Investimentos: Esportes ou Educação?

Esporte ou Educação, de que precisamos? 

O caso sui generis em que se encontra a nossa ex-senadora, que foi candidata à presidência Marina Silva, nos dá uma dimensão do que o povo brasileiro terá pela frente nos próximos dias e até a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016. Teremos que votar no 2º turno em um dos dois candidatos, mas o peso dos votos que teve, quase 20%, provavelmente para o lado que se inclinar poderá determinar quem será o novo presidente. E numa de suas últimas declarações, solicita aos seus eleitores que manifestem suas inclinações. É o que se poderia dizer um plebiscito particular de seu Partido Verde.

E que tal sugerir ao atual governante ou aos seus comandados do Ministério dos Esportes, da Educação e outros, que também administrassem uma consulta popular para deliberar sobre o tema ESPORTE  ou EDUCAÇÃO. A importância de uma consulta se justificaria pelo montante a ser gasto e possíveis prejuízos principalmente à classe menos favorecida que não tem um sistema educacional à altura dos eventos próximos – Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas. Sem falar na SAÚDE e outras cositas mais.

O que querem para o Brasil“?:      Esporte (SIM)  (NÃO)  x  Educação (SIM)  (NÃO)

Imagino que pelo montante inicial da dinheirada que será gasta muitas razões serão apresentadas neste blogue em “Comentários”. Por favor, não se excedam, pois o espaço é restrito; sejam moderados!  

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Colhi na Internet notícias interessantes para a divulgação do Procrie em escolas, universidades e comunidades comprometidas com Educação & Esporte. Trata-se do XV Seminário de Comunicação do Banco do Brasil, realizado no Centro de Convenções ABIMAQ, na Av. Jabaquara – São Paulo, entre 15 e 17 de setembro de 2010. Eis uma síntese do que foi divulgado em http://bancodobrasilnoseventos.wordpress.com:

Investimentos em Esportes: Como Mensurar o Impacto nos Negócios. A palestra que encerrou o XV Seminário de Comunicação do Banco do Brasil, com o tema “Investimentos em Esportes: Como Mensurar o Impacto nos Negócios”, foi apresentada pelo publicitário e diretor presidente da J. Cocco Comunicação Integrada, José Estevão Cocco, pelo ex-técnico de vôlei e consultor em marketing esportivo, José Carlos Brunoro, e pelo diretor e proprietário da Agência Let’s Play e professor de marketing esportivo da ESPM, Marcelo Palaia. Várias pesquisas sobre o assunto foram apresentadas durante a palestra, provando que os investimentos em esporte são realizados com bastante frequência pelas mais diferentes empresas.

O professor de marketing esportivo, Marcelo Palaia, citou as principais ações de marketing que as empresas devem utilizar para perpetuar e globalizar a marca: recall, ativação e objetivos. A utilização de logos e emblemas em uniformes das equipes esportivas é outra ação de retorno imediato para lembrança de marcas e produtos. É por este motivo que as empresas brigam entre si para fecharem acordos de patrocínios, principalmente em períodos de copa do mundo, olimpíadas e outros eventos esportivos. “Os investimentos em esportes rendem para as empresas um retorno quatro vezes maior do que o valor inicial aplicado”, completou Marcelo.

De acordo com José Carlos Brunoro(*) os investimentos em esportes ajudam as empresas a viabilizarem seus projetos, resultando no crescimento dos produtos e das marcas produzidas por essas instituições. Outro ponto importante dos investimentos em esportes é a expansão de mercado pelos meios de comunicação, inclusive nas mídias sociais. Atualmente, as empresas realizam grandes investimentos em mídias sociais e utilizam as parcerias esportivas para estimularem a publicidade e o conhecimento de marca entre os internautas.

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(*) Consta do livro (no prelo) “História do Voleibol no Brasil, séc. XX“, de Roberto A. Pimentel, 1.200 págs.

José Carlos Brunoro. Professor de Educação Física, trabalhava no Serviço Social da Indústria (SESI) de Santo André (SP) quando realizei um Curso de Mini Voleibol de três dias (12/1974), destacando-se como o melhor aluno. Além de técnico de vôlei da Pirelli e da seleção brasileira, Brunoro ocupou o cargo de gerente de esportes do clube de Santo André e de diretor de esportes da Parmalat para a América do Sul. Foi ele quem viabilizou a implantação da vitoriosa parceria Palmeiras/Parmalat. Com o sócio José Estevão Cocco, formaram a Brunoro&Cocco Sport Business, empresa de marketing esportivo. Entre outras ações, dividem a assessoria de marketing da Confederação Brasileira de Basquete.

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Quem sabe, agora, profissional realizado, consultor de marketing esportivo, possa ele retribuir aquelas simplórias aulas por aconselhamentos marqueteiros para que o Procrie possa difundir a sua missão de Ensinar e Educar por todo o País. Vamos torcer e aguardar, mas trabalhando com muita persistência, sem acomodamentos.

3 comentários em “Investimentos: Esportes ou Educação?

  1. Eu costumo torcer para o Brasil não ganhar uma mísera medalha de bronze em Olimpíadas.
    Tem certas coisas que vejo como luxo, e ser Potência Olímpica para Países do 3º Mundo é luxo. Aliás, também é para outros de 1º Mundo como Suécia, Noruega e cia, que optam em investir suas equilibradas finanças em outras searas sem se preocupar em competir com a pujança norte-americana e chinesa.
    A política de esportes de base brasileira fosse eu responsável pela mesma, deveria ir ao encontro de criar o HÁBITO da prática de esporte na molecada como integração social e diversão. Os que continuassem no futuro, ótimo. Sem metas de número de medalhas.
    De toda forma, seria um investimento. E de longo prazo. Alguma métrica teria de ser adotada para mensurar-se se o montante investido está sendo bem aproveitado. Graus de satisfação e bem-estar são um tanto quanto subjetivos. Também não é razoável contar quantos PIMPOLHOS brincam pelas praças, ruas e praias do País. A minha sugestão seria estabelecer metas quanto ao número de OBESOS tanto na idade infantil quanto adulta.
    Alguém que pratique esporte por gosto tenderá a buscar fazê-lo o máximo possível, e consequentemente, manter-se magro quando adulto e por fim tornando-se idoso desta forma.
    PIMBA. Eis meu modelo já com a métrica de medição. Trabalho completo.
    Se um assessor de Dilma e Serra passar por aqui ainda dá para pegar esta consultoria de forma gratuita e mandar ver no debate de sexta.

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  2. Para constar: Não torço contra brasileiros em Olimpíadas. Pelo contrário, torço muito e torço para que ganhem medalhas o máximo possível.
    Mas os brasileiros, por seus esforços. Não o Brasil por sua política. Como disse, o Brasil deve dar condições de ter uma população esportiva, e daí cada um com seu suor e esforço ir em frente, dessa forma carregando o nome do País e fazendo bonito para o Mundo bater palmas.

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    1. Valeu Victor, é bom saber que está antenado ao problema e busca soluções, inclusive preocupa-se em quem votar. As políticas públicas para a educação de qualquer nação democrática deveriam ser estabelecidas por especialistas após longos estudos e debates. Entretanto o Brasil está muito longe disso. A omissão do MEC é gritante e inconcebível. O Ministério dos Esportes, uma piada de mau gosto, atrelado e submisso às decisões do presidente do COB. A quem recorrer? Estamos nas mãos de indivíduos que pouco sabem sobre Educação, mas muito de negócios. Os professores, coitadinhos, por que ouvi-los? Com toda certeza, “não são do ramo”.

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