Material e Equipamentos (II)

Proteção aos pés

Existem três coisas de que o pé necessita, nas quais um calçado pode ajudar:

amortecimento

proteção

tração

 

 

Etapas da pisada. (Considerações relativas à corrida. Fonte: Internet)

Impacto – Chegada do pé ao solo nos deslocamentos. Coloca-se até 7 vezes o peso do corpo no calcanhar. É necessário amortecer este impacto.

Aterrisagem – O pé inteiro chega ao solo. Precisamos de estabilidade (equilíbrio) na entressola.

Impulso – Empurramos o chão para iniciar um novo movimento.

Características básicas. Análises e recomendações de pesquisadores a respeito das características que um tênis de alta performance deve ter.

Amortecimento – Corredores pisam com uma força de 2 a 3 vezes o peso do próprio corpo, jogadores de tênis chegam a pisar com uma força de até 4 vezes o próprio peso e os jogadores de basquete atingem uma força de até 10 vezes. Para estes atletas é importante que exista um sistema de amortecimento que neutralize o maior número possível de forças e impactos, evitando assim uma possível lesão. No caso de atletas de voleibol, em que os saltos são constantes, destacam-se dois momentos de extrema importância: o momento da impulsão e da queda no solo, esta última quase sempre realizada num dos pés.

Estabilidade – É a habilidade que o calçado tem de manter o centro do pé firme em relação à entressola durante o movimento. Ë adquirida através de materiais como poliuretano, couro natural, estabilizadores e entressolas pré-moldadas com paredes laterais (Footframe).

Durabilidade – Refere-se à resistência e ao tempo de vida dos materiais utilizados nos produtos. Alguns atletas com estilo agressivo necessitam de calçados capazes de suportar movimentos bruscos e destruidores.

Leveza – Influi diretamente na performance do atleta. Quanto mais leve o calçado, maior será o conforto e o desempenho do atleta.

Flexibilidade – Proporciona conforto, agilidade e maior articulação dos movimentos dos pés, contribuindo para o melhor desempenho do atleta.

Tração – Refere-se à aderência do solado do calçado ao solo, proporcionando maior firmeza e arranque para o atleta. Para terrenos acidentados, um solado com cravos proporciona maior tração.

Ajuste – Acomodar centralizadamente e com firmeza o pé ao calçado proporciona maior estabilidade e conforto, resultando maior desempenho. Calçados para prática de basquete e voleibol precisam se ajustar firmemente aos pés, pois nestes esportes o atleta executa muitos saltos e movimentos laterais, aumentando a possibilidade de lesões.

A Moda. No período que chega até meados da década de 60, eram raros os fabricantes, a indústria de calçados era incipiente e os modelos de tênis ainda duros e pouco amoldáveis aos pés. O hábito ou a moda de usar tênis só se instalou no Rio de Janeiro no final da década, junto com o jeans, substituto das calças americanas, com sua marca mais famosa Lee. O movimento estudantil (França), os Beatles e a pílula anticoncepcional mudaram o mundo, revolucionando velhos costumes e imprimindo uma nova filosofia de vida, especialmente entre os jovens. E os costumes, a forma de se vestir, não ficaram de fora, passando a um jeito irreverente de ser. Com as calças jeans, vieram também os tênis de diversos matizes e formatos. Já na década de 50 o rock and roll havia mexido com a cabeça dos jovens e o cinema americano moldava uma vez mais comportamentos estereotipados no mundo.

Tênis de basquete. Desde a década de 40 o basquete era o segundo esporte mais praticado no país. Dessa forma, era natural que os novos atletas de voleibol não tivessem opções maiores na escolha dos calçados, quase todos voltados para aquela modalidade: artefato de solado emborrachado e pesado, sendo a parte superior de lona de cor preta e cadarços que se estendiam até próximo do tornozelo. A sola continha ranhuras que preveniam deslizamentos.

A partir da década de 50, à reboque do início da industrialização do país, começaram a surgir os tênis brancos bem mais caros do que as populares congas, calçados frágeis, de solado ainda de borracha, com uma tênue lona colada na parte superior. Nesse período, havia exigência tanto nas escolas, como nas partidas oficiais, que os indivíduos utilizassem somente tênis brancos. Como a cor não era adequada para muitos – existiam modelos de várias cores – os jovens utilizavam o recurso de um giz próprio para alterar a coloração da lona nas aulas de Educação Física. Também não era raro que um ou mais atletas treinassem descalços em situação emergencial porque um dos calçados oferecesse desconforto ou tivesse chegado ao seu limite de utilização.

2 comentários em “Material e Equipamentos (II)

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