Futuro do Voleibol em Portugal – Parte I

Voleibol em Portugal, que futuro? (Postado no site português Sovolei)

Um dos temas que mais preocupa o Sovolei é o futuro do Voleibol em Portugal. Sabemos que temos a “matéria prima” necessária para que o Voleibol seja um dos desportos mais fortes em Portugal, e temos também os alicerces necessários, com mais de 150.000 praticantes em todo o país. Temos abordado esta temática em alguns dos artigos – de notícia ou opinião – que temos publicado ao longo destes quase 3 anos de existência. Somos críticos frontais, mas também apresentamos soluções para que o Voleibol possa melhorar, para bem de todos. O facto é que vai faltando uma política e uma estratégia de sustentabilidade do Voleibol, que deveria ser levada a cabo pela Federação Portuguesa de Voleibol, depois de discutida em conjunto com as associações regionais, de treinadores, de jogadores e também com os clubes.

Para além do aparente desinteresse dos responsáveis pelo Voleibol, também os seus intervenientes não parecem perder muito tempo a pensá-lo e a tentar achar formas para que se possa desenvolver, garantindo não só resultados a médio/longo prazo, mas também trabalho a curto prazo. Assim, é curioso, mas não surpreendente que seja o nosso colaborador brasileiro Roberto Affonso Pimentel que tente “espicaçar as hostes”, fazendo uma série de perguntas que levem os responsáveis e intervenientes do Voleibol Português a reflectir sobre o futuro da modalidade no país.

Roberto Pimentel, autor do Procrie, diz que “seria valioso ouvir os personagens que actuam no voleibol português sobre sua evolução“: “O que foi feito em 2010/2011? Se nada foi feito, que consequências essa inércia pode acarretar? Os holofotes da FPV continuam voltados somente para a selecção masculina principal? Dada a situação económica do país, o que esperar para a nova temporada? O que pode ser feito, independente da FPV? E a associação de treinadores, qual a sua representatividade? Ela emite algum parecer técnico sobre a temporada? Os treinadores cresceram tecnicamente?” “Na Formação que ganhos foram adicionados? A Federação deve fazer internato para as seleções? Há necessidade de muitas horas de treinos? Os treinadores estão qualificados? As instalações e a organização são eficientes? A Federação apoia e valoriza os clubes? Que contributo emprestam os estrangeiros, técnicos e atletas? Comunicação social, por que não há divulgação? Que retorno esperam os clubes?” 

Estes são dois conjuntos de questões, na sua maioria extremamente pertinentes, que Roberto Affonso Pimentel se coloca, e nos coloca. Devemos reflectir e procurar respostas. Todas elas, ainda que possam parecer utópicas ou líricas, são bem vindas aqui na caixa de comentários.

Comentários (no Sovolei)

1) Mais investimento real na formação nos clubes… A federação pode e deve ajudar por exemplo com limitação de estrangeiros por equipa… Mais competição e de mais competitiva… Temos k jogar mais vezes com os melhores não apenas duas ou tres vezes por epoca (formação principalmente) – ou com criação de divisões ou de algo similar e urgente que isto aconteca na formação! Forte aposta ou pelo menos igual aposta da Federação no Voleibol Feminino com um projecto de media longa duracão de preferencia com pessoas que conheçam a realidade do voleibol feminino! Aposta realista e consistente no masculino, noutros moldes dos que os praticados ate agora que ja se viu não terem resultado! De 50 não pode sair um que mesmo esse poderá a não chegar a niveis como os de Flavio ou outros que estão prestes a desaparecer! K acontecera depois?! Btts medidas poderiam ser tomadas aqui deixo algumas ideias apenas…

2) Luís Melo – Respondendo a uma das questões do Roberto Pimentel, penso que a estratégia de colocar um grupo de jovens atletas em estágio permanente em Resende não está adaptada à realidade Portuguesa. Isso funciona em outros países (como Itália) onde há imensos atletas de grande nível. Aqui, temos antes de apostar no todo apostar na formação dos clubes. Senão estamos a beneficiar uma dúzia de atletas – que podem até nem ser as escolhas certas para o futuro – em detrimento de outros tantos milhares que podiam perfeitamente ser tão bons ou melhores do que aquela dúzia que está em Resende. Obviamente, não desfazendo destes, que têm o seu valor técnico, mas quiçá não terão o resto que é necessário para se ser um atleta de alto rendimento.

(continua…)

 

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