Estamos próximo de atingir nossa meta de 1 mil artigos para deleite dos internautas interessados em Metodologias de Ensino – Escolar e Desportiva. O que não desmerece qualquer ensino de habilidade humana.
No final da década de 40, mais precisamente em 1949, destacavam-se no cenário brasileiro algumas equipes estaduais. O voleibol desenvolvia-se lentamente – era praticado duas vezes por semana – em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Nos dois últimos, praticado também nos finais de semana nas praias, incentivado especialmente pelo Jornal dos Sports do saudoso Mário Filho. Neste período, p. ex., houve inscrição de mais de dez equipes. A praia se constituía no verdadeiro celeiro de craques da época. Também no Nordeste – Bahia e Pernambuco – era grande o esforço entre os praticantes para uma afirmação nacional.
No início da década de 50 percebia-se uma reação contra as arbitragens que puniam incessantemente as bolas mal tocadas na recepção dos saques. A partir dessa constatação procurou-se aprimorar técnica e taticamente a execução dos saques, deixando de se constituir num simples início de jogada. Em 1951, no I Sul-Americano do Rio de Janeiro, teve influência decisiva, quando cerca de 60% dos pontos foram conseguidos através desse fundamento. Em partidas nacionais – mineiros, fluminenses e paulistas – passaram a procurar utilizar variadas formas de sacar e, quase sempre, buscando imprimir força. A maioria dos atletas punha a “bola em jogo”, sem a devida preocupação tática. Não entendiam que aquele fundamento era “a primeira manifestação de ataque” do jogo.
Com a constatação de que muitos não conseguiam ou não tinham capacidade para dominar o “toque de bola” – única forma como era recepcionado o saque – passou-se a direcionar sua trajetória para esses alvos, verdadeira fonte de pontos para os adversários. A ponto de os técnicos terem que esconder tais atletas, suprimindo-os da tarefa de recepção. Daí surgem as expressões de astros consagrados ou atletas intocáveis, ou ainda, mão-de-seda, cujos toques na bola eram perfeitos e admirados. Nos relatos do professor Sílvio Raso, por exemplo, a respeito do Brasileiro de Porto Alegre em 1952, destacamos essa importância do saque: (…) “No jogo com o Distrito Federal, a equipe de Minas Gerais consignou 8, e depois mais 9 pontos, respectivamente, na primeira e segunda partidas, totalizando 17 nos 30 pontos feitos: 56, 6%”. E conclui: “os adversários da equipe mineira defenderam somente 30,8% dos saques executados, constituindo-se num percentual muito baixo”. Confirmava-se, assim, que o voleibol nacional estaria a exigir uma mudança na forma de treinamento da recepção.
Ocorre que a grande maioria dos treinadores não era formada em Educação Física e, por isso, sem o devido preparo científico para a função. Não que os professores fossem mais capacitados, mas por que lhes faltava a visão científica do esporte, apesar de que, até nossos dias, as Universidades estão muito aquém dessa formação. Além disso, os treinamentos eram escassos – quatro horas semanais – após o trabalho ou estudos dos jogadores. Alie-se a isto a pouca quantidade de praticantes e clubes filiados, com parcos recursos. Dessa época de 1951-52, o professor Sílvio destaca o espírito pesquisador e inovador de Adolfo Guilherme em Minas Gerais e de Paulo Azeredo, no Rio de Janeiro.
Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
Publicado por Procrie - Centro de Referência em Iniciação Esportiva
APRESENTAÇÃO
VISÃO: Construção de plataforma pedagógica para docentes aplicável nas 184 mil escolas brasileiras. A Praxia é extensiva a catedráticos das Ciências da Educação e da Educação Física e Desportos, haja vista as buscas do autor no antigo duelo entre TEÓRICOS e PRÁTICOS. As Prototipagens apresentadas ao longo de suas apresentações públicas configuram seu potencial didático. Neste século, em destaque seus estudos em Metodologias de Ensino com base na novel Neurociência e Psicologia cognitivas, para quaisquer habilidades humanas.
OBJETIVO: Uma Educação segundo a concepção da Ciência da Motricidade Humana; postulamos as virtualidades educativas e pedagógicas para todos, campeões ou adeptos do lazer desportivo.
COMO FAZER: Por que ensino/aprendizagem a partir da quadra ou ginásio esportivo? Na Grécia antiga a ginástica fazia parte da pedagogia – Paideia – e da excelência moral:
“O ateniense mostrava-se mais à vontade no ginásio do que em sua casa, onde dormia e comia”. Abordagem interdisciplinar: Matemática, Português, Música, TICs.
INOVAÇÃO & CRIATIVIDADE: Cultura, Educação, Esporte, Lazer para TODOS. Inovamos em Treinamento Profundo - teoria mielínica - e na PRAXIA. Alcançamos nível internacional com obra REVOLUCIONÁRIA! Pretendemos construir uma plataforma pedagógica aplicável na formação profissional continuada de professores em diversas áreas: Pedagogia, Educação Física, Desportos, Motricidade Humana. Todas contribuindo para a excelência em Educação para a Vida. Ensino a Distância (EaD) Centro de Referência em Iniciação Esportiva: http://www.procrie.com.br. A partir de 2009, blog Procrie (589 posts) para formação profissional continuada de professores, proposta de um Centro de Estudos e oferta de alentado Manual de Engenharia Pedagógica. Procedemos a contatos para intercâmbio cultural e apoio: Fundação Banco do Brasil, Roberto Marinho, Universidade de Harvard, do Porto, de Lisboa...
QUEM FAZ: Iniciamos nossa atividade pública em 1974, promovendo cursos de iniciação esportiva para o SESI (nacional); e ao longo dos anos, para CBV (1.200 alunos, Viva Vôlei); universidades, apresentações em escolas públicas e particulares. Cursos (gratuitos e regulares) para 300-400 crianças, nas praias de Icaraí e Copacabana (3 anos). Subsídios pedagógicos para Bernardinho ( Rexona). A par disso, professor de Ed. Física e Técnico em Voleibol (ENEFD, atual UFRJ, 1965-1968), atuante em diversos clubes – técnico e atleta –, treinador de vôlei de praia. Em 1962, convocado para a seleção brasileira, Mundial em Moscou; em 1963, para o Mundial Universitário e Pan-Americano no Brasil.
LIVROS: História do Voleibol no Brasil (1937-2000), 2 vols., 1.047 págs : enciclopédico, memorialista, obra de referência; Villa Pereira Carneiro (400 pág.), história de um bairro de Nichteroy (1920-1960). Como funcionário do Banco do Brasil, compus livro inédito – Intercâmbio Comercial Brasileiro –, revelando estatísticas de Comércio Exterior (4 vol., 25 mil exemplares, em cores, editado pelo Banco do Brasil). Nota: em 1987 recebemos convite da Assessoria Especial da Presidência do Banco do Brasil para projeto nas AABBs do país, não concretizado por problema político/administrativo.
Ver todos os posts de Procrie - Centro de Referência em Iniciação Esportiva