já vimos em outras oportunidades comentários sobre o ensino na universidade de Harvard e na Finlândia, inclusive com visitas ao Brasil das respectivas educadoras, Dra. Katherine Merseht (Construindo uma Escola Inovadora) e Marjo Kyllönen (O Futuro da Escola no Brasil). Ambas acentuaram os progressos auferidos com os estímulos proporcionados à formação de bons professores e, sem dúvida, o valor do emprego de novas tecnologias a favor da Educação.

ENSINO AVANÇADO: LIÇÕES DE UM PROJETO

Vejam a seguir resumo de nossa proposta

Perspectivas de aprendizado

Compilando artigos já postados, selecionamos três deles que, em última análise trata-se de um só. Refere-se à nossa atuação no Morro do Cantagalo, zona Sul do Rio. Efetivamente, soa como um relato bem elaborado para pretensões bem simples. Pedimos paciência pela reprise, mas vai ajudar-nos a ilustrar a concepção e o escopo da criação de algo perfeitamente tangível, principalmente para professores em início de carreira, inclusive os não especialistas.

Trata-se efetivamente, de conhecer e ter as primeiras informações para um longo caminho. Além do mais, dada à profusão de artigos, é bem possível que muitos dos atuais visitantes não efetuaram as leituras  de data tão distante: 2009.

Ouvindo a voz do povo

Desde ago./1988 vimos realizando eventos com centenas de crianças na praia de Icaraí (Niterói) e, posteriormente, em Copacabana. Afora, dezenas de visitas a escolas – Rio, Niterói – para demonstrar o método que preconizamos para o ensino do voleibol. É algo bastante diferençável do protagonizado por universidades e a Confederação Brasileira de Volleyball, mesmo em seu programa Viva Vôlei, este já com os dias contados.

Em nossas andanças por Niterói somos abordados por mães que desejam que seus filhos – em especial meninas – frequentem um bom ambiente de iniciação esportiva no voleibol. Os clubes estão falidos, desinteressados da promoção de competições, limitam-se a alugar seu ginásio a treinadores das escolinhas, sem qualquer vínculo educacional de qualidade.

Reflexos da sociedade

Na esfera da educação e dos esportes no Brasil, vale lembrar a feliz menção do blogueiro José Cruz em sua decisiva mea culpa:

“A disputa entre educação e esporte é antiga. A falta de diálogo também. O próprio Ministério do Esporte não consegue avançar no entendimento sobre a prática da educação física nas escolas públicas e o assunto se esparrama por décadas. […] Somos um país olímpico, mas ainda estamos no Terceiro Mundo da integração do esporte com os estudos”.

Cada gestor educacional, político ou não, tem seus interesses que prevalecem sobre toda e qualquer aspiração legítima dos cidadãos. Pelos dizeres do bloguista percebe-se o caos em que nos encontramos em matéria de ensino há muitos anos e ao que nos relatam os fatos atualmente, pelo menos mais uma geração não será beneficiada por boas práticas educacionais. Indagados certa feita a respeito:

  • Por que não oferecer este projeto a algum órgão governamental?

Possui características de emprego nacional, é inédito, revolucionário, e de baixo custo. Tem tudo para dar certo…! Todavia, nosso empenho e exemplo não frutificaram. Em resposta fomos pontuais:

  • Você entregaria anos de estudos, pesquisas, idas e vindas em busca de apoio, tempo e dinheiro investido em variadas aparições, para um burocrata ministerial no Brasil? Imaginem minhas dificuldades e o que tive que ouvir!

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Aulas para 100, 200, 300, 400…, e até 1.200 crianças!

Como é possível…?

Durante três ou quatro anos estivemos com projetos na praia de Icaraí, chegando à marca de 400 alunos praticando o minivoleibol gratuitamente. Terminado o ciclo de cursos para acadêmicos e poucos professores, nada restou.

Em seguida, durante dois anos, demos início ao treinamento de atletas de vôlei de praia profissionais para ambos os sexos, agora remunerado. Foram momentos gratificantes, de grande aprendizado, mas que também não despertou o interesse de estudantes ou professores. Certamente, pela incompatibilidade de horários e frequência às aulas, ou trabalho.

Mas quando levamos o projeto à praia de Copacabana (1995), logo descortinamos possibilidades de mídia fácil, especialmente quando convidamos a seleção feminina com o técnico Bernardinho para uma visita especial. Foi tamanho sucesso, que o treinador solicitou-nos a compra e acervo pedagógico para futura a implantação em Curitiba (PR), no Centro Rexona no ginásio do Tarumã. A seguir, ampliou para escolas de Curitiba e do Estado. Todavia, não teve continuidade, tendo em vista que faltava-lhes “quem planejasse” e efetivo conhecimento no “quê fazer”. Inclusive nas faculdades de Educação (Pedagogia) e Educação Física.

Enquanto isso, em Portugal (¹)

Em continuidade aos meus apelos a PROFESSORAS e PROFESSORES em torno de pesquisas e experiências sobre Metodologia e Pedagogia aplicáveis às suas aulas, lembro o apelo do eminente professor português José Curado, em 2006, aos professores e treinadores portugueses:

“Não há progresso significativo sem investigação. É preciso acabar com o clima de desconfiança há muito existentes entre os teóricos e os práticos, avançando para projectos de cooperação entre uma Academia verdadeiramente aberta à comunidade e a actividade desenvolvida pelos atletas e treinadores, contribuindo para a resolução dos problemas levantados por esta”.

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(¹) Por algum tempo fomos colaboradores convidado do sítio português sovolei, atualmente desativado. (ver História do Voleibol Presente na Europa)

Da Teoria à Prática

Passemos às análises a que nos propusemos, dado que elas se inserem nesse momento devido às colocações em postagens anteriores relativas à PRAXIA, que vimos defendendo sobre a necessidade de uma PROTOTIPAGEM. Inclusive, com duas fortes argumentações: a base para um curso introdutório e a oportunidade de editar videoaulas.

Percebam ainda que nossa preocupação reside em torná-los aptos a se desenvolverem por conta própria, possivelmente incorporado ao conhecimento indispensável contido em textos de autores consagrados – teoria – e em nossas vivências – práticas.

Historinha…

1º Curso de Treinadores de Vôlei de Praia

Promoção da CBV e realizado na EsEFEx. Participaram várias estrelas do voleibol nacional, como Isabel, Roseli, Ana Richa. Após este evento, Isabel promoveu e nos convidou a organizar e coordenar um curso (3 meses) para crianças e jovens no Ciep (escola pública) localizado no Morro do Cantagalo, Rio.

Continue lendo “O Futuro dos Professores”

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