
Boa Formação Continuada e Ensino a Distância
Pela relevância nos estudos que vimos empreendendo sobre o valor de uma boa formação continuada reproduzimos parte da (1) matéria editada no O Globo, cujo alvo são professoras e professores. Além disso, a (2) apresentação contida no sítio da firma especializada Crossknowledge a respeito das novas abordagens do Ensino a Distância no mundo através da Engenharia Pedagógica, combinando treinamento, informações e colaboração. Por último, (3) comentários sobre Engenharia Pedagógica e das Competências.
Métodos de Ensino a Distância – Tutoria – Engenharia Pedagógica – Engenharia da Formação – Engenharia das Competências – Andragogia – Design Instrucional.
1. Tutorias[1] como Método Eficaz
- Baixa Formação Continuada desmotiva professores no Brasil
- Pesquisa do Instituto Ayrton Senna aponta ainda tutorias como o método mais eficaz.
- Formação Continuada seria de “baixa eficiência” em mais de 70% dos casos no Brasil.
Eis as principais conclusões do estudo realizado pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) em parceria com The Boston Consulting Group (BCG), consultoria multinacional de gestão empresarial:
- Mais de 70% das atividades de Formação Continuada de professores no Brasil têm baixa eficácia e aplicabilidade, deixando o docente desmotivado e sem tempo para continuar com os estudos.
- Os métodos mais eficazes, as tutorias¹, são adotados apenas por 2% das escolas do país.
Tutoria Pedagógica e Plano de Carreira
Estímulos à Qualificação
Além do panorama geral, o estudo também traça planos para implementar de modo eficaz a formação continuada. Uma das principais soluções sugeridas pelo estudo é a tutoria pedagógica ou professores-tutores nas redes de ensino. O estudo cita ainda o caso da rede estadual de Goiás, que implementou a prática e agora colhe os frutos. Lá, docentes são supervisionados por colegas mais experientes e outros educadores, além de receberem avaliações de desempenho e feedbacks e manterem reuniões frequentes com suas equipes pedagógicas. Em contraste, apenas 2% dos entrevistados no estudo disseram receber esse acompanhamento.
Os pesquisadores chamam atenção ainda para a urgência de se institucionalizarem planos de carreira que estimulem a qualificação do profissional. Vale lembrar que essa é uma das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado mês passado pela presidente Dilma Rousseff.
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[1] Tutorial: ferramenta de ensino/aprendizagem, podendo ser um programa de computador ou texto, com ou sem imagens, que exibe passo a passo o funcionamento de algo.
2. Engenharia Pedagógica para o Ensino a Distância: rumo a novas abordagens para o treinamento
Métodos de Ensino devem mudar
A implementação de novas tecnologias e das novas abordagens de aprendizagem está levando profissionais responsáveis por treinamento a fazer mudanças essenciais em suas iniciativas de desenvolvimento de competências. Agora, eles devem, por exemplo, aprender a combinar treinamento, informações e colaboração, e encontrar novas maneiras de equilibrar a aprendizagem presencial/a distância, sincrônica/assíncrona, formal/informal. .
Esse serviço tem como base:
- Análise prévia dos pacotes de desenvolvimento mais relevantes considerando os desafios estratégicos e de RH enfrentados pelo cliente.
- Desenvolvimento de indicadores de desempenho, possibilitando decidir sobre o formato relevante para os pacotes considerando o público-alvo, os assuntos a serem abordados, e os meios disponíveis.
- Definição dos dispositivos, implementação de percursos de treinamento, e desenvolvimento de sequências de aprendizagem (seleção de conteúdo, escolha de formato de aprendizagem e formas de monitoria etc.).
- Concepção de painéis para ajudar a gerenciar os programas de treinamento e demonstrar a criação de valor.
3. Da Engenharia Pedagógica à Engenharia das Competências
Engenharia da Formação, Engenharia das Competências
“Ao observarmos a evolução da formação nas últimas décadas, constatamos que a mesma apresenta três etapas principais. Nos anos 60, a formação centrava-se essencialmente na modalidade de formação profissional de adultos. Nessa altura estava muito em voga a andragogia[2], um conceito de origem canadiana, assim como a pedagogia por objetivos. Foi então que nasceu a engenharia pedagógica, cuja finalidade principal era facilitar a aquisição de conhecimentos pelos formandos que participavam numa ação de formação.
Em resumo, atualmente…
“A profissionalização realiza-se através de percursos que incluem e alternam situações diversas, como atividades de formação, atividades de trabalho, exercício de funções e atividades extraprofissionais, e várias modalidades de aprendizagem, como auto formação, tutoria, resolução de problemas, realização de projetos, estudos, aprendizagem colaborativa, intercâmbio de experiências, formação em sala, etc. De fato, na passagem da engenharia da formação para a engenharia das competências há uma mudança de paradigma conceitual, pois esta última consiste em criar um contexto favorável à realização de percursos individualizados que se constroem e se dirigem como percursos de navegação, ao contrário da engenharia da formação que consistia em construir cursos lineares e idênticos para todos os formandos”.
[2] Ciência que estuda as melhores práticas para orientar adultos a aprender. É preciso considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos. Estes são motivados a aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em sua vida. O modelo andragógico baseia-se nos seguintes princípios: 1. Necessidade de saber: adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo. 2. Autoconceito do aprendiz: adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir. 3. Papel das experiências: para o adulto suas experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais eficazes. 4. Prontidão para aprender: o adulto fica disposto a aprender quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia. 5. Orientação para aprendizagem: o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade. 6. Motivação: adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento.
Fonte: Wikipédia.
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Para seu conhecimento… colhido na Wikipédia.
Design instrucional ou projeto instrucional é o termo comumente usado em português para se referir à engenharia pedagógica. A engenharia pedagógica trata do conjunto de métodos, técnicas e recursos utilizados em processos de ensino-aprendizagem.1 O termo inglês “instructional design” busca capturar o mesmo significado do francês “ingénierie pédagogique”. Esse campo de estudo trata do ensino-aprendizagem em qualquer contexto, desde o ensino clássico até tendências contemporâneas quanto ao uso de tecnologia, passando pelo treinamento individual, aplicado a empresas ou ainda militar. Emprega-se o design instrucional à concepção de cursos, aulas individuais e à construção de materiais didáticos como impressos, vídeos, softwares ou, de modo mais genérico, qualquer objeto de aprendizagem.
(…) O design instrucional corresponde à “ação intencional e sistemática de ensino, que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a utilização de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de facilitar a aprendizagem humana a partir dos princípios de aprendizagem e instrução conhecidos”.
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