E a luta continua…
1 – Arábia Saudita não impedirá mulheres de competir em Londres (Deu no Terra, em 5 de abril de 2012)
A Arábia Saudita não impedirá suas cidadãs de competirem nas Olimpíadas, mas não dará apoio oficial, disse o chefe da autoridade esportiva do país, segundo um jornal. A declaração pode indicar uma conciliação entre os religiosos linha-dura da Arábia Saudita e os reformistas em meio à pressão internacional para que o reino conservador apresente uma atleta mulher pela primeira vez na Olimpíada de Londres em 2012. “Não endossamos nenhuma participação feminina saudita na Olimpíada nem nos torneios internacionais”, disse o príncipe Nawaf bin Faisal, chefe da Presidência Geral do Bem-Estar da Juventude, segundo o jornal Al-Riyadh. “A participação feminina saudita será de acordo com o desejo das estudantes e demais vivendo no exterior. Estamos fazendo isso para garantir que a participação esteja dentro da estrutura apropriada e em conformidade com a sharia”, afirmou ele, de acordo com a publicação. Importantes clérigos sauditas com posições no governo e que sempre constituíram uma base de apoio importante para a família real Al-Saud, que governa o país, têm se manifestado contra a participação das mulheres nos esportes. Em 2009, um clérigo disse que as garotas arriscam perder sua virgindade rompendo o hímen caso participem de esportes energéticos. No mês passado, o Comitê Olímpico Internacional disse estar “confiante” de que o principal exportador de petróleo do mundo estivesse trabalhando para enviar uma atleta aos Jogos depois de uma campanha promovida pela entidade Human Rights Watch. A candidata com maior probabilidade de competir sob a bandeira saudita em Londres talvez seja a cavaleira Dalma Malhas. Ela representou o reino na Olimpíada júnior em Cingapura em 2010, mas sem apoio oficial nem reconhecimento.
2 – FIVB – Volei de Praia, Alterações aos equipamentos femininos (Deu no Sovolei, abril de 2012)
A Fivb aprovou na última reunião do CA, uma alteração aos equipamentos femininos para o voleibol de praia, com o objectivo de respeitar os costumes e crenças religiosas das atletas e que entrem já em vigor, incluindo os Jogos Olímpicos. Até agora existiam duas opções, uma peça única ou um biquíni com uma altura máxima de lado de 7cm. A partir de agora passam a existir mais duas alternativas, um calção até 3cm acima do joelho com camisola de manga ou sem manga.
3 – Maria Auxiliadora Varela Fernandes (Zombinha)

Se Niterói era um celeiro de craques em voleibol, sem dúvida Zombinha foi um dos maiores destaques. Nesse início de ano, faleceu a extraordinária jogadora de voleibol Maria Auxiliadora Varela Fernandes, que defendeu as cores do Clube de Regatas Icaraí durante muitos anos na década de 40. Além de volista, termo da época, foi campeã de natação, competiu nos Jogos da Primavera em diversos esportes, inclusive remo. No livro a História do Voleibol no Brasil (vol. I), consta breve referência à sua atuação em Quem é Quem: “Maria Auxiliadora Varela Fernandes, Zombinha (1932 -2012) – Zombinha, nascida em Niterói em 1932. Em 1945 já estava no vôlei e chegou a ser pentacampeã niteroiense, tendo participado de torneios em Friburgo, Cambuquira, Belo Horizonte, São Paulo, Santos e Montevidéu. Foi convocada para a seleção de 51 com vistas ao 1° Sul-Americano: “minha maior aspiração…, ser campeã Sul-Americana de voleibol” (Jornal dos Sports, 17.9.50). Infelizmente, foi dispensada durante os treinos preparatórios.
Na foto da década de 40, a equipe do Clube de Regatas Icaraí em Cambuquira (MG), destacando-se Adayr (12, primeira em pé, seleção brasileira em 1951, ) e, agachada, Zombinha (2ª da esquerda para a direita).
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Oi, Roberto! Emoção, nesta nossa faixa etária, aflora, por mínimas situações, fatos, atos, enfim. Zombinha foi minha técnica no Regatas, e exemplo de pessoa. Linda, além de atleta mais eficiente dos famosos Jogos da Primavera do Jornal do Sports, num anos foi eleita deles a Rainha.. E diziam no Clube que eu seria a segunda Zombinha… Você não imagina como lhe sou grata. Parabéns! Você nerece um livro sobre a sua estória. Dê lembranças à Coeli, minha companheira de primeiros passos no basquete.
Sua contemporânea no Banco do Brasil, conterrânea, “volibolista” e Amiga, Neuci.
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Neuci,
Muitíssimo obrigado pelo incentivo, especialmente em se tratando de uma das maiores expressões do desporto – basquete e voleibol – nacional. Por seus méritos, esteve em Paris (Mundial de 1956) e o fato está documentado para a história em 32 páginas do volume II da obra que escrevi e está no prelo. Inclusive com direito à foto de toda a equipe (ver aqui “Mundial de Paris, II”). Espero revê-la quando do lançamento. E, quanto à Coeli, transformarei em mais orações por seu descanso eterno. Obrigado por lembrá-la. Poderá revê-la – ela, Marlene, Aurora e tantas outras – , no vol. I da mesma obra.
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