Autonomia para o Autodidatismo

PraiaIcaraí
Clínica de Mini Vôlei, Praia de Icaraí, Niterói (RJ): 400 crianças se divertiram 2 vezes/semana durante 4 anos. Ilustração: Beto Pimentel.

 

Liberdade para Ensinar e Criar

Em 13/jan./14, Arlindo Lopes Corrêa postou mais um dos seus excelentes artigos sobre a Educação no país. Tenho sua permissão para divulgar seus ensinamentos também no Procrie, uma vez que alguns assuntos são pertinentes quanto à sequência que estou imprimindo relativa à Aprender a Ensinar. Valho-me de nossa comunhão de propósitos para anunciar sua experiência e cultura no tema.

Fica a sugestão para que os leitores enveredem pelo Blog do Arlindo e ali se ilustrem com um dos maiores especialistas brasileiro. Dessa forma perceberão a importância da “liberdade de ensinar”, livrando-nos das amarras das receitas técnicas (de bolo) e, principalmente, contribuindo para um crescimento do alunato muito além do imaginável. Em suma: livres para criar!

Aprender a Ensinar, Autodidatismo, Autonomia, Criar um Blog, Educação de Qualidade, Ensino a Distância, Formação Continuada, Resolver Problemas.

 Prioridades na Educação de Qualidade para o Brasil

“A necessidade de uma melhoria qualitativa da educação brasileira, abrangendo todos os seus níveis, é indiscutível e urgente. Todos os brasileiros preocupados com o futuro de nosso país estão conscientes disso e anseiam pelas realizações capazes de produzir essa mudança inadiável. As comparações internacionais disponíveis confirmam essa deficiência geral com clareza. Aí estão, por exemplo, os pobres resultados obtidos por nossos estudantes de 15 a 16 anos de idade nos testes do PISA (da OECD), os quais sistematicamente classificam o grupo de alunos representantes do Brasil nas últimas colocações dentre os países participantes. Da mesma forma, os rankings internacionais de qualidade dos estabelecimentos de ensino superior, em que a posição desfavorável de nossas universidades é uma triste constante”. […]

Autonomia para o Autodidatismo

“Reforçando o cabimento dessa sequência de  prioridades, um conceito que se deve lançar e difundir, nestes tempos de educação a distância em grande crescimento, tanto do lado da oferta quanto da demanda, é o conceito de ‘autonomia para o autodidatismo’. Trata-se daquele estado em que a pessoa já sabe e pode, por si só, buscar conhecimento de modo apropriado, sem recorrer à educação escolarizada, presencial. A partir da conquista desse estado de ‘autonomia para o autodidatismo’ a pessoa ganha a capacidade de multiplicar as possibilidades, ao seu alcance, de acesso ao conhecimento em geral, tendo em vista o arsenal tecnológico disponível no mundo atual e que pode ser usado, com ou sem adaptações, para fins educacionais. O momento em que esse estado é alcançado varia de pessoa para pessoa, em função de inúmeras variáveis, sendo mais relevantes o nível de  escolaridade concluído e a qualidade da educação recebida até então. Admitido esse conceito, o corolário é que sob o aspecto do indivíduo, a educação é mais prioritária antes que ele adquira essa autonomia. Ou seja, nos seus anos iniciais, especialmente na fase de alfabetização, a seguir no restante do ensino fundamental  e só depois no ensino médio. Outro ponto a ressaltar, nestes tempos de supremacia avassaladora das TIC (tecnologias de informação e comunicação) é que um dos objetivos específicos da educação deve ser o de fomentar, logo em seus anos iniciais, a  busca dessa autonomia libertadora, para que a pessoa possa centrar sua educação em  seus reais interesses e motivações, personalizando-a. É a educação para a liberdade, em que os alunos vão livrar-se das ‘xaropadas’ de professores que não dominando os conteúdos pertinentes e não tendo como ensinar verdadeiramente, passam a doutrinar os estudantes com o politicamente correto e todo o repertório ideológico que serve de álibi para encobrir suas deficiências de formação. Problema comum dos corpos docentes de muitos países, especialmente da América Latina, Brasil inclusive. Adquirida essa autonomia, o estudante já não dependerá tanto, para sua formação, da educação escolarizada, presencial, muitas vezes massificadora, projetada para atender a um ‘aluno médio’ que só existe em teoria”. […]

Ver o texto completo em… Prioridades na Educação de Qualidade para o Brasil, 13/jan./2014: http://arlindolopesc.blogspot.com.br

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E por falar em liberdade de ensinarautonomia e autodidatismo, vejam a corajosa medida que está dando certo implementada por uma diretora em uma escola de São Paulo:

Escola em SP inova ao inverter turno de alunos

Uma das raras exceções em São Paulo é o da escola estadual Francisco Brasiliense Fusco, no Jardim Umarizal, na zona oeste da capital. Há cinco anos, a diretora Rosangela Macedo Moura resolveu desafiar a lógica predominante – em que alunos a partir do 6º ano (antiga 5ª série) estudam de manhã e os de anos anteriores, à tarde – e inverter de turno os estudantes. […]

“Todos os diretores têm autonomia sobre os horários, mas muito têm medo de mudar. Quando eu alterei os turnos aqui, muitos me criticaram, dizendo que eu estava inventando moda.”

Neste ano, todos os estudantes do 6º ao 9º ano do colégio ainda estão estudando à tarde. Mas Rosangela precisou passar para noite os do ensino médio. A diretora explicou que a mudança foi uma estratégia para que ela consiga, no ano que vem, implementar o período integral para todos os anos. “Eu preciso mostrar que tinha salas livre à tarde, para convencer as autoridades que tenho como encaixar todos os alunos no período integral.” Segundo a diretora, tomar essa decisão foi triste, mas necessária. “Foi por uma boa causa, porque já está mais que provado que as crianças aqui precisam ficar o dia todo na escola.”[…]

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