É preciso arriscar muito mais
Não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade. (Kennedy)
O reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antônio Zago, diz que o sistema atual favorece a acomodação dos pesquisadores estáveis na carreira, que nada criam e se bastam repetindo experimentos. Este o título da entrevista produzida por Veja (ed. 2379, 25/6/2014) aos repórteres Lucas Souza e Mariana Barros, em que relatam os bastidores do sistema acadêmico, seus problemas e vicissitudes. Em linhas gerais, percebem-se situações que demandam tempo para alcançarmos soluções definitivas para o ensino e pesquisas no país.
- Desconhecimento da língua inglesa pelos alunos;
- Falta de ousadia dos pesquisadores;
- Predominância da cultura sindicalista.
Outros problemas:
- Ensino secundário de má qualidade;
- Dificuldades de gestão das universidades;
- Não se focaliza qualidade e meritocracia;
- Estabilidade precoce de professores e funcionários.
Sistema de avaliação de professores
- Foco na qualidade e no mérito: produção acadêmica, ensino e extensão;
- Busca da excelência: produção de patentes, de material crítico, realização de debates;
- Mudanças no regime de dedicação exclusiva: critérios de promoção e progressão na carreira.
Salto no escuro
“Os pesquisadores precisam se arriscar mais, sair da zona de de conforto que os leva a projetos de sucesso garantido de antemão. Isso permite que a vida deles transcorra sem surpresas positivas ou negativas, o tempo passa, eles criam vínculos estáveis e passam a dispor de uma estrutura de pesquisa. Para quê? Para continuarem repetindo experimentos consagrados. Tudo bem (…), mas não é essa abordagem que produz grandes e decisivas descobertas. Sem salto no escuro não surgem avanços revolucionários. Os que se arriscam mais são sempre os mais jovens. Depois eles se casam, têm filhos, ficam mais prudentes, e o sistema aceita. Atualmente, no Brasil, tanto as universidades quanto as agências de pesquisas premiam a prudência e inibem a inovação”. Conclusão: “Temos de dar melhores condições de trabalho aos pesquisadores e reduzir as tarefas administrativas e burocráticas. As condições para fazer pesquisa competitiva estão no estabelecimento de um ambiente favorável, com parcerias como as que temos hoje. Não dá para criar pesquisa de qualidade isoladamente”.
Comentário…
(…) É o momento de buscarmos novas parcerias, sermos criativos e nos reinventarmos. (…) Refraseando Kennedy: não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade. (Mayana Zatz)
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Enquanto isto, vejam o que se passa no “país da Copa”, publicado no jornal Estadão, em 10/7/2014.
Reitores paulistas querem trocar reajuste por benefícios
São Paulo – Sem reajuste para professores e funcionários, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) ofereceram nesta semana melhorias de benefícios e na jornada de trabalho. Os reitores tentam encerrar logo a greve das categorias, mesmo com salários congelados. A USP (Universidade de São Paulo), cuja crise financeira foi a que mais pesou no veto ao aumento, não fez propostas. O fórum de entidades sindicais reforçou que não discutirá pautas específicas das universidades, o que será feito só depois do fim da negociação salarial conjunta, como ocorreu nos últimos anos. Para professores e funcionários, dividir o debate de propostas fragiliza o movimento. Alunos das três instituições também apoiam a greve, que já dura seis semanas. Os reitores têm pressa de resolver o impasse antes da volta às aulas. (Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
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A universidade do futuro, Stephen Kosslyn (Veja, 2/abr./2014)
Comentários…
- “O conhecimento do cérebro (ciência cognitiva) é o caminho para aprimorar o aprendizado, inserir a escola no século XXI e deixar bem claro que cada pessoa vai até onde sua mente pode ir.
- “A universidade on-line revela a importância da tecnologia, ao mesmo tempo em que estimula o aluno a construir um pensamento crítico e a enxergar os dois lados de uma questão.
- “A universidade atual necessita retirar a poeira dos séculos, entender e valorizar o novo que, inexoravelmente chega. (Benjamin Batista, BA)
- “A origem dos conflitos e questionamentos sobre a finalidade do conteúdo ensinado na sala de aula reside na forma como esse conteúdo é ‘ditado’ aos alunos – sem nenhuma aplicabilidade prática. Simplesmente não conseguem estabelecer uma conexão entre o seu dia a dia e a escola”. (Alex Fabiano A. Oliveira, PB)
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PROCRIE… Percebam nosso alinhamento com a Association Internationale des Ecoles Superieures d’Education Physique.
Um Centro de Referência em Iniciação Esportiva projetado pelo Autor com base em sua obra sobre a História do Voleibol no Brasil, que remete seus seguidores na busca de soluções metodológicas e pedagógicas na área da Educação Física Escolar, do ensino desportivo e, propriamente, ao voleibol. Peço desculpas ao associar a imagem do Procrie à missão da AIESEP, mas os leitores certamente me perdoarão ao constatarem a coincidência dos propósitos, guardadas as devidas proporções. Isto nos anima e fortalece a perseguir nossos objetivos. Contamos com Vocês!

Association Internationale des Ecoles Superieures d’Education Physique International Association for Physical Education in Higher Education
Este site irá fornecer-lhe variadas informações sobre o que é AIESEP e sobre o que a associação faz. Muitos documentos estão disponíveis em suas páginas: não hesite em visitar: http://www.aiesep.ulg.ac.be/ O site é hospedado pela Universidade de Liège.
AIESEP selecionado para o projeto AMA
Em março passado, os membros AIESEP de seis países, localizados em quatro continentes, uniram seus conhecimentos e esforços na preparação e apresentação de uma proposta em resposta ao apelo intitulado “KIT UMA recurso para os professores “, promovido pela Agência Mundial Anti-Doping (WADA ). Em 19 de maio de 2014, AIESEP recebeu a notícia de que seu projeto foi selecionado.
Promovendo Mudanças na Pedagogia do Esporte
O projeto visa o desenvolvimento de um recurso concebido para ajudar os professores a entregar as suas exigências curriculares existentes para a educação de valores. Este recurso utiliza o esporte e seus valores positivos como um contexto para garantir o interesse dos alunos, e será desenvolvido em bases científicas sólidas, implementado com diferentes tipos de recursos (por exemplo, unidades didáticas, os jogos baseados em valores, ensinando dicas, um glossário) e, finalmente testado entre os educadores de vários países. A grande rede do AIESEP permite a oportunidade de realizar este projeto por todos os continentes, fornecendo informações sobre as exigências curriculares de situações cultural e geograficamente distintos. O projeto terá início nos próximos meses e duram um ano. Durante este período, os membros envolvidos AIESEP vão desafiar o campo dos valores desportivos promovendo a discussão e debate, aumentando suas próprias ferramentas, tornando-se melhor em rede, e a mudança inspiradora em pedagogia do esporte. (o grifo é nosso)
2014 AIESEP Seminário Especialista em Timisoara Flash Newsletters
(veja a última informação: n ° 108 – 02 de junho de 2014)
2014 AIESEP World Congress, em Auckland AIESEP no Facebook http://www.facebook.com/pages/Association-Internationale-des-Ecoles-SuperieuresdEducation-Physique/176848622384485
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- Atualização do Procrie (acima) em 11/jul./2014:
Total de Cidades: 2.456, sendo 988 (40%) no Brasil
Total de Visitas: 190 mil
Páginas Visitadas: 304 mil
BRASIL, Visitas: 169 mil (89%)
