Corrupção na Fivb

 
FIVB – Corrupção e 33 M$ no bolso do ex-Presidente?
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Sob o título acima, o Sovolei publicou hoje a notícia de corrupção no voleibol e no andebol mundial. Vejam a seguir o artigo escrito por Luís Melo, um dos administradores do sítio português do qual sou um dos colaboradores.
  
Para quem não sabe nós contextualizamos. A FIVB apenas teve até hoje 4 presidentes: Paul Libaud (França, 1947-1984), Ruben Acosta (México, 1984-2008), Jizhong Wei (China, 2008-2012) e Ary Graça (Brasil, 2012-Presente).
 
No passado dia 18 Dezembro 2012, Jens Sejer Andersen (Director da Play the Game e Presidente do Danish Institute for Sports Studies) foi ao Parlamento Europeu falar sobre Fair Play no desporto. Quando todos pensavam que, mais uma vez, iria dar exemplos no Futebol (onde é para todos mais do que evidente a corrupção e falta de fair play) Jens Sejer Andersen denunciou casos no Voleibol e Andebol. O director da Play the Game (Organização que luta pela transparência no desporto) teve uma longa intervenção, da qual retiramos os trechos abaixo transcritos, que implicam a FIVB e um seu ex-presidente.
 
Uma das federações mais ricas, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), foi durante 24 anos – de 1984 a 2008 – presidida por Ruben Acosta do México. Ele introduziu duas regras especiais. Uma dizia que qualquer pessoa que assinasse, em nome da FIVB, contratos de TV e de patrocínios poderia exigir 10% do valor desses contratos, como bónus pessoal. A outra regra dizia que apenas o presidente da FIVB estaria autorizado a assinar contratos dessa natureza“.
Quando alguns corajosos agentes começaram a levantar a voz criticando este comportamento, Ruben Acosta introduziu um código de ética que o autorizava a expulsar dissidentes. E assim o fez. Recentemente a FIVB admitiu, em documentos secretos, que Ruben Acosta teve um proveito pessoal de 33 milhões de dólares americanos, enquanto presidente da FIVB“.
Para um agente-líder do Voleibol, o homem que expôs a corrupção de Ruben Acosta ao mundo, as consequências foram brutais. O ex-presidente da Federação Argentina de Voleibol, Mario Goijman, começou a criticar Ruben Acosta quando a Argentina recebeu o Campeonato do Mundo em 2002 [no qual Portugal conseguiu o 8° lugar]. Como consequência, Ruben Acosta excluiu Mario Goijman e toda a Federação Argentina, e até hoje a FIVB recusa-se a pagar 800.000$ que deve pela organização do evento […] Goijman tinha dado garantias pessoais e é hoje um homem arruinado“.
O destino tem sido sorridente para aqueles que seguem o corrupto ex-presidente da FIVB como os seus yes-man. Eles têm distribuído entre si enormes, mas não revelados salários. Isto depois de terem garantido uma vitória apertada, há três meses, nas primeiras eleições democráticas na FIVB em 65 anos. O Presidente da CEV, André Meyer do Luxemburgo, faz parte deste grupo que nega a responsabilidade de corrigir erros do passado”.
 
Podem ler a intervenção completa no site da organização, neste link
 

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