Interesse e recompensa
“A aprendizagem deve ser ativa. Mas o aprendiz não agirá se não tiver motivos para agir. Tem de ser induzido a agir através de estímulos, por exemplo, através da esperança de obter alguma recompensa. O interesse pelo conteúdo da aprendizagem devia ser o melhor estímulo para a aprendizagem e o prazer da intensiva atividade mental devia ser a melhor recompensa para tal atividade. Porém, quando não podemos obter o melhor, devemos tentar obter o segundo melhor, ou o terceiro, razão pela qual não devemos esquecer motivos da aprendizagem menos intrínsecos. Para uma aprendizagem eficiente, o aprendiz deverá estar interessado nos conteúdos, a aprender e sentir prazer nesta atividade”. (D. Wood)
Estímulo, prazer, atividade mental
Retornemos à equipe adulta de voleibol do América. Colocado um problema para o grupo, aguardei por certo tempo seu desenrolar para a seguir transmitir ensinamentos. O exercício, muito simples, consistia em ultrapassar saltando uma corda elástica disposta em ziguezague, a uma altura de 1m do solo e uma extensão de aproximadamente 6m. Deveriam realizar todo o percurso, sem pausa, de uma só vez. Deixei-os à vontade com a novidade e reagiram conforme o esperado: uma sucessão de erros, tropeços, pausas e troças; houve até quem desistisse com uma ou duas tentativas. Depois de repetidas tentativas o estado de espírito não se modificou. Foi quando interferi em socorro. Inicialmente, fiz ver que ninguém conseguiu realizar o percurso segundo a regra – sem pausa. Segundo, não deveria haver motivo para troças, ao contrário, para quem se propôs compor um time, uma equipe, TODOS deveriam se ajudar mutuamente para o bem comum, um cada vez melhor desempenho do conjunto. Por isso, não se admitiria em qualquer tempo palavras ou gestos tão negativos. Propõem-se atitudes positivas, construtivas, de incentivo ao desempenho de qualquer companheiro em quaisquer circunstâncias. Finalmente: “Acredito que vocês todos, se assim o desejarem, são capazes não só de fazer o percurso integral de ida, como de ida e volta; só precisam internar o objetivo, conscientizar-se de que é capaz e, se possível, contar com o incentivo dos colegas”. O cenário teve mudança brutal. Lutavam para serem os próximos na fila que se criou para reiniciar a prova que, agora, transformou-se em luta interna, isto é, eles contra eles mesmos. Quem será capaz? Quero me provar, sou capaz! Acrescentem-se as palavras e gritos de ordem dos onze outros colegas. Nunca mais precisei lembrar-lhes sobre o significado do que seja incentivo. E vocês me perguntarão: “Teriam conseguido o feito de ir e vir, sem paradas”? Não foi no primeiro dia, mas até que o último deles conseguisse não demorou muito. Beneficiaram-se muito do que aquelas simples conquistas representavam e passaram a interpretar com outro olhar qualquer obstáculo – desportivo ou de vida – que, para ser conquistado ou ultrapassado, basta aplicação e perseverança. E que temos talentos para tal. Passei a ter mais cuidado com as exigências nos exercícios para conter excessos, tal o empenho do grupo.
Crise e oportunidade
A esse respeito, ficou famoso no mundo corporativo o conceito chinês em que “crise” e “oportunidade” são representados pelo mesmo ideograma. Em outras palavras, cada problema representa também uma oportunidade; cada tentativa realizada que retorna numa resposta satisfatória representa um reforço positivo para o indivíduo.
Aprender a ensinar
“Dê-lhes não só a informação, mas também saber, formas de raciocínio e hábitos de trabalho com método”. (Pólya)
Em determinada época, não sei se em 1981, as Escolas de Educação Física foram liberadas dos testes de aptidão motora por ocasião dos exames vestibulares. Isto me foi dito por um professor universitário que, horrorizado, desabafou: “Como posso agora ensinar um acadêmico a executar um toque na bola (de voleibol), se o mesmo nem segurá-la consegue?” Poderia ter-lhe replicado: “Como procederia com uma criança, ou um grupo considerável delas”?
Desafios
Esta me parece uma excelente indagação para incrementarmos um processo de aprendizagem. O desenvolvimento de uma teoria eficaz do “ponto onde o aprendiz está” e a construção de uma “psicologia do assunto” que seja operável representam desafios formidáveis. Especialmente quando se está trabalhando com uma classe grande: “Qual o próximo passo a dar” aparenta ser uma exigência impossível. Você saberia?


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