
Convite à Participação
Aos amigos professores, treinadores, ou simplesmente interessados em dialogar para aprendermos juntos. Como muitos já disseram “Ensinar é uma Arte”, e como Arte não se ensina como proceder? Este artigo é voltado principalmente à participação de professoras e professores, especialmente aos lotados em escolas. Foi construído, inicialmente, com base em propostas e comentários no sítio português Sovolei, no qual sou um dos colaboradores com muita honra faz algum tempo.
Comentários & Fórum no Sovolei
Percebo que no Brasil as professoras declinam de se especializar em certas tarefas, p.ex., responsabilizarem-se pelo ensino do voleibol, basquete, futebol, handebol. E, inclusive, atêm-se somente ao setor feminino. Em colégios menores, há facilidades para a coeducação, pois as turmas são menores e não se justificariam dois professores. Então, “sem querer”, as aulas se desenvolvem com aspectos convenientes, ou seja, as meninas têm oportunidades similares aos meninos. Este é um crescimento e desenvolvimento social maior do que se imagina, mas infelizmente a direção pedagógica da escola não está preparada para enfrentar este desafio. E em Portugal, como se desenvolve essa atuação? Alguém poderia me esclarecer? Explico: vou pela segunda vez ao Colégio Paraíso, braço lusófono de Portugal no Brasil, para oferecer metodologia de ensino na Educação Física, especificamente no voleibol.
PNFT – O presente e o futuro
Comentário único de Roberto Pimentel publicado no Sovolei.
Em 10 de janeiro de 2006, em Lisboa, durante o Congresso do Desporto, o Sr. José Curado dissertou sobre a Reforma do Sistema Desportivo. Iniciou sua alocução com uma nota prévia que, em dado instante, expressou:
Desejo que o Congresso, no seu espírito e nos seus vários momentos, não se deixe ‘enredar’ pelos ‘dramas’ e problemas da ‘velha ordem’ desportiva, uma vez que precisamos urgentemente de algo novo para nos preparar para um futuro melhor.
Quer me parecer que finalmente o futuro chegou para os treinadores portugueses. Parabéns a ele por sua clareza e excelente discernimento. Termina o seu discurso com um alerta aos treinadores portugueses:
Não há progresso significativo sem investigação. É preciso acabar com o clima de desconfiança há muito existentes entre os teóricos e os práticos, avançando para projectos de cooperação entre uma Academia verdadeiramente aberta à comunidade e a actividade desenvolvida pelos atletas e treinadores, contribuindo para a resolução dos problemas levantados por esta.
“Tomara que agora seja bem compreendido. Parabéns ao Sovolei pela publicação tão rica de ensinamentos e aos portugueses que a acatarem e colocarem em prática”.
Pensar dói!
Parece que não estou só nessa cruzada. Nicholas Kristof, jornalista ganhador de dois prêmios Pulitzer, escreveu em uma coluna do New York Times, publicada em 15 de fevereiro: “Alguns dos pensadores mais inteligentes sobre questões domésticas ou ao redor do mundo são professores universitários, mas a maioria deles simplesmente não tem importância nos grandes debates de hoje”. O puxão de orelha veio de longe, mas a distância não reduz a pertinência, tampouco o efeito. O colunista explica que a opinião desses especialistas é frequentemente desconsiderada por ser “acadêmica”, o que em muitos ambientes equivale a uma acusação de irrelevância. O preconceito soma-se à conhecida pergunta, “o senhor trabalha ou só dá aulas?” e reflete o baixo prestígio das atividades de pesquisa e ensino na sociedade e o que Kristof denomina de anti-intelectualismo da vida americana. De fato, a ojeriza ou simples preguiça em relação à vida inteligente é um fenômeno também presente em muitas outras áreas do planeta. Nos tristes trópicos, grassa há tempos um verdadeiro culto do que é rasteiro, ligeiro, baixo e vulgar. O fenômeno afeta as falas, as letras, as telas e as paisagens. Está presente nas atitudes e comportamentos.
Afinal… “Você trabalha ou dá aula“?
Contributo do Procrie a… PROFESSORAS
Em especial àquelas lotadas em Escolas, e com pouca experiência (ou nenhuma) em Voleibol. VOCÊ será capaz de realizar EXCELENTES aulas com seus alunos. E mais ainda, não só de Voleibol, mas de qualquer outro esporte. Lembrem-se, aprender a jogar e participar dele faz parte da Educação. Não é necessário descobrir talentos ou formar equipes para competições. O maior valor consiste em estimular o prazer pelas brincadeiras e que se divirtam a valer. Compartilhemos o conhecimento e as informações em favor de melhor ensino para os miúdos. SIGAM-NOS no Procrie e vejam nossas PROPOSTAS!
Busca de soluções
Vejam o comentário oportuno colhido no Sovolei, Facebook em 13 do corrente, relativo a um dos jogos do campeonato português feminino:
Jorge Luz – Que jogão? Lá equilibrado foi, mas de jogão não teve nada. Infelizmente lá se foram os grandes anos do voleibol feminino português. O jogo foi equilibrado, mas pelo nível de baixo. Tenho muita pena que o nosso voleibol tenha perdido tanta qualidade.
Servindo-nos de um princípio de G. Pólya, muito oportuno para o momento: “Quando você não consegue resolver um problema, crie outro mais fácil que possa resolver.”
A partir dele, então, propomos construir uma linha de pesquisa que nos conduza às possíveis soluções, cuidando que cada caso é um caso. Mas se pudermos traçar um encadeamento consistente, cremos caminharmos com princípios pedagógicos. Pesquisemos, então!
Proposições referentes ao “Aprender a Ensinar”
Aos amigos professores, treinadores, ou simplesmente interessados em dialogar para aprendermos juntos. Como muitos já disseram Ensinar é uma Arte, e como Arte não se ensina como proceder? Temos grande interesse em dialogar com professores e professoras lotadas em escolas, além de treinadores que trabalham em clubes competitivos ou simplesmente de lazer. Explicamos: produzimos pesquisas a respeito no Brasil e há muito buscamos nos aculturar com as coisas, inclusive de outros países. Assim, enriquecemos nosso saber e a produção de artigos mais eficientes para a melhoria do Ensino. Esta a proposta do Procrie. Evidentemente, sem a SUA ajuda não teremos oportunidade de Aprender a Ensinar, uma vez que nos falta o convívio. Que sejam VOCÊS os nossos MESTRES na empreitada.
O que se pode depreender da afirmação do Senhor Jorge Luz?
- O voleibol feminino já não tem mais qualidade.
- As equipes a que se refere têm pouca técnica.
- Há desesperança quanto ao futuro.
Por que o voleibol feminino teria perdido tanta qualidade?
- As meninas estariam desinteressadas pelo vólei?
- São orientadas somente por professoras?
- Má Formação/Iniciação em clubes e escolas?
- Existe um Programa de Formação? Quem e quantos participam na sua execução?
Ocorrem idênticas observações no setor masculino?
- Os meninos são mais interessados pelo vólei?
- Os meninos têm boa Formação/Iniciação em clubes e escolas?
- São orientados exclusivamente por professores (homens)?
- A que se propõe o Gira-Volei? Seria suficiente?
Que forças atraem/repelem o interesse pelo vólei?
- Os métodos e pedagogia aplicados em escolas e clubes?
- A exclusão por não fazer parte de algum time?
- O sentido de “competição” predominando sobre o “lazer”?
- Outras…
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